É por demais nas derrotas
Muito mais que nas vitórias
Que s’arregimentam tropas
Para edificar outras histórias
Um campeão é abnegado
Confrontado c’o infortúnio
Mantém-se sempre soldado
Não deserta, é um púnico!
Aníbal passou os Alpes
Depois de chorar desfeitas
Levando corpos e escalpes
Deixando Roma em maleitas
E é nos momentos sagrados
Onde o azar nos derrota
Que vivos, somos levados
A outra contenda, à desforra
Firmes, no nosso posto
C’o inimigo exultante
Disso tomamos o gosto
Pra outro passo brilhante
Honramos os adversários
Nas derrotas e vitórias
Não somos refractários
Iguais aos d’outras memórias
Aceitamos o desfecho
Nessa decisão ingrata
Deus é mestre do gesto
Que dá vida e, depois mata
O importante é manter
As fileiras com moral
Pois vencer e perder
Pra quem luta, é natural
É no gesto, no trato
N’atitude, na decisão
Que se forja o novo facto
Em respeito e gratidão
E ninguém vence sempre
Ninguém vence o tempo todo
E nas derrotas s’aprende
Que pra vencer, só o denodo
A garra e a determinação
Cri’o hábito, a cultura
De perder com educação
Ou ganhar em compostura!
Por: Joker
1 comentário:
Enorme Joker....
Grande abraço.
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