Transmissão do jogo: AQUI
Segundo assalto ao Estádio Axa nesta sexta-feira.
Num desafio teoricamente complicado para o FC Porto, desta feita para os oitavos de final da Taça de Portugal,somente a poucos dias das duas formações se terem encontrado no campeonato, com o triunfo a sorrir aos dragões por duas bolas a zero, golos apontados pela dupla colombiana James e Jackson já em cima da hora, numa vitória difícil mas saborosa, daquelas que pode valer campeonatos..
Este jogo será diferente, uma vez que tudo terá que ficar decidido (nem que seja através da marcação de grandes penalidades), e para o Braga este desafio ganha contornos importantes, até porque atravessa um momento menos conseguido (eliminado das competições europeias e já está a nove pontos da liderança na Liga), arriscando a ficar de fora numa prova para a qual tinha objectivos na fase inicial da temporada.
Comparativamente ao jogo do campeonato, não acredito que José Peseiro proceda a muitas mexidas,a estrutura base deverá fixar-se, podendo existir uma troca na baliza por exemplo (entra Quim para o lugar de Beto) e reside a dúvida sobre quem ocupará no lado esquerdo do ataque.
O normal seria apostar entre Rúben Amorim ou Hélder Barbosa, no entanto o técnico da equipa minhota surpreendeu e colocou Mossoró (jogador mais de zona central), que tacticamente fechou bem o flanco, não conseguindo no entanto dar tanta profundidade em situações ofensivas.
No FC Porto, sendo jogo de taça e o facto de termos depois jogo para a Liga dos Campeões (defrontamos na próxima terça-feira o PSG), não seria de todo surpreendente algumas mudanças pontuais no onze a ser escolhido pelo técnico Vítor Pereira, como por exemplo a entrada do guardião Fabiano em detrimento de Helton e a possível utilização inicial do jovem Atsu (melhor em campo na ronda anterior), sacrificando desta feita Varela.
Lista de convocados:
Fabiano, Kadú, Danilo, Lucho, Castro, João Moutinho, Jackson Martínez, James, Kleber, Miguel Lopes, Varela, Mangala, Abdoulaye, Fernando, Alex Sandro, Atsu, Otamendi e Defour.
Antevisão do Treinador Vítor Pereira:
Este jogo será necessariamente diferente do jogo do campeonato, por ser a eliminar?
Não acredito num jogo muito diferente. Será complicado, tanto para nós como para o SC Braga, mas sabemos que não há volta a dar: ou o resultado nos permite avançar na prova ou nos elimina. Só isso poderá em determinados momentos abri-lo mais.
Os números não lhe dizem grande coisa, mas o FC Porto é única equipa europeia sem derrotas e já leva 18 jogos oficiais. Isso é fruto da seriedade e da competência da equipa?
Só acredito na competência, no espírito e capacidade competitiva que a equipa tem, na união entre eles, que eu sinto que existe. É nisso que acredito e continuarei a acreditar na minha vida.
Confessou que o jogo de domingo foi desgastante. Espera não ter desta vez este desgaste?
Espero ter o mesmo desgaste e ganhar no fim. Há jogos mais exigentes… O último exigiu muita concentração, o resultado esteve indefinido até ao fim. Só quem passa por este lado percebe que chegamos ao fim com a sensação de que o jogámos. E jogamos emocionalmente. Há jogos mais tranquilos, em que o resultado se define mais cedo, mas isto faz parte da profissão.
De que forma o jogo de terça-feira, frente ao Paris Saint-Germain, condiciona o encontro em Braga?
Para que fique claro, queremos ganhar os dois. A Taça de Portugal é um objectivo claro, que queremos seguir, e a Champions League prestigia o clube e quem aqui trabalha. Temos jogadores com qualidade para gerir nestes dois jogos e procurar os resultados que pretendemos. Acredito totalmente no plantel e farei a gestão que achar necessária.
Após derrota com o FC Porto, o SC Braga apresenta-se, em teoria, mais pressionado. Será um encontro mais difícil devido a isso?
Sinceramente, não consigo responder. Sabemos o que queremos e vamos a Braga para passar à próxima eliminatória. Essa é uma questão para o José Peseiro.
Espera um SC Braga ferido pela derrota?
Espero um SC Braga idêntico ao que jogou no campeonato, a criar-nos dificuldades. Nós, com a nossa identidade, vamos procurar impor o nosso jogo e passar a eliminatória.
Sentiu algum desconforto com a saída de campo do Lucho, quando foi substituído em Braga?
Absolutamente nenhum. O Lucho é um jogador ambicioso, como todos no plantel. Quem sai quando o jogo ainda não está definido fica sempre com aquela vontade de ficar em campo a ajudar a equipa, para se conseguir o resultado.
Que leitura faz do facto de, nas primeiras dez jornadas da Liga portuguesa, a assistência ter caído em 100 mil espectadores?
O papel dos treinadores é promover os melhores espectáculos possíveis, ainda que as equipas possam estar mais ou menos inspiradas. A vida não está fácil para ninguém e é natural que o futebol se torne um espectáculo caro. Acredito que o gosto de vir ao futebol continue, a vida é que mudou para muita gente.
O SC Braga continua a ser um candidato ao título ou o campeonato “partiu-se”?
É uma equipa com qualidade. Há um mês, por aquilo que li e vi, praticava o futebol mais espectacular e era a formação mais surpreendente. Não entendo que o SC Braga e o José Peseiro percam de repente qualidade, após dois ou três resultados negativos. Não consigo entender esta forma incoerente de ler as coisas.
Ontem foi divulgada uma lista dos treinadores mais bem pagos do mundo e o seu nome não constava da lista.
Deixe-me rir… Estou muito feliz no FC Porto, num grande clube, trabalho para ter os melhores jogadores à disposição para conseguir os melhores jogos possíveis. Sou exigente e gosto de futebol bonito e é isso o que mais me motiva. Claro que o dinheiro tem importância, porque tenho três filhos, mas acredito no trabalho, na competência e não na sorte. Sorte teria sido, aos quatro minutos do jogo em Braga, estarmos a ganhar 2-0, como poderia ter acontecido. Não aconteceu e tivemos de trabalhar até ao último minuto. Acredito na competência. O dinheiro é importante mas não é o que me faz andar e respirar; o que me faz correr é a paixão pela profissão que tenho.
Por: Dragão Orgulhoso
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