#FCPorto #Portugal #Benfica #Sporting #Ladrões
Se queres um árbitro
D’emblema na lapela
Mas c’o rosto simpático…
Então, cham’o Capela!
Se queres um pénalti
No último minuto!
Num movimento apático
Perant’o empate abúlico
Chama o Paixão!
O Campomaiorense!
Uma vitória na mão
Nem que sej’à tangente!
Mas se queres adornar
Essa vitória tensa…
Chama para apitar
O querido do Proença!
Aí está segura…
Nem que seja pelos dentes
Uma vitória madura
Em renovadas frentes!
Mas se um árbitro querias
Pr’a mostrar equidistância
Tiveste no Soares Dias
A prova dessa militância!
E dois pénaltis na luz
Que não viu por cegueira
À classificação conduz
O árbitro na jarreteira?
Não, isso é só c’o benfica
Qu’escolhe como convém
Quem vai e quem fica
E quem arbitra quem!
Por isso o cheiro é agradável
Cheir’a Lisboa em pleno!
O Conselho está imutável
E o povo é sereno!
E aquele outro do Estoril
C’o pénaltis fora-da-área
Será qu’apita por ardil
Ou é tão só por tara?
E depois da invenção
Do jogo d’Alvalade
Eis de pleno a remissão:
O Proença é que sabe!
E até há pénaltis
Fora do campo!
Que na dúvida bates
Mesmo ali ao canto!
E está tudo bem
No reino de Lisboa!
A arbitragem é boa
E o Capela também!
É qu’ao anular
Aquele golo no alto!
Por causa do salto!?
E nisto apitar…
Vai lembrar ao Cédric
Que pode placar
Quando o vir saltar
Mais alto qu’um metro!
São assim as regras
Do nosso futebol!
Aos Capelas, o rol
Destas cega-regas!
E assim já está bem
Que vencendo, basta!
O apito a quem
Só pertence à casta!
Por isso o burgo
Acorda contente!
O Porto a quente
Nada diz, está mudo!
E que se avance
A inventar o jogo
Para quand’o fogo
Que no Dragão se lance?
Vamos continuar
A levar por tabela?
Com tod’a Capela
Assim a apitar?
Este não é o Porto
A que m’habituei!
Que nisso bem sei
Fosse vivo ou morto
Não se renderia!
Vendendo car’a derrota
Mesmo contr’a batota
Que lá foi um dia!
E por isso Invicta
Mais do qu’invencível!
É ter do impossível
A sua própria desdita!
E nisso avançar
Contr’os nossos receios
Que p’los nossos meios
Só poder ganhar!
Porqu’o nosso símbolo
Num Dragão s’adorna
E na cidade se forma
Na têmpora dum golo!
E que nesse remate
Que nem o Capela afasta
Tod’o adorno e arte
Num só golo se BASTA!
Por: Joker
Por: Joker
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