domingo, 28 de julho de 2013

Obra-prima!



Roberto, o El Cid voador
Guardião e grã-defensor
Dessa ordem d’Aragão, e
Comendador do lucro lampião!
Transita agora, à pátria helénica
Num negócio, sem carga polémica!?

Se foi vendido por oito milhões
Gerando lucro, gáudio nas multidões
Por duas épocas d’arromba e mérito
Vendido com pompa, com muito crédito
P’lo glorioso, assim se declarou ao mundo
Primeiro ao clube, depois aquele fundo…

A Comissão qu’é pródig’a investigar
Nada estranhou, foi pronto o pagar!?
Oito milhões, mais cem mil de lucro
Grande orelhas, contigo nem o Turco!
E assim lá foi, o fiasco do século
Com’um negócio fechado, por incrédulo!?

Quem acredita em tamanha patranha?
A Procuradora, a Bola, e o Manha!?
E as equipas especiais de Lisboa
Não são criadas, está tudo na boa?
Está tudo bem, agora vem o Pizzi!
O povo vibra, c’o craque que vem de Madrid!?

Despacha-se um, por seu entreposto
Compra-se um outro, sem conta ou rosto
Pois esse fundo, nas rédeas do Mendes
Comporta tudo, Roberto, entendes?
Paga o Pizzi, no valor do teu passe
Só a metade, que no resto é trespasse!

Um grande negócio, uma limpeza de rosto
Não fora o Roberto, esse grande colosso
Estar na jogada, depois de estar vendido
A cem por cento, como disse o valido
Nas contas pródigas da instituição
Qu’agora mostram, do Roberto, a dação!?

E agora qu’o Museu, finalmente abriu portas
Podem mostrar, do Roberto, as obras
De arte reveladas a estes lusitanos
Grandiloquentes de nuestros hermanos
E bem fundi-las junto aquela Pantera
Uma arte nova, limpando a atmosfera!

Que impregnada de objectos antigos
Deixa no ar, resíduos nocivos
Naftalinas, poeiras, carrapatos
Cachecóis e taças, e demais aparatos
Que de tão velhos, tão gastos na cor
Só um Roberto, lhes daria vigor!?

Por diversão, por riso, insólito
Uma peça única, de valor estrambólico
Um toque artístico, na ala marcial
O bom palhaço, no corpo principal
O valor recorde, por oito milhões!?
O salão nobre, c’o Roberto em calções!



Por: Joker

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