#FCPorto #Portugal #PauloFonseca #PintodaCosta #Guimarães
Desastre.
Desastre.
Consumado o desastre, o que fazer?
Começar já acautelar os
objectivos ainda não perdidos?
Começar já a construir o futuro?
Começar a
unificar os adeptos em torno de um novo projecto?
Não. Braço armado sobre quem contesta, quem já não aguenta. Mais, já ultrapassada a fronteira entre a persistência e a teimosia, o que é o mesmo que dizer entre a inteligência e a burrice mais obtusa, mantém-se o problema adiado no leme da equipa. Problema adiado?! Erro meu. Já consumado, isso sim.
Deixando de lado o “politicamente correcto” de que o FC
Porto nunca deita a toalha ao chão, lembram-se de o FC Porto estar fora da
corrida para o título a 9 jornadas do fim?
E sublinho eu, o 4º classificado está a 4 pontos e tem
vantagem no confronto directo!
Há quatro jogos que o FC Porto não ganha e tem uma média de
2 golos sofridos por jogo.
Fomos os últimos a entrar em campo. Já sabíamos que tínhamos
que ganhar. Nem assim.
Bárbaro.
Indo ao jogo, Paulo Fonseca é forçado a mexer no onze
titular. O castigo de Mangala permite a manutenção de Maicon no onze inicial,
com Abdoulaye a reassumir a titularidade. No ataque, Jackson e Varela, com
problemas físicos, dão lugar a Ghilas e Licá.
Há algum equilíbrio inicial, mas o FC Porto toma conta do
jogo. A “moral” do último jogo europeu faz-se sentir e os jogadores tentam
funcionar como equipa. Há ânimo, mas não consistência táctica. Ainda assim, o
golo chega, num penalti claro.
E começa a degradação do FC Porto. Incapaz de controlar o
jogo, o FC Porto permite ao Vitória de Guimarães entrar numa parada e resposta.
É claro, o FC Porto é mais perigoso e tem em Ghilas oportunidades de sobra para
aumentar a vantagem. Mas o Vitória mantém-se sempre agarrado ao jogo e com
possibilidades de controlar o jogo a meio campo.
Chega o 0-2 a cinco minutos do intervalo e, paradoxalmente,
o FC Porto piora abruptamente. A urgência do Vitória em voltar à discussão do
resultado, varre o meio campo portista e começa a fazer tremer a nossa defesa.
Cinco minutos bastaram para o Vitória cozinhar um golo. O intervalo traz
esperança à equipa de casa e velhos fantasmas ao FC Porto.
O que se assistiu após o intervalo, para além de um atestado
de incompetência de Paulo Fonseca, é a demonstração cabal que neste FC Porto
nem uma ideia de equipa há!
Pensava eu que a desgraça havia chegado ao fim. Que este desastre já não podia causar maior dano. Eis que surge Paulo Fonseca na entrevista rápida. Atira-se aos jogadores. Diz ele que estes já deveriam ter aprendido com os erros defensivos e com a sua recorrência. Sem dúvida, e tu Paulo?! Que responsabilidade tens nisto? Quem é o líder?! Logo tu, que até colocas um jogador com limitações físicas em campo!
Por fim, diz que não entende como na segunda parte deixamos de controlar o jogo a meio campo e nos limitamos a fazer futebol directo para a frente. O treinador desmantela o meio campo, acaba o jogo com um duo a meio campo composto por Fernando e Quintero e não percebe como acabamos a jogar com futebol directo. Admito incompetência. Gozo, não!
Agora que o principal objectivo anda na rua da amargura.
Agora que o Arouca no Dragão se aproxima, vai a SAD continuar a persistir no
erro e ficar à espera que esse jogo sirva para enganar um pouco mais os
incautos e pobres de espírito?
Queremos salvar algo desta época, ou é para a desgraça
total. Um armagedão no que nos propusemos no inicio da temporada.
Paulo Fonseca não é o único culpado, nem o mais culpado. Os que se escondem atrás dele levam grande parte das culpas.
Mas é um homem finito, acabado, arrasado. Não é líder, não tem orientação táctica e no desespero em que anda atira-se ao absurdo. Rebenta com o meio campo e depois vem dizer que não percebe o que se passou. Pior, o que hoje vimos Jackson fazer é algo que embaraça o clube.
Análises Individuais:
Helton – Sem hipóteses nos golos, deu segurança em algumas defesas.
Danilo – Bom critério ofensivo, revelou alguma fragilidade defensiva.
Na segunda parte, o Vitória tapou bem as suas incursões e o futebol ofensivo do
FC Porto ressentiu-se muito.
Alex Sandro – É rever o segundo golo do Vitória. O espaço que dá entre si
o central para Marco Matias correr desenfreado é inaceitável. A dada altura, perdeu
o norte a defender e limitou-se a distribuir pancada. A atacar revelou mais
acerto.
Abdoulaye – Não sei se foi o regresso. Não sei se foram os assobios. Uma
exibição miserável do princípio ao fim. Estático, mais reactivo que activo, foi
comido por todos os seus ex-companheiros. Pavoroso.
Maicon – O menos mau a defender, mas mesmo assim, muito
longo do que já mostrou. É verdade que o meio campo portista expõe a sua defesa
em demasia. Mas mesmo assim, não há solidez neste sector.
Fernando – Uma boa exibição, embora distante do Fernando imperial.
Perde muito tempo a tentar empurrar os restantes médios do FC Porto, que teimam
em vir ocupar o seu espaço.
Herrera – Bom jogo, embora ainda passe muito tempo agarrado a
Fernando. Tem que se libertar mais, mesmo que Paulo Fonseca o tente amarrar.
Tem que ser mais fiável do ponto de vista técnico. Não pode fazer tantos erros
primários.
Carlos Eduardo – Boa meia hora e depois decai muito de
produção. À medida que o meio campo do Vitória crescia, Carlos Eduardo
desaparecia. Herrera precisa de jogar mais próximo de si para crescer no jogo.
Licá – Um golo, algumas jogadas de generosidade e pouco
mais. O FC Porto precisa de rasgo no flanco. Licá não dá isso. Não ganha no um
para um. Não ameaça, sequer.
Quaresma – Muito agarrado à bola, perde leitura colectiva e emperra a
equipa. É verdade, não se esconde. Assume e não tem medo de errar. Mas emperra
a equipa porque teima resolver. Teima o difícil e rejeita o fácil, o mais
conveniente e o mais correcto.
Ghilas – A boa notícia desta noite. Em quatro dias,
Abdoulaye era titular. Ghilas coleccionou 2 finais em não sei quantos jogos.
Mostrou que é um jogador que muito nos teria dado jeito. Que poderia ter tido
outro rendimento se a utilização tivesse sido a correcta. Voltou a revelar
explosão e uma diagonal demolidora. Teria sido a nossa solução para os flancos?
É possível. Mas o Paulo Fonseca assim quis.
Varela – Ligeiramente melhor que Licá. Não é um elogio.
Jackson – O que Paulo Fonseca lhe fez é vergonhoso. Ponto.
Colocar um jogador limitado fisicamente em campo para tentar salvar-lhe o
pescoço é aberrante. Não trouxe nenhuma vantagem, como é óbvio. Simplesmente
tornou mais miserável este resultado e, sobretudo, este status quo.
Quintero – Mesmo acabando o jogo na mesma linha que
Fernando, mostrou à evidência que é uma mais-valia no plantel e que não pode
andar a ser ostracizado por tanto tempo. E como ele, outro. Espaço K.
Ficha de Jogo:
Vitória Guimarães: Douglas; Pedro Correia, Moreno, Paulo Oliveira e Addy; André
Santos, André André e Crivellaro; Malonga, Maazou e Marco Matias
Suplentes: Assis, Josué, Tomané, Nii Plange, Hernâni, Leonel Olímpio e
Tiago Rodrigues
Treinador: Rui Vitória
FC Porto: Helton; Danilo, Maicon, Abdoulaye e Alex Sandro; Fernando e
Herrera; Quaresma, Carlos Eduardo e Licá; Ghilas
Suplentes: Fabiano, Josué, Jackson, Quintero, Reyes, Varela e Defour
Treinador: Paulo Fonseca
Árbitro: Marco Ferreira
Golos: Quaresma (18), Licá (41), Maazou (45+1) e Marco Matias (52)
Por: Breogán
3 comentários:
Só de pensar os jogos que o Ghilas passou no banco ou a entrar aos 88 minutos... Paulo Fonseca nem à chapada lá vai. E quem quer que ele continue ainda pior, um dia vão ter de explicar isso muito bem aos portistas
1º, então por se perder uns quantos pontos despede-se o treinador?! Mas que clube é bem sucedido com essa prática? E que treinador se sente confortavel na sua posição sabendo que lhe podem puxar o tapete a qualquer momemento? Quem é que ganha título desse modo?
2º, o Quintero jogou 10/15 minutos e, para mim, foi o melhor do FCP!
3º, o André André foi o melhor em campo. Talvez seja o jogador que falta ao meio-campo do FCP!
O novo técnico do FCP sairá da dupla Domingos/VP.
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