Ultrapassado o obstáculo Marítimo na Taça da Liga, as atenções voltam a estar viradas para o campeonato, com o FC Porto a ter uma deslocação extremamente complicada ao Estádio dos Barreiros, defrontando precisamente a equipa do Marítimo, que assim procurará rectificar o resultado obtido na semana anterior.
A turma madeirense luta por agora pela manutenção na Liga - principal objectivo da temporada passava por alcançar um lugar europeu - encontrando-se na 11ª posição com 17 pontos, estando a apenas cinco pontos da zona de despromoção.
Recentemente, o Marítimo fez regressar o guardião francês Salin - proveniente do Rio Ave - e se assume de imediato como principal candidato à titularidade, em detrimento do jovem José Sá (esta época o Wellington e o Leoni já tiveram igualmente oportunidades para mostrar serviço), numa defesa que deverá ser composta pelos laterais João Diogo na direita e o Rúben Ferreira sobre a esquerda - foi preterido recentemente pelo Luís Olim por uma questão disciplinar.
No centro da defesa, os brasileiros Márcio Rozário (regressa após lesão) e Gegé deverão ser os centrais, se bem que é de realçar, o jovem alemão Patrick Bauer...central que possui enorme potencial e não ficarei surpreendido quando agarrar de vez a titularidade na equipa principal.
Sobre o meio-campo, a sua composição é feita num triângulo invertido, isto é, duplo-pivot no centro do terreno, colocando mais à frente um outro elemento. Ultimamente as escolhas têm recaído nos jovens Danilo Pereira e Marakis, dois jogadores inteligentes no plano táctico, que não são muito dotados nos momentos de construção, mas apresentam eficácia nas recuperações e têm dado um bom equilíbrio ao sector intermédio. O Nuno Rocha, é um atleta com outros princípios e mais virado para a construção ofensiva, ele que apresenta bom toque de bola, movimenta-se bem para receber entre linhas e quando é necessário, também defende.
Depois no ataque, é sem dúvida o sector mais forte e que reúne atenções redobradas. No encontro para a Taça da Liga, o treinador Pedro Martins alterou quase por completo o figurino habitual, respeitante ao trio que compõe o ataque marítimista e o facto do Sami ainda estar lesionado, faz com que pelo menos haja uma novidade em comparação com o que vem sendo apresentado jornada após jornada.
Pela sua exibição no Dragão no passado fim de semana, o brasileiro Danilo Dias deverá manter o lugar, ocupando uma das alas (se bem que procura em muitas ocasiões movimentos interiores), Derley, um ponta de lança bastante móvel, apresentando enorme frieza na hora de finalizar as redes contrárias!
O Marítimo fora do seu reduto aposta sobretudo nos momentos de transição rápida para tentar superiorizar-se aos seus adversários. Nos Barreiros, perante equipas teoricamente superiores, em termos ofensivos prescinde do futebol apoiado e aposta sobretudo nos momentos de desequilíbrio que possam existir no momento da perca de bola do lado contrário. No entanto, defensivamente o bloco está mais subido, algo que poderá ser aproveitado pelo FC Porto, nomeadamente situações de bolas nas costas dos centrais, que não são propriamente rápidos, privilegiando o bom posicionamento e assim sendo, vão ter dificuldade nos duelos em velocidade.
No que aos dragões diz respeito, uma das dúvidas prende-se com a utilização de Fernando. O médio brasileiro saiu lesionado no jogo da Taça da Liga devido a uma contusão no joelho direito, estando em falha para este embate. O expectável será o recuo para a posição "6" do belga Defour. Ao lado de Defour, jogadores como Josué e Herrera serão alternativas credíveis, permanecendo na equipa inicial o brasileiro Carlos Eduardo.
Na primeira volta do campeonato, os comandados de Paulo Fonseca receberam e bateram o Marítimo por 3-0, com golos na altura apontados por Jackson Martínez, Licá e Josué.
Por: Dragão Orgulhoso
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