Pirro, esse príncipe grego
Que sob Itália, investiu
Em tod’as batalhas se viu
Como um herói de relevo.

Pois, a tod’as venceu
Sem apelo ou agravo!
O Itálico tornando escravo
No Império que se deu!

E vitória após vitória
Foi crescendo a sua fama
Qu’este poeta declama
Neste repertório de História!

E mais qu’as provas militares
Foram as vitórias morais
Qu’os tornaram imortais!
Nos percursos milenares!

Pois Pirro tudo venceu
E nisto o seu nome vingou:
O grego qu’a História mudou!
Pois tudo vencendo, perdeu!

Uma espécie de catarse
De mil vitórias morais!
Ond’os inimigos fatais
Lhe vislumbram o disfarce!

Pois era tamanho o seu feito
Que mesmo empatando, vencia!
E em tod’os anais s’escrevia:
Pirro tem um percurso perfeito!

E revivendo a História
Como memória do futuro
No futebol bem auguro
Outro Pirro por vã-glória!

Pois empatando, vingou!
Essa derrota inapelável
No seu percurso intratável…
Que Alvalade, rejubilou!

Empataram os Dragões
Por essa Taça da Liga
Uma vitória, prossiga!
Sem golos ou simulações!

Este Pirro é moderno
Por isso é mais subtil
E é outro o seu ardil…
O seu percurso é subalterno!

Pois serve outro senhor
Não é outra a sua glória!
E s’empatar, é vitória!
S’empatar outro maior!

São pequenos, estes leões
Cuja imagem ostentam
Nesse escudo, onde tentam
Assemelhar-se a Dragões!

Uma imitação bem barata
Num timbre monocórdico
Cujo intuito é alegórico…
Na evidente falta de marca!

Nos empates, são vencedores!
Nessas vitórias do espírito
E com isto, está tudo dito:
São de Pirro, os sucessores!




Por: Joker