Se bem me lembro como diria Vitorino Nemésio, desde os tempos remotos de Bosingwa, que a equipa do FCP não possui nas suas fileiras um lateral direito com a qualidade ou um nível de jogo que nos satisfaça plenamente a nós, portistas assumidos e amantes do nosso clube e do bom futebol ofensivo. Bosingwa, com os atributos futebolísticos que lhe eram reconhecidos por vários quadrantes desportivos, dava ao flanco direito uma força e uma profundidade de jogo ofensivo, que fazia o deleite dos seus sócios e simpatizantes, e por outro lado, dificultava o sistema defensivo dos seus adversários.
Volvidos alguns anos após a era de Bosingwa, o FCP através do seu eficiente gabinete de prospeção que tão bons resultados tem alcançado, e de que é disso exemplo marcante Hulk, que se apresentou no clube como talvez o mais paradigmático, mediático e elucidativo exemplo desta minha afirmação, pois certamente poucos acreditavam que fosse possível descobrir um talento daquela qualidade no país do sol nascente, apareceu na posição de lateral direito Fucile, que pecou por nunca conseguir esquecer Bosingwa, apesar da sua polivalência como lateral, tanto à direita como à esquerda, o que pode ser sempre passível de falta de adaptação ou consolidação ao lugar, pese embora a espaços nos ter brindado com algumas boas exibições, mas sem nunca fazer esquecer o seu antecessor, e o mesmo ou em parte se passou com Sapunaru.
Posteriormente a este ciclo aparece em cena Danilo, que veio rotulado para o FCP como uma das maiores promessas do futebol brasileiro, jogador que passou pelos vários escalões das seleções tendo mesmo sido por várias vezes internacional pela principal seleção do seu país. Quando chegou ao FCP foi destacado como o jogador mais caro do plantel e para assegurar os serviços de Danilo, o FC Porto teve que desembolsar um total de 17,8 milhões de euros, verba muito acima do que seria desejável para um jogador naquela posição do terreno, e como tem sido apanágio ou prática no clube devido à sua juventude e falta de adaptação ao futebol europeu, não agarrou de imediato a titularidade na equipa, fruto também de uma lesão que o afetou de início durante um espaço de tempo.
Neste momento Danilo parece que começa a criar raízes para ser titular indiscutível na equipa a lateral direito, mesmo tendo em conta que o seu homólogo do lugar no início da época, Miguel Lopes, nos tenha presenciado com boas exibições tendo mesmo sido objeto de opção para a seleção nacional, no entanto, está de malas feitas para ir para o SCP por troca direta com Izmailov, o que pode originar o retorno de Fucile ao plantel do FCP, jogador também de créditos firmados e com a vantagem de poder jogar em ambos os flancos.
No entanto, tendo em vista as características intrínsecas do jogador e a sua própria vontade em jogar noutro lugar que não seja o de lateral direito, Danilo, na minha ótica, merecia por parte de Vitor Pereira uma oportunidade a meio campo, pois parece bem visível que a qualidade de passe, a técnica nata de um típico jogador brasileiro e o alto valor da sua transação, valerá sempre a pena correr o risco associado a esta possibilidade, todavia, também deve ser aqui entendido o papel difícil de Vitor Pereira, dado que na eventualidade da utilização de Danilo no meio campo da equipa do FCP, o seu treinador teria em mão um problema para discernir qual o jogador que deveria substituir para entrar Danilo, que tendo em conta a boa prestação do atual meio campo, em que não haverá dúvidas sobre a titularidade de Fernando e de João Moutinho, só vejo como única solução a substituição de Lucho por Danilo, com o inconveniente de estarmos a falar do capitão de equipa e do que ele representa dentro e fora do campo, o que mesmo assim não invalida uma experiência de Danilo em dois ou três jogos na posição de médio para retirar todas as dúvidas adjacentes a esta alternativa.
Por: Natachas.
3 comentários:
Excelente jogo do Danilo contra o Setubal.
Não há cronica do Breogan ou Dragão Orgulhoso desse jogo ???!!!
Taça da Liga
Académica fala em "arbitragem absurda" na Luz
As queixas de José Eduardo Simões a Bola Branca
Presidente muito crítico para com os juízes que dirigiram jogos dos estudantes na Taça da Liga. "Assim, não vale", atira José Eduardo Simões a Bola Branca.
Cronica ao jogo ?!
Briosa critica veementemente a TVI
Por Eduardo Pedrosa Marques
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O Benfica-Académica de ontem à noite, relativo à 3.ª jornada do Grupo D da Taça da Liga, que terminou com a vitória dos encarnados (3-2) e consequente apuramento para as meias-finais da competição, ainda dá que falar. Não tanto pelo que se passou no relvado, mas mais concretamente pelo sucedido no final do encontro.
Queixa-se a Briosa, em comunicado oficial emitido no site do clube, que a TVI, estação televisiva que transmitiu o jogo, não respeitou a instituição já que, no momento em que Pedro Emanuel se preparava para prestar as primeiras declarações depois do apito final do árbitro Manuel Mota, o referido canal cortou a emissão.
Leia o comunicado da Académica na íntegra:
«No seguimento dos acontecimentos registados no final do jogo entre a Académica e o SL Benfica, disputado esta quarta-feira no Estádio da Luz, vem a Direção da AAC/OAF manifestar o profundo desagrado pelo seguinte:
Tal como habitual (e obrigatório), o treinador da Académica, Pedro Emanuel, deslocou-se, no final da partida, à zona de entrevistas rápidas da TVI, estação responsável (?) pela transmissão do jogo. Seguindo a ordem estipulada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que dá prioridade à equipa vencedora no alinhamento das entrevistas, o nosso treinador faria a análise da partida após o treinador do SL Benfica, tal como veio a acontecer.
No momento em que Pedro Emanuel se apresentou no flash-interview, a TVI decidiu cortar a emissão, mostrando uma total falta de respeito por uma Instituição que tem 125 anos de existência. Terá entendido a referida estação que o trabalho já estaria concluído quando ouviu os intervenientes do SL Benfica, revelando uma falta de profissionalismo verdadeiramente assinalável. Aliás, essa falta de profissionalismo esteve bem patente nos comentários proferidos durante o jogo, onde existiu uma vontade inequívoca em desvalorizar tudo o que a Académica realizou em campo.
A Direção da AAC/OAF repudia e lamenta o sucedido, exigindo da parte da TVI um retratamento público perante tamanha falta de respeito.
Será este mais um exemplo que deve servir de reflexão para todos os agentes do futebol, sobretudo a comunicação social, que continua a lutar árdua e diariamente para a promoção e divulgação das equipas mais fortes financeiramente. As outras continuam no esquecimento… É este o futebol que queremos em Portugal?»
in Bola
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