Com um inicio francamente mau, a permitir diversas situações
para o contra-ataque adversário e muitas vezes até em superioridade numérica,
não foi de estranhar que o golo inaugural tenha sido da equipa visitada. Justo,
merecido e talvez escasso naquela altura. Nada estava perdido e passados 4
minutos Pedro Moreira, a meias com um jogador do Paço, restabelecia o empate
(10 minutos). Num jogo em que uma desvantagem é sempre difícil de recuperar,
nós conseguimo-lo rápido.
Seria de esperar que a partir daqui, a notória mais-valia
dos nossos atletas permitisse um jogo diferente e que o passar dos minutos
trouxesse um domínio portista. Não foi isso que aconteceu. O Paço manteve-se
organizado na defesa, não permitindo os passes interiores que são a nossa marca
e a forçar os remates de longa distância. Se a atacar sentíamos dificuldades, a
defender era igual. Nesta 1ª parte fomos demasiado permissivos e não fosse o
brilhante Edo e o resultado ao intervalo poderia ser bem pior que o 3 - 1
registado. Má exibição do FC Porto, resultado justo até aqui. Nada estava
perdido, era possível ainda.
A 2ª parte foi completamente diferente, embora tenha
começado da pior forma possivel. Inacreditavelmente, ao 2º minuto Rui Ribeiro
colocava a nossa desvantagem em 3 golos. Não estava nos planos e durante uns
minutos acusamos o "toque", mostramos algum descontrolo emocional e
algumas falhas de concentração. Felizmente temos campeões que defendem o nosso
emblema e a partir daí mostraram o que podem fazer. Cerraram os dentes e foram
à luta. Reinaldo Ventura marcou e reduziu a distância aos 9 minutos. No minuto
seguinte Ricardo Barreiros marcava outro. O jogo estava lançado e nós estávamos
por cima, adivinhava-se a reviravolta completa.
Então, e antes que fosse tarde demais, Carpelho (com o
acompanhamento de Jaime Vieira) decide acabar com as dúvidas. Quando um jogador
vai isolado e o derrubam, o minimo é azul "amigo" Carpelho. Tal como
fizeste com o Pedro Moreira e aí nem era isolado. Ao contrário também conta ok?
Ah, mais importante ainda se derrubam o Tiago Losna dentro da área é falta, não
marques contra nós (a nossa 10ª). E marca penalti contra nós quando realmente
existir contacto ou parecido. Ao menos tenta. Não faças à descarada, é feio e
não resultará no fim...
Mas, Carpelhos à parte, o dominío era nosso e criávamos
perigo. Pressionávamos mais e melhor, recuperávamos a bola muito mais rápido e
atacávamos com objectividade. Falhamos uma, duas, três oportunidades. Azar
nosso e muito mérito do guarda-redes Carlos Silva que fez uma exibição
impressionante neste período. Defendeu tudo. E como quem não marca arrisca-se a
sofrer, aconteceu o 5 -3 . Se a vantagem ao intervalo era inteiramente
merecida, nesta altura já não se podia dizer o mesmo. Ainda marcaríamos outra
vez, remate de Jorge Silva, mas já era tarde.
Após este doloroso percalço, temos obrigatoriamente de
referir que falta metade do campeonato. Ganhá-lo depende apenas de nós e temos
equipa mais que suficiente para o reconquistar. Acreditamos que esta tarde foi
uma excepção. Acontece e tem atenuantes. Como sabem esta foi uma semana atribulada.
A nossa equipa ficou retida no aeroporto depois do jogo em França, só
conseguindo desembarcar de Bruxelas no dia 21 (o jogo foi a 19). Foi chegar ao
Porto às 17h e no dia seguinte às 6h já estavam a caminho da Ilha do Pico. Numa
equipa curta, com Caio ainda castigado, depois de tanta contrariedade fomos
vencer aos Açores. Hoje o cansaço sentiu-se. Voltando à normalidade, também os
resultado voltarão.
Força FC Porto, vamos reconquistar o título. Estamos juntos
e vamos à luta.
Equipa e marcadores:
Treinador: Tó Neves
Cinco inicial: Edo Bosch (gr), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (1), Ricardo
Barreiros (1) e Jorge Silva (1)
Jogaram ainda: Tiago Santos, Vítor Hugo e Hélder Nunes.
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