quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O FC Porto após a era de Hulk (Por Natachas)





Já em tempos e neste mesmo espaço, tive oportunidade de publicar uma crónica com o título, “Que FCP teremos após a era de Hulk” (ver aqui), e como se costuma dizer, tudo na vida tem um tempo, ou dito de uma forma mais de acordo com o meio futebolístico, um período de transição para novas paragens e novos desafios, e Hulk como muitos outros jogadores notáveis que já passaram pelo FCP não fugirá certamente à regra, sendo sempre recordado na história e na família azul e branca pelas melhores razões, e com a prerrogativa de ter sido talvez a melhor descoberta em termos do gabinete de prospecção de talentos do FCP, tendo em conta a sua proveniência do país do sol nascente, o que denota a excelente qualidade deste tipo de trabalho no clube. 



A saída do “Incrível” dos quadros do plantel do FCP está comparativamente ligada a outros casos idênticos, em que se denota por parte da sua estrutura desportiva, o cuidado de saber imediatamente remediar ou substituir o lugar em falta, resultando daqui um cenário na mente da família portista, de um quase total esquecimento por mais uma perda sofrida de um elemento importante no desempenho da equipa, o que é um bom presságio na relação e no binómio entre os resultados alcançados e a qualidade de jogo que a equipa vem apresentando. 

Neste momento, e depois de um terço do campeonato realizado, já dá para se fazer uma análise mais apurada entre o período de vigência de Hulk e a nova era sem o “incrível”, e o que transparece para a opinião pública é que ninguém questiona a saída de Hulk, ou o que ele representava para a equipa e o temor que criava aos seus adversários, à semelhança dos tempos de Quaresma que tal como Hulk, também ele com o seu individualismo excessivo lá ia resolvendo alguns problemas da equipa, da mesma forma que também ninguém coloca em causa ou se lembra da troca de Álvaro Pereira por Alex Sandro, sinal sintomático das boas opções tomadas pela SAD azul e branca.

Com algumas exceções à regra, o FCP sempre soube dar a volta com a qualidade que se lhe reconhece, no preenchimento dos lugares que todos os anos, por razões de ordem financeira e estratégica, a SAD tem necessidade de vender algumas das suas mais-valias, e sem ter necessidade de recorrer à história mais longínqua, foi assim nos casos das transferências de Bruno Alves, Pepe, Bosingwa, Quaresma, Lisandro e até com o renovado Lucho, entre outros.

Voltando ao principal tema desta minha crónica, com a saída de Hulk, por um lado, o FCP deixou de ter um jogador preponderante que só por si resolvia muitos problemas da equipa, para além de trazer a magia do seu futebol, mas por outro lado com a sua ausência, a equipa do FCP melhorou bastante em termos coletivos, na qualidade do futebol praticado e principalmente na própria dinâmica do seu meio campo, que por vezes consegue formar uma teia de trocas de bola que dificulta a marcação e confunde os seus adversários, trazendo mais soluções de jogo tático e uma maior imprevisibilidade de opções nos lances de bola parada, consolidando esta diferença na divisão de golos marcados por quase toda a equipa.


Por: Natachas.


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