quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Taça da Liga 2ª Jornada; FC Porto 4 - 0 Penafiel: Serviços mínimos


Serviços mínimos cumpridos na competição não prioritária. Na verdade, já não estamos numa posição de total desprezo por esta competição. Primeiro, porque a época não está a correr bem. Paulo Fonseca sabe que o chão por debaixo dos seus pés abana como tremor de terra em Tóquio. Segundo, porque não convém dar mais um doce aos verdes. Era o que faltava.

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Mas juntam-se mais duas boas razões para que o FC Porto mantivesse neste jogo total empenho no resultado.

 Por capricho de calendário, após os clássicos em Lisboa, onde o FC Porto falhou em ambos estrondosamente vieram sempre jogos caseiros contra equipas da segunda liga. Uma oportunidade de lamber feridas. E para Paulo Fonseca vender a ilusão que é treinador para o FC Porto.



Por outro lado, mais uma oportunidade de o FC Porto continuar a sua pré-época, numa contínua auto descoberta que ameaça não cessar até ao final da época. Ainda se testam jogadores em posições diferentes e há sempre surpresa em algumas descobertas (nas análises individuais será aprofundado). Por isso mesmo, não há espaço para lançar jogadores da equipa B, como fazem os da segunda circular. Nem pensar! No FC Porto ainda se está a descobrir os jogadores do plantel principal, às pinguinhas e devagarinho. 

Após muita teimosia ao insistir em posições erradas e muita falta de olho clínico para detectar potencial. Estamos em meados de Janeiro e o treinador ainda não tem uma percepção clara do potencial dos seus jogadores e em que posições poderão ser colocados sem afectar o seu rendimento. Para ganhar ao Penafiel (por muitos, de preferência), só com os da equipa A e sabe Deus!


O jogo começa animado, com Quaresma e Josué a alimentarem o ataque Portista. O 1-0 chega por obra e graça dos dois artistas de serviço. Logo responde o Penafiel e a ameaça do empate assusta o Dragão. O jogo decai de qualidade, os minutos arrastam-se, embora pontuados por três boas oportunidades para o FC Porto alargar a vantagem.


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O intervalo traz um Penafiel confiante e atrevido. Chega a cheirar o golo por Aldair, nos primeiros minutos, mas logo se rasgam os céus em auxílio de Paulo Fonseca e o jogo é interrompido. A chuva milagrosa tira ímpeto ao Penafiel e traz lucidez ao FC Porto.




Com o recomeço do jogo, num terreno encharcado, Paulo Fonseca aproveita a oportunidade para meter artilharia mais pesada em campo. E como desejoso estava.  Os minutos passavam e havia que ultrapassar os golos marcados no outro jogo. Em boa hora o faz, com Jackson e Varela a equipa ganha músculo e o Penafiel afoga-se no relvado e no marcador. A cada bola pingada, Jackson cantava golo. Dois remates, dois golos. Até Carlos Eduardo se juntou à missão de marcar mais ao Penafiel do que o Marítimo havia sofrido na noite anterior. Serviço mínimo cumprido. Sem brilho, mas sem mossa.



Paulo Fonseca continua a ser um problema adiado. Até quando Sr. Presidente?



Análises individuais:

Fabiano – 
Um espectador em boa parte do encontro. Boa saída no lance de Aldair no recomeço do jogo e bem adaptado às condições difíceis do terreno.

Ricardo – 
Confirma o seu potencial a lateral direito. Acaba a primeira parte em plena rotação, sempre seguro no seu flanco e muito perspicaz no ataque. Está aqui uma boa solução para lateral direito que há muito se adivinhava.

Alex Sandro – 
Muitos problemas para controlar Aldair. Mais por falta de empenho que por mérito do adversário. Pouco agressivo na marcação e muito pouco disponível para corridas no ataque.

Maicon – 
Exibição muito titubeante. Pouco sólido na marcação, coleccionou alguns pequenos erros. Melhorou na segunda parte, sobretudo, desde que Rafael Lopes saiu.

Mangala – 
Os mesmos pequenos erros que Maicon e pouco à vontade com jogadores a entrar em velocidade no seu espaço

Fernando – 
Uma exibição mínima de Fernando. É visível o incómodo que tem em não assumir a posição 6 em pleno. Ele quer, mas não deixam! Fica meio perdido, dividido entre a obrigação e a vocação.

Defour – 
Um jogo à Defour. Nem bom, nem mau. Alguns momentos bons, outros fracos. Uma no cravo, outra na ferradura. Às vezes parece ser melhor como médio ofensivo, outras vezes como médio defensivo. E pronto.

Josué – 
Após ser arrastado a falso extremo. Após ser arrastado a 8 ou meio 8 em duplo pivot. Eis que se consubstancia o que já se sabia: Josué é 10. Sempre foi mais que evidente. Sempre foi óbvio. Quero acreditar que, após este jogo, já passamos a fase de risco extremo de perder um bom jogador por obstinação cega em o meter a jogar em toda a parte, menos no seu lugar. Os primeiros 20 minutos são muitos bons, mesmo tendo em conta a qualidade do oponente. Curiosamente, ou não, desaparece com a entrada de Carlos Eduardo.

Kelvin – 
Primeira parte alegre e interventiva. Tem uma utilização muito espaçada e errática, o que não lhe permite nem ganhar confiança, nem ritmo. A sua gestão é péssima, até lesiva do jogador e do clube. Temos aqui um extremo rompedor, com bom jogo interior e com muito potencial de crescimento. Inexplicavelmente, é quase a última opção para a sua posição.

Quaresma – 
Voltou igual. Com o que tinha de bom e mau. Tem 30 anos, é um jogador maduro, já não tem a mesma margem de erro. Espero que perceba isso. Tem que ser mais produtivo e menos intermitente. É uma mais-valia para o plantel e tanto mais será quanto mais concentrado na sua produtividade estiver.

Ghilas – 
Está em processo adaptativo. Sabia ser avançado de equipa pequena. Aprende, agora, a ser avançado de equipa grande. Menos espaço, menos arranque, mais porrada. Já deveria estar muito mais avançado neste processo, só que Paulo Fonseca descobriu-o há pouco tempo! Mas a surpresa veio após o dilúvio. Entra Jackson e Ghilas descai para o flanco, como tantas vezes aqui pedimos, e não é que faz uma jogatana? E o cruzamento de letra? Brutal! Em meados de Janeiro ganhamos um bom falso extremo. Finalmente! Bem-vindo, Paulo!


Jackson – Craque é isto. Basta virem redondinhas que a maioria entra. E salva Paulo Fonseca. É o seu instinto de golo que eleva de 1-0 para 3-0.


Varela – Trouxe potência ao flanco e acutilância quanto baste.


Carlos Eduardo – Ainda tentou dar alguma magia, mas já não dava para esticar mais a corda. Com o 4-0, a equipa deu-se por satisfeita.


Ficha de Jogo:



FC Porto: Fabiano, Ricardo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour (Carlos Eduardo, 72m), Josué, Kelvin (Varela, 56m), Quaresma (Jackson Martinez, 56m) e Ghilas 
Treinador: Paulo Fonseca

Penafiel: Julio Coelho, Vitor Bruno, Pedro Ribeiro, Fábio Ervoes, Dani, João Pedro, Gabi, Hélder Ferreira, André Fontes, Rafael Lopes e Aldair 
Treinador: Miguel Leal

Amarelos: Pedro Ribeiro (13m), André Fontes (26m), Josué (29m), Quaresma (49m) e Ricardo (64m)

Marcadores: Quaresma (11m), Jackson Martinez (59m e 73m) e Varela (76m)

Arbitro: Duarte Gomes



Por: Breogán

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu quero sempre um técnico melhor que o que tenho.

E por isso tenho que pedir desculpa a VP, que está num patamar acima (pelo menos) que PF...

A SAD está ABURGUESADA, com tiques de novo-riquismo.
O que é perigoso.

E uma franja de adeptos também estão "GORDOS". Nada realistas.

O FCP precisa de ajustar o seu modelo de negocio.

Até um "ceguinho" vê a necessidade.

Não pode depender tanto do mercado internacional, cada vez mais caro e batido e Olhar mais para o mercado nacional e suas camadas jovens.

Temos que ajudar mesmo a crescer:
Tozé, André Silva, Rafa, Ivo, Gonçalo, Tomas, Caballero e Ruben Alves todos de muito potencial. Fred conheço mal.

Que pensas disto BREOGAN ??????

Anónimo disse...

E gosto do miúdo Belga.
Vocês gostam?

Não podemos é ter na B, jogadores na situação de KLEBER a tirar espaço competitivo a estes jovens talentos.

Sem competição é difícil haver evolução.

Anónimo disse...

não concordo com a avaliação ao Maicon, que fez um jogo certinho, uma exibição sem defeitos; e o alex sandro, esteve bem a atacar, já a defender é que não.
já o Ghilas, pelo que tenho visto, é um jogador à semelhança do Lisandro, muito móvel e que joga melhor quando vem descaído das linhas.

Saudações portistas

Anónimo disse...

Cada vez mais o tempo vai-me dando razão e mais motivos tenho para odiar Paulo Fonseca. Um treinador sem a mínima competência. Os pontos que perdemos, os jogadores bons que estiveram sem jogar tanto tempo e pior ainda, os jogadores a atuarem foram da sua posição preferencial, rendendo muito menos.
Um treinador que não sabe tirar o melhor do plantel é o quê? Isso é o básico que qualquer treinador tem de dominar se quiser ser alguma coisa.

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