O FC Porto venceu esta noite o Valongo no jogo das meias finais da Taça de Portugal. A final realizar-se-á amanhã (dia 23) às 19h15 contra a Oliveirense.
A nossa equipa entrou em campo com uma novidade em relação ao habitual. Hélder Nunes entrou no 5 inicial a substituir Pedro Moreira. Talvez um prémio para o nosso benjamim...
O jogo começou praticamente com um penalti arrancado por João Souto. Na marcação começou o espetáculo Edo Bosch, grande defesa. Seria apenas a 1ª de muitas...
Não foi um início fácil nem com um hóquei espectacular. Tentávamos atacar pelo seguro, sem nunca descurar a defesa. Reinaldo ou Hélder Nunes ficavam muitas vezes perto da linha de meio campo de forma a não sermos apanhados num possível contra-ataque. A atacar nem sempre conseguíamos boas situações para finalização. Mérito sobretudo para a defensiva do adversário, que com um bloco muito baixo conseguia manietar o nosso ataque.
Mas se a defesa deles estava bem, a nossa estava em grande nível. Grande pressão logo na saída do adversário, alguns brilhantes desarmes e muita vontade de ganhar.
Com tantas dificuldades em penetrar na defensiva contrária o golo poderia surgir através de um remate de longe. Foi o que aconteceu aos 9 minutos. Reinaldo - embora no pavilhão tenha sido anunciado Jorge Silva o marcador - de muito, muito longe a inaugurar o marcador. Se o espectáculo de Edo tinha começado uns minutos antes, o de Rei começava agora.
Após o nosso golo, erro grosseiro da dupla de arbitragem. Novo penalti a favor do Valongo. Já no 1º penalti tinha ficado com dúvidas. Neste 2º não fiquei com dúvidas nenhuma. Não foi penalti. Felizmente temos um "monstro" na baliza que não permitiu que o Valongo empatasse.
Este lance mexeu com a equipa. Reagiram com um hóquei mais rápido, boas saídas para o ataque e finalmente alguns lances perigosos. O hoje titular na baliza do Valongo conseguiu neste período algumas boas defesas.
O 2º golo surgiu de penalti (indiscutível) sobre Caio. Na marcação Reinaldo mostrou mais uma vez a sua qualidade nestes lances. Tiro forte e colocado. Está lá dentro, GOLO!
Faltavam 10 minutos para o intervalo e o domínio era agora claramente dos nossos campeões nacionais. Como sabemos, de nada vale um domínio sem golos. Este felizmente valeu a pena. Pouco mais de um minuto depois do 2º golo, nova jogada de ataque. Boa desmarcação de Vítor Hugo (entrado uns minutos antes na habitual rotação) mas uma perdida incrivel em frente à baliza. Contudo, a bola continuava na nossa posse e Reinaldo com um remate a entrar no ângulo superior da baliza. Golaço do capitão, o seu hattrick.
Com 8 minutos para o intervalo e com um resultado desnivelado o jogo abriu. O Valongo arriscou mais e obteve algumas boas situações. Sempre que acertavam na baliza deparavam-se com Edo. Uma defesa, duas, três, quatro... Imagino a frustração de um avançado frente ao nosso guardião.
Da mesma forma que ao arriscarem conseguiram chances para marcar, também abriram mais a sua defesa. Podíamos ter marcado de novo mas alguma infelicidade com bolas ao poste e mérito do guarda-redes adversário não o permitiram. De referir que mostramos grande maturidade nesta fase, os ataques sempre que não saíam no imediato era esticados até ao limite. Eram eles que tinham de correr atrás, o tempo estava a nosso favor.
Ao intervalo vantagem por 3 - 0. Estava a correr bem...
A 2ª parte começou com o nosso 5 habitual. Não entramos tão bem como gostaríamos. É certo que sabíamos o que fazer, que a vantagem tranquilizava mas não foi um bom período.
Aos 6 minutos eles reduzem. Gostava de dirigir umas palavras aqui ao marcador do golo João Souto pelas suas atitudes mas por respeito a um jogador que foi da nossa formação e por entender que ansiava ganhar para a sua equipa não o farei.
Apesar do golo deles nada havia a recear. Mantínhamos a boa posse de bola, longa qb quanto era aconselhado e a defesa continuava concentrada.
Minutos depois a 10ª falta do adversário. Desta vez não marcamos, mais uma bola no poste. Marcaríamos no livre seguinte. Grande execução de Caio. A bola ainda bateu no poste mas desta vez foi para onde devia, para o fundo da baliza...
Este 4º golo surgiu sensivelmente a meio desta 2ª parte. Se antes já mostrávamos preocupação em gerir, obviamente agora ainda mais. Assim sendo apenas a 3 minutos do fim eles conseguiram reduzir.
Falemos do lance. Foi a nossa 10ª falta. Iríamos cometê-la mais tarde provavelmente. Mas este lance não foi falta. E a reacção do treinador adversário ainda foi mais absurda. Se até foi marcada a falta a favor dele quando não era porque mandou bocas ao nosso capitão por ele ter protestado? Será falta de Rennie?
Até ao fim do jogo ainda dispusemos de novo livre directo. Falhamos. Adivinhem como. Sim, foi outra vez ao poste.
Apito final. Vantagem nossa por 4 - 2. Estamos na final.
Uma nota final. Eles eram os adversários, são nossos rivais e essa rivalidade já vem de longe. Mas têm um público fiel, levam sempre gente ao Dragão e hoje estavam também em bom número. Ao contrário de outros não descobriram agora que o hóquei existe... Entre um rival e outro sem dúvida aqueles que estão sempre lá.
Vamos à final. Queremos vencer e confiamos na vitória. A quem se puder dirigir amanhã a Barcelos, todo o apoio é preciso...
Equipa e marcadores:
Cinco Inicial: Edo Bosch (gr), Hélder Nunes, Reinaldo Ventura (3), Ricardo Barreiros e Jorge Silva.
Jogaram ainda: Pedro Moreira, Caio (1) e Vítor Hugo.
Por: Paulinho Santos
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