domingo, 27 de janeiro de 2013

Paço D'Arcos 5 - 4 FC Porto - Falhas nossas, empurrão de Carpelho



 O FC Porto visitou esta tarde o Paço D'arcos e saíu derrotado por 5 - 4, perdendo desta forma a liderança do campeonato no inicio desta 2ª volta. Não é alarmante, falta metade do campeonato mas não podemos escorregar como hoje.






Com um inicio francamente mau, a permitir diversas situações para o contra-ataque adversário e muitas vezes até em superioridade numérica, não foi de estranhar que o golo inaugural tenha sido da equipa visitada. Justo, merecido e talvez escasso naquela altura. Nada estava perdido e passados 4 minutos Pedro Moreira, a meias com um jogador do Paço, restabelecia o empate (10 minutos). Num jogo em que uma desvantagem é sempre difícil de recuperar, nós conseguimo-lo rápido. 





Seria de esperar que a partir daqui, a notória mais-valia dos nossos atletas permitisse um jogo diferente e que o passar dos minutos trouxesse um domínio portista. Não foi isso que aconteceu. O Paço manteve-se organizado na defesa, não permitindo os passes interiores que são a nossa marca e a forçar os remates de longa distância. Se a atacar sentíamos dificuldades, a defender era igual. Nesta 1ª parte fomos demasiado permissivos e não fosse o brilhante Edo e o resultado ao intervalo poderia ser bem pior que o 3 - 1 registado. Má exibição do FC Porto, resultado justo até aqui. Nada estava perdido, era possível ainda.

A 2ª parte foi completamente diferente, embora tenha começado da pior forma possivel. Inacreditavelmente, ao 2º minuto Rui Ribeiro colocava a nossa desvantagem em 3 golos. Não estava nos planos e durante uns minutos acusamos o "toque", mostramos algum descontrolo emocional e algumas falhas de concentração. Felizmente temos campeões que defendem o nosso emblema e a partir daí mostraram o que podem fazer. Cerraram os dentes e foram à luta. Reinaldo Ventura marcou e reduziu a distância aos 9 minutos. No minuto seguinte Ricardo Barreiros marcava outro. O jogo estava lançado e nós estávamos por cima, adivinhava-se a reviravolta completa. 

Então, e antes que fosse tarde demais, Carpelho (com o acompanhamento de Jaime Vieira) decide acabar com as dúvidas. Quando um jogador vai isolado e o derrubam, o minimo é azul "amigo" Carpelho. Tal como fizeste com o Pedro Moreira e aí nem era isolado. Ao contrário também conta ok? Ah, mais importante ainda se derrubam o Tiago Losna dentro da área é falta, não marques contra nós (a nossa 10ª). E marca penalti contra nós quando realmente existir contacto ou parecido. Ao menos tenta. Não faças à descarada, é feio e não resultará no fim...

Mas, Carpelhos à parte, o dominío era nosso e criávamos perigo. Pressionávamos mais e melhor, recuperávamos a bola muito mais rápido e atacávamos com objectividade. Falhamos uma, duas, três oportunidades. Azar nosso e muito mérito do guarda-redes Carlos Silva que fez uma exibição impressionante neste período. Defendeu tudo. E como quem não marca arrisca-se a sofrer, aconteceu o 5 -3 . Se a vantagem ao intervalo era inteiramente merecida, nesta altura já não se podia dizer o mesmo. Ainda marcaríamos outra vez, remate de Jorge Silva, mas já era tarde.

Após este doloroso percalço, temos obrigatoriamente de referir que falta metade do campeonato. Ganhá-lo depende apenas de nós e temos equipa mais que suficiente para o reconquistar. Acreditamos que esta tarde foi uma excepção. Acontece e tem atenuantes. Como sabem esta foi uma semana atribulada. A nossa equipa ficou retida no aeroporto depois do jogo em França, só conseguindo desembarcar de Bruxelas no dia 21 (o jogo foi a 19). Foi chegar ao Porto às 17h e no dia seguinte às 6h já estavam a caminho da Ilha do Pico. Numa equipa curta, com Caio ainda castigado, depois de tanta contrariedade fomos vencer aos Açores. Hoje o cansaço sentiu-se. Voltando à normalidade, também os resultado voltarão.

Força FC Porto, vamos reconquistar o título. Estamos juntos e vamos à luta.

Equipa e marcadores:

Treinador: Tó Neves 

Cinco inicial: Edo Bosch (gr), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (1), Ricardo Barreiros (1) e Jorge Silva (1)

Jogaram ainda: Tiago Santos, Vítor Hugo e Hélder Nunes.



Por: Paulinho Santos

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