domingo, 14 de julho de 2013

FC Porto 3 - 0 Marselha: Ganhar embalo.




Mais um jogo de treino, mais uma taça para a vitrina do futuro museu e mais uma enchente portista num estádio do centro da Europa. É um orgulho ver tanto portismo espalhado. Somos gigantes.







Foi um jogo mais competitivo e intenso, frente a uma equipa que o tentou disputar, até quebrar com o avolumar do resultado e com a superioridade numérica do FC Porto. Tirando os primeiros 20 minutos, o FC Porto dominou o jogo e foi a equipa que ameaçou a baliza contrária com mais acutilância. Ficam algumas conclusões gerais do jogo:





• O desenho do meio campo, pelo menos enquanto Fernando estiver em campo, mantém-se fiel à estruturação de um 6, um 8 e um 10. Obviamente, as posições não são rígidas nos momentos de transição ofensiva e defensiva. Há trabalho a fazer na transição defensiva. A equipa ficou, por vezes, demasiado exposta ao contra-ataque do Marselha. Na transição ofensiva, a equipa precisa de mais velocidade de execução, mas dada a carga física desta fase da época, é normal o processo ainda ser lento.

•  Jogo exterior continua mais frágil que o jogo interior. Tirando alguns bons momentos de Kelvin e Varela, o jogo exterior teve pouca envolvência. A comunicação entre os extremos e os laterais ainda tem que ser trabalhada.

• Quer-me parecer que a linha defensiva não me parece tão subida como em épocas anteriores.

Foi um jogo, que pelo resultado e pelo bom jogo efectuado, serve de embalo para o trabalho de pré-época. Ganhar por 3-0 ao Marselha dá-nos uma sensação de conforto. Mas convém trabalhar aqueles primeiros 20 minutos. Até ao 1-0, o Marselha foi a equipa mais perigosa.



Análises Individuais:

Helton – Excelente a sair da baliza e evitar um golo que parecia certo e grandiosa defesa a fechar a primeira parte para segurar o 1-0. Em grande.

Fucile – De longe, o melhor lateral em campo. O único que procurou alguma envolvência com o ataque. De negativo, a forma como deixou André Ayew sozinho para a perdida do jogo.

Alex Sandro – Cumpriu, mas não brilhou. Bem sei que ter Izmaylov à frente é mais um bloqueio que um convite a subir, mas não é justificação. Defensivamente, esteve bem.

Otamendi – Algum risco em alguns cortes, mas fez um jogo senhorial. Grande dobra a Helton logo no início do jogo.

Mangala – Mau início de jogo, sempre atrasado nas entradas aos lances. Depois cresceu e meteu Gignac num bolso. A lateral esquerdo deu profundidade.

Fernando – Ainda a diesel e com alguns erros graves. Nos intervalos dos erros, dominou o meio campo.

Josué – Tem que ser mais rápido e mais intenso. Tecnicamente está lá, mas tem que executar mais rápido e ser mais presente no jogo.

Lucho – Ainda em ritmo de pré-época, mas penso ser cada vez mais evidente que não é a 10 que Lucho melhor serve a equipa. A posição precisa de um jogador mais rotativo e inventivo.

Izmaylov – Marcou um golo, de recarga, e tirando uma ou outra abertura, pouco mais fez. Presa fácil para o lateral direito do Marselha, pouco ousou e pouco fez de relevante.

Kelvin – Começou por perder a maioria dos lances, mas o remate à barra portentoso no lance do primeiro golo deu-lhe alma. Tornou-se uma dor de cabeça para Morel e ganhou todos os lances a partir daí.

Jackson – É um craque. Imperial no jogo de costas para a baliza, com tabelas primorosas. Incisivo no golo, um ponta-de-lança de grande nível.


Fabiano – Um espectador privilegiado. O Marselha nem assustou.

Danilo – Um jogo morno, onde subiu mais enquanto lateral esquerdo. Continua no mesmo ritmo pachorrento da época passada.

Maicon – Manteve a pressão sobre Gignac e sai de campo plenamente vitorioso. 

Abdoulaye – Tal como Maicon, cumpriu a preceito e tirou vantagem da superioridade numérica.

Defour – Entrou muito bem, mais intenso e dinâmico que no último jogo. Excelente abertura para Jackson e um remate que levava fogo.

Herrera – Enquanto esteve a 6, foi um peixe fora de água. Até algo perdido. Quando Castro assume a posição e Herrera sobe para 8, teve um futebol muito mais escorreito. Até de bom nível, como a abertura que faz no final do jogo.

Carlos Eduardo – Em termos técnicos nada deve a ninguém. O ritmo é que é demasiado baixo e não morde a língua no lance. Precisa de ganhar outra rotação e outra intensidade no lance, ou perde o comboio.

Varela – Está em bom nível e manteve o lateral contrário em pânico. Este Varela encanta. Que não retroceda.

Iturbe – Penalizado exibicionalmente quando passou para segundo extremo esquerdo. Enquanto jogou a extremo direito, foi inconsequente, até que saca um golão. Mais um momento “Celta de Vigo” ou algo mais? Sou céptico, confesso.

Castro – Foi tapa buracos, ora a defesa direito, ora a defesa esquerdo. Cumpriu a preceito. Quando subiu para 6, arejou o meio campo e permitiu a Herrera subir de rendimento.

Ghilas – Um poço de força e técnica. Deu trabalho e se tivesse melhor serviço, tinha marcado. Temos concorrência à frente. Ainda bem.

Licá – Entrou decidido a deixar a sua marca, mas faltou-lhe tempo. Ainda assim, tentou meter-se no jogo.

Tiago Rodrigues – Uma vez mais, jogou muito pouco e, uma vez mais, deixou água na boca. Talento.



Por: Breogán

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