sábado, 27 de julho de 2013

O FC Porto aquém e além fronteiras.





Ainda me recordo perfeitamente como sendo hoje, dos tempos tumultuosos e de difícil afirmação desportiva no panorama nacional do FCP, nos longínquos anos 70 do século passado, em que se dizia e por vezes mesmo confirmado no terreno de jogo, se bem que, e diga-se a propósito, que nem sempre só por culpa própria, do paradigma em curso naquele tempo e da verdade inequívoca deste presságio e prenúncio lógico, quando o clube se inibia quando saia do seu habitat natural, leia-se Estádio da Antas e da sua região privilegiada a norte.



Quando passava a ponte D. Luís sobre o rio Douro a caminho do sul, e mais propriamente em direção à 2ª circular em Lisboa já se sentia em parte derrotado, ou dito de uma outra forma mais natural e percetível para não deixar qualquer dúvida, não conseguia colocar em prática as suas reais capacidades enquanto equipa de futebol que naquela altura já começava a patentear.

A partir da era de JNPC como presidente do clube iniciada no glorioso dia 17 de abril de 1972, e decorrido todo este tempo até aos dias de hoje, o FCP apresenta-se atualmente aos seus cada vez mais simpatizantes, sócios e ao mundo em geral, como um clube de enorme prestígio, temido pelos seus principais adversários aquém e além-mar pela qualidade que demonstra em tudo em que participa, pelo ecletismo desportivo que evidencia e coloca em prática, onde tem hoje o privilégio e a responsabilidade de ter a seu cargo a hegemonia do futebol e das modalidades de pavilhão em Portugal, sendo hoje também considerado por todo o mundo como um clube modelo, por vezes até copiado quanto à forma de gestão desportiva do clube, onde qualquer jogador de qualquer continente tem o desejo e a honra de representar e jogar, pois é sabido que depois de um ciclo aproximadamente de 2 a 3 anos a conquistarem títulos e a dar boa luz ao seu nome, poderão mais tarde darem um novo rumo às suas carreiras e ao mesmo tempo melhorarem os seus contratos desportivos, mesmo sabendo que o clube não tem as mesmas capacidades económicas dos principais colossos do futebol mundial, o que torna esta constatação factual ainda mais valiosa e de difícil concretização.

Por tudo isto, e após encontrar o bom rumo desportivo e consolidando o seu próprio ADN como instituição desportiva de renome mundial, o FCP, e a meu ver com enorme inteligência e mestria desportiva da sua Direção, tem vindo a cimentar a sua já longa e vitoriosa história com processos de gestão ultra modernos, que lhe permitem alargar ainda mais o seu horizonte desportivo enquanto grande clube que é, investindo não só em grandes talentos como também na sua própria imagem, em que o seu carismático e eterno presidente tem sido a sua pedra de toque e a condição sine qua non para a sua evolução, consolidação e perpetuação, quer no panorama nacional como também no panorama estrangeiro, começando degrau a degrau mas com uma evolução bem visível e sustentada, a diminuir a diferença que o separava em termos de sócios e simpatizantes do seu eterno rival do Terreiro do Paço.

Neste enquadramento, parece-me deveras importante salientar alguns projetos de melhoria levados a cabo nestes anos no clube azul e branco, que vêm contribuindo para o atual status quo do melhor clube português da atualidade, sendo esta uma verdade indesmentível e comprovada, mesmo que esta constatação devidamente fundamentada em títulos doa a muita boa gente que por cá esvoaçam ou planam, como sejam o novo Dragão Caixa onde o clube voltou a conseguir reunir toda a família portista num local que poucos acreditariam que fosse possível, o original projeto da parceria com o "Porto Canal" como lançamento do clube em termos de uma nova imagem multimédia no país e no estrangeiro, a inauguração para setembro do Museu do FCP, outro empreendimento que pela sua grandeza e modelo será sui generis em Portugal e de enorme valor cultural, histórico e artístico que certamente ainda mais elevará o nome do clube no panorama nacional e mundial, e ainda a aposta desportiva e comercial nos mercados emergentes de vários países, com predominância no Brasil, Venezuela e Colômbia, onde o FCP tem aqui aproveitado com enorme êxito desportivo, populista e financeiro o grande filão de talentos, e ao mesmo tempo tirando partido de ter nas suas fileiras vários jogadores daquele país, conseguindo com isso bons negócios no campo da merchandising e do scouting de novos talentos em formação, e tudo isto numa constante dinâmica portista já que o tempo não para e os nossos adversários assim o exigem.

Por: Natachas.

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