#FCPorto #Portugal #SorrisoColgate #Sporting
Deixou de ser o melhor árbitro português? Não. Simplesmente, tolhido pela campanha montada, pensou duas vezes no preço a pagar se tivesse que voltar ao dentista. O homem gosta de passear nos centros comerciais sem ser incomodado. Já que o braço da lei não protegeu de uma outra vez, mais vale prevenir que remediar.
E nada se vai passar. Tudo tranquilo. É futebol, diz Leonardo Jardim na conferência de imprensa, numa desfaçatez só comparável à ignóbil campanha perpetrada pelo seu clube.
O FC Porto entra mal em jogo, sem qualquer capacidade de se impor a meio campo. Mas reage. Com Fernando na disputa a meio campo e com Quaresma a assumir o jogo ofensivo. É um FC Porto mais perigoso, mas sem o controlo do jogo, porque Fernando não basta para tomar conta do meio campo. Ajuda muito, mas não basta.
Ainda assim, é a genialidade de Quaresma que ilumina o FC Porto. Oferece o golo a Varela, aos 15 minutos, mas Rui Patrício defende. Aos 30 minutos, volta a soltar o seu génio e acerta na barra de Patrício. Por fim, em cima dos 45 minutos, vem ao meio campo fazer o que os outros não eram capazes, transporta bola para a frente. Na sequência do lance, Danilo cruza para Jackson, mas Proença faz vista grossa à entrada de Cédric e poupa o seu sorriso colgate.
É então nesta fase que Luís Castro actua. Mas identifica mal o problema. Tira Carlos Eduardo e coloca Quintero. O Colombiano trouxe mais ganas e qualidade, mas se quisesse ter bola, teria que recuar, dando a oportunidade a Adrien e William Carvalho de o controlarem de frente. Pouco depois, veio a lesão de Helton e o FC Porto afunda ainda mais. Sem qualquer capacidade de levar perigo à área contrária.
Restava uma cartada a Luís Castro para o assalto final. Infelizmente, desperdiçou-a. O problema no meio campo do FC Porto manteve-se. Não se conseguiu criar uma transição ofensiva, nem bola conseguíamos ter a meio campo. Nada. Tirando um lance de Ghilas já perto do fim, o FC Porto foi nulo no ataque, porque não tinha meio campo para alimentar o seu jogo ofensivo.
Sorriso colgate
Comecemos pelo Proença. Não assinala um penalti claro sobre
Jackson e consequente expulsão de Cédric, que corta faltosamente um lance de
golo eminente. O golo do adversário é precedido de fora de jogo. Por fim,
expulsa Fernando por dá cá aquela palha, num autoritarismo fútil que só
beneficiou o prevaricador no lance. Atrasou o lance, sai a rir e ainda retira
Fernando do próximo jogo. Muito bem, Proença.
Deixou de ser o melhor árbitro português? Não. Simplesmente, tolhido pela campanha montada, pensou duas vezes no preço a pagar se tivesse que voltar ao dentista. O homem gosta de passear nos centros comerciais sem ser incomodado. Já que o braço da lei não protegeu de uma outra vez, mais vale prevenir que remediar.
E nada se vai passar. Tudo tranquilo. É futebol, diz Leonardo Jardim na conferência de imprensa, numa desfaçatez só comparável à ignóbil campanha perpetrada pelo seu clube.
Deve o FC Porto colocar um processo em tribunal contra
Proença? Existirão fóruns públicos nas TVs para discutir o roubo do Campo
Grande? E se fosse o FC Porto a sair deste jogo com um golo em fora de jogo, um
penalti e uma expulsão perdoada ainda na primeira parte e com um jogador
contrário expulso no fim do jogo por um encosto? Os mesmos encheriam a boca com
fruta? Denunciariam a escandaleira? Haveria histerismo televisivo? Uma
manifestação? Capa de jornaleco a insurgir-se contra o roubo de igreja?
Obviamente, nada. Leonardo Jardim já deu o remoque. E o
lance do Mané? Que o árbitro até deixa seguir para dar vantagem à sua equipa.
Ah pois!
O FC Porto perdeu. E tudo está na santa paz.
Quanto ao jogo, fizemos uma primeira parte razoável,
alimentada pelo génio de Quaresma. Não fora isso, e a primeira parte teria sido
tão miserável como a segunda. Na verdade, este FC Porto revelou-se curto,
perante um adversário que está todo espremido na sua qualidade e que vive de
uma organização muito “certinha”, mas que é escassa em qualidade.
O FC Porto entra mal em jogo, sem qualquer capacidade de se impor a meio campo. Mas reage. Com Fernando na disputa a meio campo e com Quaresma a assumir o jogo ofensivo. É um FC Porto mais perigoso, mas sem o controlo do jogo, porque Fernando não basta para tomar conta do meio campo. Ajuda muito, mas não basta.
Ainda assim, é a genialidade de Quaresma que ilumina o FC Porto. Oferece o golo a Varela, aos 15 minutos, mas Rui Patrício defende. Aos 30 minutos, volta a soltar o seu génio e acerta na barra de Patrício. Por fim, em cima dos 45 minutos, vem ao meio campo fazer o que os outros não eram capazes, transporta bola para a frente. Na sequência do lance, Danilo cruza para Jackson, mas Proença faz vista grossa à entrada de Cédric e poupa o seu sorriso colgate.
Era um FC Porto dependente de Quaresma e da sua genialidade
a cada quarto de hora.
Luís Castro tinha que resolver o problema a meio campo. O FC
Porto não conseguia meter a transição ofensiva. Com isso, perdia bola atrás de
bola e lá atrás já começava o “ai Jesus!”.
O intervalo trouxe a mesma equipa e o FC Porto parte para
uma segunda parte de horror. O meio campo quebra e Quaresma já nem uma bola
recebia, quanto mais Jackson. Sem controlo no jogo, o FC Porto sujeitava-se e
aconteceu. Em fora de jogo, mas aconteceu.
É então nesta fase que Luís Castro actua. Mas identifica mal o problema. Tira Carlos Eduardo e coloca Quintero. O Colombiano trouxe mais ganas e qualidade, mas se quisesse ter bola, teria que recuar, dando a oportunidade a Adrien e William Carvalho de o controlarem de frente. Pouco depois, veio a lesão de Helton e o FC Porto afunda ainda mais. Sem qualquer capacidade de levar perigo à área contrária.
Restava uma cartada a Luís Castro para o assalto final. Infelizmente, desperdiçou-a. O problema no meio campo do FC Porto manteve-se. Não se conseguiu criar uma transição ofensiva, nem bola conseguíamos ter a meio campo. Nada. Tirando um lance de Ghilas já perto do fim, o FC Porto foi nulo no ataque, porque não tinha meio campo para alimentar o seu jogo ofensivo.
Falhou-se o objectivo. O segundo lugar periga gravemente e a
equipa não revelou saúde.
Segue-se Nápoles. Cabe a Luís Castro reflectir no que correu
(muito) mal no seu meio campo.
Por fim, algo preocupante. Esta equipa, do ponto de vista
físico, está um farrapo. Mas isso é a consequência da decisão da SAD em manter
a anterior equipa técnica muito para lá do limite da razoabilidade.
Análises Individuais:
Helton –Tenho a certeza que voltará a jogar pelo FC Porto. Mas
também tenho a certeza que a sucessão terá que ser antecipada. Força para a
recuperação, que um campeão não tomba.
Danilo – Jogo verdadeiramente patético. Infantil a defender. O lance
que perde para Jefferson perto do fim é de dar nojo. A atacar, serviu Jackson
no lance do penalti e pouco mais.
Alex Sandro – Nos primeiros 10 minutos foi uma autêntica
autoestrada. Comido por um Mané, logo ele que é brasileiro e sabe o que quer
dizer mané, que há pouco tempo jogava na B. Melhorou no restante da primeira
parte. Na segunda parte, parte para uma exibição medonha e a 20 minutos do fim
estoura fisicamente. Isto está lindo!
Mangala – Coleccionou tanto disparate, tanto passe falhado,
tanto erro de marcação que meteu impressão. Reduzido a uma vulgaridade atroz.
Acaba o jogo tão desesperado que já nem jogava, só atropelava.
Abdoulaye – É um central vulgarzinho. Se não fosse a sua
estampa física e, porventura, ser formado no FC Porto, já não estava no FC
Porto há muito. Ainda assim, foi o melhorzinho da defesa. O que é algo
pavoroso, pois demonstra o nível de jogo dos restante elementos. Ainda para
mais, se tivermos em consideração a forma patética como anda perdido no lance
do golo irregular do adversário. Sem qualquer noção do que tinha a fazer, dá a
parte frontal da baliza a Slimani e desata a correr para o primeiro poste.
Fernando – Lutou sozinho contra o meio campo adversário. Enquanto teve
capacidade, segurou as pontas. Ainda tentou meter uma ou outra transição
vertical, mas isto é como o cobertor. Ou tapa a cabeça, ou tapa os pés. É
expulso num acto de autoritarismo.
Defour – Quando a porca apertou, Defour quebrou. Previsível. Naquela
posição, é ele o responsável pela verticalização do jogo e pelo transporte de
bola. Defour deu sempre três opções à equipa: passe para trás, passe para a
direita ou passe para a esquerda. Foi por aqui que o FC Porto é dizimado a meio
campo. Luís Castro falhou ao identificar o problema em Carlos Eduardo. A equipa
nunca ligou o seu jogo e Adrien jogava como queria. Defour não tem arrojo para
ser o 8 titular no FC Porto. É demasiado unidimensional para isso.
Carlos Eduardo – Tirou pelo lado mais fácil. A bola não chega aqui, também
não vou atrás dela. Deixou-se apagar e pior que isso, nestes jogos mais
intensos, voltou a mostrar pouca fibra. Pouco sangue. Escondido e à espera que
Defour chegasse, quando sabia que este jamais chegaria.
Varela – Um zero a atacar, ainda por cima desperdiça um golo cantado.
Uma total ausência a defender. É titular. Ponto final. Deve estar escrito nos
estatutos.
Quaresma – Soube aproveitar o ambiente para se motivar. Mostrou génio,
mostrou fibra, mas faltou-lhe equipa. Era ele e Fernando e mais nove. Ainda
quase resolveu sozinho. O melhor em campo.
Jackson – Lento, apático, descrente e anémico. Não sei o que se passa
com este rapaz. Se lhe cheira a mundial, se está farto disto e quer outros
ares, se pura e simplesmente é só mais um que está numa forma deplorável graças
ao brilhante planeamento desta época. Fez um jogo muito fraco, indigno, até, do
seu estatuto.
Quintero – Trouxe mais vida que Carlos Eduardo. Entregou-se
ao jogo e sempre que cheirou a bola tentou construir alguma coisa. Mas para ter
bola, teve que recuar, pois não havia quem a levasse para a frente para poder
aproveitar os espaços entre-linhas. Ou seja, isto é entregar o nosso criativo
na boca do lobo. Luís Castro assim quis.
Fabiano – Entrou a frio, mas muito bem. Salvou dois lances.
Assume agora a baliza. Eis a sua prova de fogo. É tão interino como treinador,
ou é para valer?
Ghilas – Teve nos pés o único lance de perigo na segunda
parte, mostrando a sua qualidade e o seu faro. É suplente. Ponto final. Deve
estar escrito nos estatutos.
Ficha de Jogo:
Sporting: Rui Patrício; Cedric, Dier, Rojo e Jefferson; William,
Adrien e André Martins (69, Carrillo); Mané (86, Wilson Eduardo), Slimani (73, Montero) e Capel
Suplentes: Marcelo; Gerson Magrão, Montero, Carrillo, Heldon, Wilson
Eduardo e Rúben Semedo.
Treinador: Leonardo Jardim
FC Porto: Helton (62, Fabiano); Danilo, Mangala, Abdoulaye e Alex Sandro; Fernando,
Defour e Carlos Eduardo (58, Quintero); Varela (78, Ghilas), Jackson e Quaresma.
Suplentes: Fabiano; Reyes, Herrera, Quintero, Ricardo, Licá e Ghilas
Treinador: Luis Castro
Árbitro: Pedro Proença
Por: Breogán
10 comentários:
Roubalheira. De certo foi pela Verdade Desportiva.
Tudo normal.
Tivemos mais oportunidades que eles com jogo em circunstancias muito difíceis.
Querem esconder o lance do penalty e expulsão.
Os jogos na capital do imperio com arbitragens muito fracas esta epoca mas neste jogo...
Bréogan, concordo com a maioria dos teus posts, considerar o Quaresma o melhor em campo, por muito que possa parecer correto ao comum dos adeptos, não me parece que seja correto. O Quaresma em 20 decisões que tem de tomar, acertou 5 vezes (o que é mais do que o habitual, o habitual é 2/3), mas o comum dos adeptos esquece-se das 15 vezes que ele erra. erra, porque tenta sempre a jogada individual, quando bastava temporizar e jogar simples no apoio frontal ou fazer o passe de rotura. com o potencial técnico que o quaresma tem, se ele pusesse o coletivo à frente do individual, as oportunidades da equipa exponenciavam-se ao infinito. mas os adeptos adoram malabarismos.
a partir do momento que o Sporting acertou as marcações (com as dobras do William Carvalho), o Quaresma passou a ser marcado e deixou de existir.
O coletivo secou (Jackson, Danilo) com a chegada dele desde Dezembro.
Já as dificuldades de construção de Mangala eram escondidas no tempo do VP, porque o Mangala era obrigado apenas a ter de fazer o passe simples, isto porque o Moutinho recuava para vir buscar jogo e o lateral não subia tanto do lado dele, facilitando-lhe as tomadas de decisão. A dinâmica colectiva que agora não existe. A construção de jogo mais complexa estava sempre entregue ao Otamendi, que tinha muito mais facilidade neste aspeto, e desse lado o lateral podia subir muito mais e o médio não era obrigado a recuar.
estava a ver o jogo, a defesa sobre brasas quando tinha a bola e tinha de lançar o ataque (parece que desaprenderam de jogar), Defour a jogar num posição onde não rende o seu máximo porque tem limitações em termos ofensivos (Moutinho também tem mas Defour é inferior), com Carlos Eduardo sempre na frente, o que é bom mas não para a forma como estava o jogo de ontem.
Ou seja, os centrais estavam com dificuldades em passar a bola e fartaram-se de cometer erros (Reyes custou 9M, é novo mas tem categoria e é melhor tecnicamente que os colegas), Defour nada acrescentava quando tínhamos a bola e Eduardo na frente à espera. Com isto tudo o que se via fazer quando a bola chegava ao meio-campo, carrega pelos laterais ou pela suprema qualidade de Fernando (ontem valeu pelo meio-campo todo), era o jogar passar para trás, de volta aos centrais. O pior que se podia fazer. O treinador no banco não fez nada, parece que a equipa não consegue fazer melhor neste momento.
Varela passou ao lado do jogo, Jackson parece que jogou para passar a ideia a algum olheiro que afinal é um ponta-de-lança banal porque quer muito continuar no FC Porto e ao mesmo tempo Ghilas estava muito bem sentado no banco. Ghilas neste momento tem de ser titular, seja no centro seja a extremo. Com Fonseca não tinha hipotese, com Castro espero que venha a ter e de preferência já na próxima quinta-feira.
Quaresma na primeira parte deu espetáculo. Os assobios também ajudaram, a forma como ele respondeu é o que se chama "jogar à Porto". Contra tudo e todos nós somos melhores, ou pelo menos damos o nosso melhor.
Danilo esteve péssimo. A jogar contra uma equipa que joga sempre com extremos, o brasileiro subia ao ataque e depois por lá ficava, recuava a passo e quem estivesse atrás que defendesse, como se não fosse nada com ele.
Infelicidade a lesão de Helton mas vai-lhe fazer bem estar um tempo de fora para refrescar as ideias. Em termos desportivos não estou nada preocupado, Fabiano tem qualidade para se impor sem problemas, já deu provas disso.
Que a história se repita e esta época péssima, onde o campeonato já foi por água abaixo (se o treinador ainda fosse Vítor Pereira ainda acreditava noutro milagre...) sirva de preparação para uma época de verdadeiro "rolo-compressor" no real sentido do termo, como foi a época com AVB ou antes as épocas com Moutinho, e não no sentido vulgarizado de hoje em dia dos catedráticos que mal sabem ler e escrever.
Ò PEDRO VIEIRA o FCP deu foi o berro na 2ªparte derivado ao jogo com o Napoles.
E só podemos fazer 2 substituições.
Caro Pedro Vieira,
A minha leitura sobre os méritos e defeitos do Quaresma neste FC Porto é semelhante à sua.
Mas esta análise está circunscrita a este jogo. Não ao rendimento global do Quaresma nesta meia época de FC Porto.
Sendo assim, parece claro que foi o jogador do FC Porto mais perigoso, aquele que está nas 3 situações de perigo do FC Porto na primeira parte e aquele que obrigou os jogadores do adversário a terem que fazer alguma coisa.
Afundou na segunda parte, como afundou o Fernando, vergado à total inoperância do nosso meio campo.
Só porque somamos a 5ª derrota na Liga não devemos esquecer as coisas boas que a direcção fez, e essa coisa boa foi mandar o VP embora, certo? Pois claro que sim!
E outra coisa: o Abdulaye pode ser, como diz, “um central vulgarzinho”, mas a dupla de centrais que menos golos sofreu na 1ª Liga era a dupla formada por, imagine-se, Abdulaye e Paulo Oliveira! Quem diria!!
Não tenho saudade de VP.
Lá isso é verdade. Se há portistas saudosos, é com cada um.
Não creio que a nossa prestação fosse substancialmente melhor se tivesse permanecido.
Quanto ao Abdoulaye e os seus méritos no Vitória, não me espantam. Jogava num bloco baixo que o favorecia. O que me espanta é pensar-se que no FC Porto iria ter a mesma prestação.
O problema não está nas saudades. O problema, ou melhor, a perplexidade está na ligeireza com que se foi capaz de trocar uma coisa boa por outra coisa má, esperando com isso obter um melhor resultado! Não se deu valor ao que de bom se tinha à disposição e agora...
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