Terminado o ano de 2012, é altura de fazer um breve balanço
da primeira parte da época 2012/2013.
Nesta fase da época a equipa já venceu a Supertaça,
encontra-se a 3 pontos da liderança do campeonato (mas com um jogo a menos),
apurou-se com alguma facilidade para os oitavos-de-final da Champions, está em
condições de garantir a passagem às meias-finais da Taça da Liga, mas já foi
eliminada da Taça de Portugal.
Começando por este ponto negativo, a eliminação da Taça foi,
sem dúvida, o pior momento da temporada portista. O jogo em Braga era demasiado
difícil para que se entrasse em campo com um onze secundário. A juntar a isto,
o desenrolar do encontro teve algumas ocorrências que em nada beneficiaram a
nossa equipa.
Na Taça da Liga ainda não assistimos à tradicional rotação na
equipa, mais por culpa da pausa de Natal (e também do adiamento do jogo em Setúbal,
para o campeonato) do que por uma mudança de abordagem à competição. Os 2 jogos
iniciais desta Taça foram importantes para manter a equipa com ritmo
competitivo, mas parece-me que a partir de agora começarão a jogar as segundas
unidades, mas sempre com a vitória em mente.
Na Champions o desempenho foi quase imaculado, não fosse a
derrota na última jornada em Paris, que nos custou o 1º lugar no grupo, num
jogo que poderia ter pendido para qualquer um dos lados. Contudo, felizmente a
2ª posição no grupo não teve, em teoria, efeitos negativos, visto termos
evitado os tubarões nos oitavos da prova.
Quanto ao campeonato, olhando para os números conclui-se que
dificilmente poderia estar a correr melhor. Apenas 2 empates em 12 jornadas é
algo que não se repete muitas vezes. O problema, nesta prespectiva, é que o
nosso rival está com o mesmo ritmo que nós. Contudo, olhando para os 2 empates
fica-se com a sensação que deveríamos ter conquistado algo mais. Em Barcelos
Vitor Pereira partiu a equipa cedo demais, colocando a equipa a jogar de uma
forma que não é a sua, num campo tradicionalmente difícil, na jornada inaugural
da Liga. A equipa apresentou-se em campo sem intensidade de jogo e, a partir de
certa altura, sem qualquer fio de jogo. Já em Vila do Conde assistimos a uma
exibição completamente apática, certamente influenciada pelo jogo que se seguia
na Champions. Mesmo assim esteve na frente do marcador até meio da segunda
parte, mantendo-se com uma má atitude o jogo todo, tornando este empate ainda
mais indesculpável.
Posto isto, o desempenho da equipa tem sido bastante
positivo. Se olharmos para as exibições desta época em comparação com a
anterior, verificamos que a qualidade das exibições aumentou exponencialmente.
Hoje vemos uma equipa com uma identidade muito própria, que pressiona alto, que
gosta de jogar em posse constante, quase sempre privilegiando o corredor
central na construção e com um jogo de
posse curto. É uma equipa que, por vezes, peca por não variar mais o seu jogo,
mas sabemos que está ali uma equipa com identidade, que raramente se deixa
levar por aflições finais de “chuveirinhos” para a área. E isto é uma grande
evolução face a uma equipa que, na temporada anterior, jogava sem personalidade
e era carregada, sobretudo, pelas individualidades.
Mas, apesar deste jogo mais colectivo, há obviamente
individualidades que se destacam. Correndo o risco de ser injusto, destaco os
dois colombianos: James Rodriguez e Jackson Martinez como principais figuras
desta fase da época.
James por ser o criativo desta equipa, o jogador que parte
duma ala mas está sempre no meio, criando grandes desequilíbrios aos
adversários. Continua a crescer como jogador, estando agora a assumir
protagonismo maior como figura da equipa.
Já Jackson era o elemento que faltava ao onze. É o melhor
marcador da equipa, mas o seu papel está longe de se reduzir aos golos, pois é
sempre uma referência na frente, jogando muito bem de costas para a baliza.
Todo o jogo que lhe chega, seja aos pés ou à cabeça, sai com qualidade.
Com o mês de Janeiro já em andamento, aproximam-se desafios
decisivos para o desenrolar da época. Esta tem sido positiva até ao momento,
mas é a partir de agora que as coisas se vão começar a decidir. Com a Taça de
Portugal já fora do horizonte, as baterias têm de estar todas apontadas para o
campeonato e a Champions. E espera-se que cheguem reforços o mais cedo
possível, pois o plantel é algo curto, principalmente no ataque, para os
desafios que se avizinham.
Que 2013 seja, novamente, um ano de várias conquistas.
Por: Eddie the Head
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