O leão morreu! Estava em intensivos cuidados
Deixou-nos num sono de Morfeu, desenganado...
Tinha deixado a savana, aventurara-se a caçar
Fora da sua campana, numa caçada em alto-mar!
Prometera forte reinado, este leão orgulhoso
Quando ganhara o mercado, num golpe audacioso
Em que arrebatara guerreiros, em vários tribos
Simples flibusteiros, sem conduta pr'os estribos!
E nisto o leão, convencido qu'era um Navegador
Desafiou, no seu condão, o terrível Adamastor!
Achava-se dotado de armada, e ele forte gestor
Mas acabou sem a remada, roída por um castor!
Com um rombo no seu casco, por desvio da sua rota
Em virtude do fiasco, com que iniciaram esta prova
O navio ficou à deriva, navegando sem seu destino
Sem visão alternativa, pois naufragou num remoinho!
O leão nadou para a costa, salvando-se num booleano
Numa lógica sem resposta, regressou àquele Oceano
Tentava, de novo, avançar, sem coordenadas à vista
Para de novo naufragar, sem vislumbre de conquista!
Mas, nesta segunda vez, o leão entrou em maleita
Ficou-se de viuvez, sem o Duque e o Mestre Freitas
Porque a leonina armada ficara, totalmente desfeita
Só a cruz lhe sobejara, colhido em renovada desfeita!
Para terra nadou o leão, salvando-se na sua altivez
Queria ser o campeão, por isso cruzou o mar de vez
Mas não saiu daquela barra, por causa de um tornado
E lá s'afundou, sem amarras, não no mar; no rio Sado!
Por: Joker
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