Vibra, pasquim, vibra!
Tu que viste subjugar
O Porto, por empatar
O jogo na Taça da Liga!
Escreve, pasquim, escreve!
Sobr’esse domínio total
Avassalador e brutal!
Que na posse de bola, se teve!
E em tod’os patamares
De jogo se confirmou!
O qu’a conferência ilustrou:
O sporting dá novos ares!
Vibra, pois, pasquim!
Enaltece esses feitos!
Mostra na capa, os eleitos:
O Carvalho e o Jardim!
E se não ganharam o jogo
Nas bolas que lá entraram!
N’a Bola, massacraram!
O que vale pelo todo!
Vibra, pasquim, vibra!
Por essas vitórias morais
Que são feitos nacionais!
Na pena do Delgado, o escriba!
E mesmo não vencendo
Ganham sempre nas estatísticas!
Pois no pasquim, as conquistas
Com empates vale o pleno!
E rejubila o império!
Saudoso de D. Sebastião
Que no nevoeiro da estação
Nos transmitiu o seu critério!
Ganhámos todos no empate
Porque o sporting vingou!
A derrota que lá deixou
No Dragão, com’o destaque!
É uma grande vitória moral!
Por isso vibra, pasquim!
Nessa capa, um jogo assim
Destaca um Porto banal!
Pois não vencendo na capital
O império mantém-se intacto!
Está invencível, esse pacto
Contr’a corrupção e tod’o mal!
Pois só Lisboa tem virtudes
E o resto é só paisagem!
Só no futebol, a clivagem
É contestada por atitudes!
Pois custa muito perder
Para o provincianismo!
Daí qu’o centralismo
Veja no empate, o vencer!
Nada que não saibamos
Nesse vibrar dos pasquins
Ond’os palhaços, arlequins
Escrevem os seus desenganos!
Por isso vibra, pasquim!
Faz da tua voz, a alvorada!
E promete a cada jornada
Pr’a capital, outro fim!
Pois falta ainda cumprir
Esse sonho quasi-imperial!
Qu’este modesto Portugal
Teima em não conseguir!
Pois a mentalidade é escusa
E não há poeta qu’o galvanize!
Nem que Pessoa prodigalize
Toda a nossa história lusa!
Pois empatando, subjugamos!
Somos de vitórias difusas
Em tantas temáticas lusas…
S’em pasquins, nos “informamos”!?…
Vibra, pasquim, vibra!
Por: Joker
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