#FCPorto #SLB #Benfica #Tachos #paineleiros
Diz o Seara, Doutor
Que não há perdão no Porto!
Onde só vivo e morto
Prevalece um treinador!
Que não tendo sucesso
Não pode viver na cidade!
Não morre p’la idade…
Subentende-se pelo nexo!
E ele que fôra professor
Deste vosso “poeta”
Quando já então, pateta
Soltava piadas de cor!
E então como agora
Ergui’as mãos arriba
Nesse semblante d’escriba
Que tudo escreve na hora!
Uma memória de culto
No professor de Direito!
Corri’os livros a eito
Em preleções no seu púlpito!
E confesso que gostava
D’ouvir gralhar o bigodes
Em tantas teses ou odes
Que sobr’o benfica cantava!
Já então era vermelho
Nessa sua paixão primária
Mas a sua queda hilária
Er’o centrismo mais velho!
E ainda qu’o político
Ainda fosse mal conhecido
Como Doutor, era entretido
No seu raciocínio analítico
Tinha outra franca queda
No seu nervoso miúdo
Ao outro sexo, “tesudo”
Mostrava-se com pouca rédea…
É o mãozinhas maroto
Que dando lanço ao charme
No seu aspecto “gendarme”
Bem as tentava no goto!
E hoje perdido o bigode
Quanto élan se perdeu
No qu’ao D. Juan sucedeu
O D. Quixote!
E avança contra moinhos
O Ex-autarca!
E nisto destaca:
Os “assassinos”!
Moinhos, são moinhos
De vento, nessa cabeça!
Qu’ainda tropeça
Em tais pergaminhos!
E tudo acusa
Nesse panfleto!
No Porto, o medo…
Qu’o assusta!
E ninguém pode viver
Na mediocridade!
Pois essa cidade
Não sabe perder!…
E nisto escreve
Tudo o que quer!
Porque enquanto houver
O poder que serve
Vai leccionar
Os seus conceitos!
Tantos Direitos
Por que lutar!
E escreve a eito
No seu pasquim
O seu boletim
De bola no peito!
E marca c’a mão
Tal com’o Vata!
E nisto empata
C’a Leonor Pinhão!
E usa o dedo
Nessa sua tara
Não escreve, dispara!
O bom do Reboredo…
Pode ser qu’o disparo
Atinja o alvo!
E o cronista calvo
Num registo raro…
Seja um matador
Nesse seu acerto!
Atingindo no peito
Tod’o seu amor!
E s’enamore
Por uma tripeira!
Uma bandoleira
Que também o adore
E vivam felizes
Na cidade invicta!
Até qu’um dia, a dita
Por sua raízes
Lhe dê caçada
Por ser pinga-amores!
Passando horrores
Nas mãos dessa amada
Fazendo lá jus
Ao seu belo escrito!
Que no Porto, ao aflito…
Nem o Bom Jesus!
Por: Joker
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