#FCPorto #Portugal #Porquêseafins #Nacional
Porquês e afins
Porquê que o futebol português é fértil em Capelas?
Como chegam ao topo e mantém-se lá durante anos?
Porquê que já não bastou essa mediania no comando técnico da equipa nos últimos anos e agora até já começa os jogos com esse drama metido no onze inicial?
Porquê?!
Marcamos logo. Mas o Nacional já havia perdido o respeito e como a réstia de mediocridade ainda estava em campo, logo sofremos o empate. O azar persegue, mas fazemos por o merecer!
Mantivemos o controlo do jogo, faltou sorte, sobrou capela e assim se chegou ao minuto 94 como epifania de uma época onde 15 pontos nos separam da liderança e Quaresma tenta resolver à chapada o que não resolveu em campo.
Como chegam ao topo e mantém-se lá durante anos?
A quem beneficia esta proliferação de Capelas?
Porquê que já não vencemos apesar dos Capelas?
Porquê que o FC Porto parece apostado em vencer pela
mediania?
Como é que esta SAD, tão competente, permite este alastrar
de mediania, porque não, de mediocridade?
Porquê que já não bastou essa mediania no comando técnico da equipa nos últimos anos e agora até já começa os jogos com esse drama metido no onze inicial?
Como é possível deixar talento no banco e meter jogadores
medianos no onze como objectivos ainda por alcançar?
Estão convencidos que por ser Porto, por usarem este
símbolo, ganham e ganharão apesar de tudo?
Como é possível não perceber-se os sinais das últimas
épocas, onde o APOEL de Chipre nos atira da Champions como equipa do pote 1,
onde o Áustria de Viena nos atira para a liga Europa, onde o Braga de Peseiro
nos elimina ou ganha taças, onde andamos à justa para vencer o campeonato?
Como é possível este pacto com a mediocridade, onde esta
chega ao FC Porto cada vez mais cara, em transferências milionárias e se
perpetuam no clube?
Para quando um treinador capaz de potenciar jogadores, de os
moldar à equipa, de perceber a suas características e perceber onde podem
render e como devem ser utilizados?
Porquê?!
Porquê?!
Quanto ao jogo, vou ser muito sucinto. Já nem vale a pena
esmiuçar isto.
Começamos com a dupla de centrais possível, Licá a extremo e
com o mesmo meio campo que no jogo anterior. Começo por este último ponto, jogo
totalmente diferente, onde teríamos menos espaço a meio campo e a solução é a
mesma. Mesmo sabendo o abafo que o meio campo portista levou na segunda parte
do jogo anterior e como foi necessário recorrer a jogadores criativos para
ressuscitar o jogo a meio campo.
O FC Porto entra bem, mas rapidamente perde o controlo do
jogo e sai a perder para o intervalo, felizmente só por um.
Vem o intervalo e Luís Castro decide que 45 minutos para o
caixote de lixo são suficientes. Como ainda há (havia…) um objectivo a
perseguir e como o próprio diz, e bem, este plantel tem valor, descobre sentado
ao seu lado o que escasseou na primeira parte: TALENTO!
Marcamos logo. Mas o Nacional já havia perdido o respeito e como a réstia de mediocridade ainda estava em campo, logo sofremos o empate. O azar persegue, mas fazemos por o merecer!
Mantivemos o controlo do jogo, faltou sorte, sobrou capela e assim se chegou ao minuto 94 como epifania de uma época onde 15 pontos nos separam da liderança e Quaresma tenta resolver à chapada o que não resolveu em campo.
Recebemos agora o Sevilha. A nossa margem de erro é zero.
Qualquer devaneio no escalonamento da equipa é a morte do artista. Chega de
mediania, o FC Porto sempre se fez de talento e ousadia.
Análises Individuais:
Fabiano – Um jogo azedo. Pouco podia fazer e sofre dois golos. Precisa
de trabalhar as saídas com urgência.
Danilo – Trucidado por Candeias. Defensivamente foi um
desastre, com uma agressividade digna de um jogador da regional. Ofensivamente,
errático no passe. Para quando um treinador que o saiba potenciar?!
Alex Sandro – É quase uma fotocópia de Danilo. Quantos lances de perigo do
Nacional, no final da primeira parte, nasceram no seu flanco? Perdi a conta. Só
esteve um pouco melhor no aspecto ofensivo.
Abdoulaye – Um buraco. Não sabe marcar. É central do mais
mediano que já passou no FC Porto, só sabe jogar em bloco baixo e mesmo assim é
um susto permanente. É radioactivo. Só usar em último caso.
Reyes – No meio deste naufrágio defensivo, foi o náufrago.
Lá se salvou. Com os dedos mirrados e morrendo de sede, chegou a terra firme.
Fernando – Tentou ser o meio campo. Não pode jogar por três.
Fez o que pôde.
Defour – Estava a jogar mal? Não. Estava a jogar bem? Não.
Defour é isto e não será mais que isto. O FC Porto precisava de talento e entre
ele e Herrera, sempre espero mais génio de Herrera que do insonso Defour.
Herrera – Vai ser um bom jogador. Um dia. Se tiver quem puxe
por ele. Mas hoje é um jogador mediano. É um rico exemplo do que se transformou
o FC Porto. Com bons jogadores, tão bons ou melhores que este e muito menos
crus que este Herrera, o FC Porto gasta um balúrdio num jogador que um dia
poderá ser. Fez coisas boas, muitas borradas e pronto.
Licá – Afirmei eu há pouco tempo que este treinador do FC
Porto sabia para que servia Licá. Engano meu. Titular? Brincamos?!
Quaresma – Não decidiu e saltou-lhe a tampa. A equipa não
funciona e a frustração toma conta de si. Não tem controlo, é uma bomba
relógio. Mais uma pergunta: para quando retirar-lhe a marcação das bolas
paradas? Que mais é preciso? Nem falo do penalti, que pode acontecer a qualquer
um!
Jackson – Tal como a defesa só foi Reyes, o meio campo só foi
Fernando, o ataque só foi Jackson. Lutou, marcou um golo de craque e tentou
salvar a equipa. Desceu ao meio campo e até a defender ajudou. Esta equipa é
muito curta para ele.
Quintero – Entra em grande e em meio minuto torna ridícula a opção
inicial de Luís Castro. Depois, tentou lutar e dar classe à equipa, mas a
urgência toldava a procura do seu talento. Desapareceu aos poucos.
Ghilas – Está no golo. Só isso basta. Meio minuto e ridícula
a opção inicial de Luís Castro. Mas vamos assentar uma coisa. Ali é um
“Derlei”. Jogador que lhe meta mais de três bolas na linha devia encher 50
completas em todos os treinos da semana. A bola para Ghilas deve ser sempre
metida no espaço interior, para ele atacar vindo do flanco. Insistir fazer do
Ghilas um Quaresma é burrice.
Carlos Eduardo – Entrou tarde. É o melhor 8 da equipa e hoje
mostrou-o. Em forma, então, nem dá hipóteses!
Ficha de Jogo:
Nacional: Gottardi; Zainadine, Miguel Rodrigues, Mexer e Marçal; Aly
Ghazal, Gomaa e João Aurélio; Candeias (87, Diego Barcellos), Rondón (75, Reginaldo) e Djaniny (55, Lucas João).
Suplentes: Ricardo Batista, Sequeira, Claudemir, Jota, Reginaldo, Diego
Barcellos e Lucas João.
Treinador: Manuel Machado
FC Porto: Fabiano, Danilo, Reyes, Abdoulaye (77, Carlos Eduardo), Alex Sandro, Fernando,
Defour (46, Quintero), Herrera, Lica (46, Ghilas), Quaresma e Jackson.
Suplentes: Kadu, Carlos Eduardo, Josué, Quintero, Ricardo, Kelvin e
Ghilas.
Treinador: Luis Castro
Árbitro: João Capela
Por: Breogán
9 comentários:
concordo com a análise, como é costume :)
No meio disto salva-se o regresso definitivo do grande Jackson (gostava de saber o que raio se passou com ele) e a afirmação paulatina do jovem Reyes, que um dia será um dos melhores centrais que por aqui passou, tenho a certeza.
No jogo de hoje não esperava ver um trio de meio-campo com Fernando, Herrera e Defour. Acho que contra o Nacional devia haver um elemento mais criativo mas o treinador lá sabe. E o lugar de Defour é a trinco mas enquanto houver Fernando não tem hipóteses.
O Licá podia ser útil se o jogo fosse no Dragão, para esticar a equipa e aproveitar a sua velocidade.
Ou será Licá um daqueles extremos que têm de ser adaptados a defesa direito?
Defour a trinco? Não me parece.
E faz faltas a mais.
Agora contra uma equipa fechada como o Nacional, o meio/campo não poderia ser o mesmo, de facto que jogou contra o Benfica. Josué ?!
O Defour já fez jogos a trinco pelo FC Porto e esteve bem.
Agora se ele não servir nem a trinco mais vale pendurar as chuteiras ou regressar ao futebol belga.
off topic:
"isto" é grave, «penso eu de que»...
Abr@ço
«e quem não salta é lampião»
Há muita coisa a mudar neste clube. A mentalidade não é a mesma de outrora. Os interesses obscuros cada vez prevalecem mais. O plantel deste ano é do mais desequilibrado que há memória. Enfim, os capelas erram e prejudicam é certo mas isso não explica tudo. Cumprimentos.
O Abdulaye para mim é um misterio..
Tambem nao o aprecio, pelo menos por agora... mas a verdade é que ja vi:
o PdC elogia-lo directamente
O Rui Vitoria a aponta-lo como um central com futuro enorme
O Carlos Daniel tambem a "derreter-se" por ele
Enfim... pode o abdulaye ser um Bruno Alves ou um Pepe no sentido em que enterrava muito mas que tem um potencial (bem escondido) grande?
O Defour a trinco é uma solução de recurso. É um jogador sem amplitude para a posição. Não consegue ir de flanco a flanco, a varrer. Não tem essa fúria dentro de si. Não tem espírito de guerreiro. Não tem essa intensidade defensiva.
É demasiado passivo para ser tão activo.
No essencial, o Defour é só mais um que veio para cá por uma boa maquia, inserido numa ponte aérea com Liège, e que se arrasta no plantel, ora passando fases melhores, ora com outras de total apagamento. E digo arrasta-se, porque a exigência para com o Defour deve ser aquela de quem vem para ser uma mais valia e não mais um no plantel.
Quanto ao Abdoulaye, no futebol já vi de tudo. Mas um central com erros de marcação tão dramáticos e tão acentuados, sobretudo, quando a equipa tenta jogar em bloco alto, será concerteza algo impressionante se, de repente, topa-se ser um grande jogador.
Quanto ao facto aqui trazido pelo glorigozo 5lb, é um facto que só reflecte aquele clube. Se retirarem a palavra "modalidades" e colocarem "futebol", o comunicado é igualmente verdadeiro.
Ricardo o melhor extremo portista a seguir a Quaresma?
enquanto olharem para o Josué como um proscrito....enquanto virem do Defour um mero aflito....enquanto teimarem no Eduardo com'um Deco....enquanto Ghilas só for um meco...não vamos lá.
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