quarta-feira, 19 de junho de 2013

Revista da época - ANDEBOL







Com a época terminada, chegou a altura dos balanços e da revista da época. Começamos pela época do andebol onde conquistámos pela 1ª vez na nossa história o pentacampeonato.






No campeonato que se viria a tornar histórico fizemos uma 1ª fase de grande nivel. Em 22 jogos, 21 vitórias. 

A derrota foi contra aquele clubezeco no pavilhão deles. Não foi uma derrota inexplicavel. O jogo surgiu numa fase prematura da época (3ª jornada), com alguns jogadores ainda sem o ritmo desejado e com lesões (a de Tiago Rocha sentiu-se bastante).

A partir daí a habitual supremacia. Algumas equipa foram autenticamente cilindradas pelos guerreiros que usavam o nosso emblema. A maior diferença de golos num resultado foi de 27 golos (41-14)! Contudo, os momentos altos foram outros. A vitória em nossa casa e no pavilhão do Sporting, a vitória no pavilhão do ABC com enorme superioridade e aquele jogo fantástico contra os cabeçudos que Ferraz resolveu a 3 segundos do fim foram os pontos altos desta caminhada.

Ao contrário do que foi habitual nos anos anteriores, e embora tenhamos feito uma grande 1ª fase, partimos em igualdade para a fase final. Terminamos com 64 pontos e o rival com menos 1. Como sabem os pontos são divididos para a fase final, por isso essa vantagem foi anulada.

O início da fase final foi num jogo de emoções. Vitória por 20-19 no terreno do ABC. Após uma 1ª parte muito nervosa da nossa equipa, na etapa complementar os nossos atletas mostraram como desejavam este campeonato. Uma defesa de Hugo Laurentino nos segundos finais assegurou esta preciosa vitória.

Na 2ª jornada, nova deslocação complicada, desta vez aos vizinhos Águas Santas. Com muitos adeptos no pavilhão maiato, uma vitória clara por 29-35.

Seguiu-se o Sporting no nosso Dragãozinho. Foi a estreia em casa na fase final e um grande teste. Mais uma vez, grande vitória da equipa de Obradovic.

A visita ao pavilhão dos cabeçudos trouxe um amargo de boca. Derrota por 2 golos de diferença.

Esta derrota em nada comprometia o nosso campeonato e os nossos atletas sabiam-no. Na recepção ao Sp. Horta para a 5ª jornada e última da 1ª volta na fase final, uma vitória por 20 golos (40-20). Foi um festival.

Chegados à 6ª jornada e recepção ao ABC. Depois do jogo dificil da 1ª volta, não podíamos facilitar. Fizemos um grande jogo e mais uma vez uma vitória por 2 digitos (29-19). 

Mais dificil foi a recepção ao Águas Santas. Um golo apenas de vantagem no final dos 60 minutos. Algum cansaço, lesões como a do nosso capitão, 3 semanas sem competição de clubes levaram a este resultado apertado.

Aproximava-se o jogo decisivo e Obradovic apostou tudo nesse encontro. Como os cabeçudos tinham entretanto perdido na deslocação ao campo do Sporting e do Águas Santas o jogo desta jornada em Odivelas foi preparado com a intenção de ter a equipa limpa de castigos e em forma para a recepção aqueles seres que adoramos vencer. A derrota neste jogo contra o Sporting foi consequência desta gestão (acertada) do plantel.

E eis que, a 17 de Maio chegamos ao tão ambicionado jogo. Uma vitória por 1 ou 2 golos adiava tudo para a deslocação aos Açores, uma vitória por 3 golos dáva-nos imediatamente o campeonato. Embora apenas pedíssemos a vitória, a equipa deu-nos o presente de podermos festejar em nossa casa contra os cabeçudos. Foi um campeonato muito saboroso e conquistá-lo assim ainda o tornou mais especial.

Na Taça de Portugal vitórias sobre o Camões, ISMAI e uma grande vitória em Braga sobre o ABC garantiram-nos a presença na final four. Em Tavira, batemos o Águas Santas e garantimos o acesso ao jogo decisivo. Aí, perdemos contra o Sporting. Não conseguimos estar ao melhor nível mas não fomos a pior das 3 equipas em campo...

Na Liga dos Campeões ainda não foi este ano. Ano após ano temos ficado à porta do apuramento e tem faltado uma pontinha de sorte. É uma competição em que as equipas que lá jogam usufruem de orçamentos várias vezes superiores ao nosso, que jogam em campeonatos com muito mais qualidade. É praticamente impossivel lá chegar uma equipa portuguesa e a nossa já merecia, tem dado uma impensável luta aos tubarões. A derrota contra o Partizan afastou-nos desse sonho. Ainda vencemos o Lovce que nos garantiu o acesso à EHF.

Na 3ª eliminatória da EHF saiu-nos mais uma fava, o Cimos Koper, equipa que tinha chegado aos quartos de final da Champions na época anterior. Na Eslovénia perdemos por 6. No Dragãozinho, quase tornámos possivel aquilo que ninguém (tirando nós) acreditava. Fizemos um bom jogo e vencemos por 5 golos (27-22). Infelizmente ficamos a 1 golo do apuramento. Foi um momento estranho. Tristeza pela eliminação mas um orgulho enorme nesta equipa de lutadores contra os tubarões do andebol europeu. A forma como a equipa foi acarinhada no fim deste jogo é a prova de como se portaram e como existe uma enorme cumplicidade entre estes e adeptos. O tempo viria a mostrar que só nos podíamos orgulhar deles...

Num próximo post durante a semana, faremos uma análise mais profunda a treinador e jogadores.


Por: Paulinho Santos

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