quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Taça!

#TaçadePortugal #Futebol #FCPorto #Regime

Espera-nos Oeiras, por certo
Esse Estádio “Nacional”
Que lá jogar, seja igual
A descobrir o “encoberto”!

Pois a memória perdida
Desta nação atlântica
Tem-se em prova titânica
Numa batalha esquecida…

Por terras do norte d’África
Onde pereceu esse Rei
Em Álcácer-Quibir, bem sei
Numa batalha trágica!

E como que perdidos
Nessas nossas referências
Nestes séculos de urgências
Temos vivido “esquecidos”

Do nosso valor ancestral
Que nos lega por mil anos!
As fronteiras que formamos
Em prol duma só capital!

E num saudar “sebastianista”
Revitalizámos o Estado!
Novo e revigorado!
E um homem por “estadista”!

E nisso fizeram-se obras
Que alicerçassem a nação!
Estradas, pontes, construção
E um estádio pr’as manobras!

Que amiúde saudavam
O refulgir deste povo!
Que encantados c’o “novo”
Na “mocidade” entravam…

E depois de tanto tempo
Tanta prova libertária
Esse símbolo dessa era
Ainda promove o evento!

A Taça de Portugal
É pois jogada em Oeiras!
E lá só se calçam chuteiras
Pr’a se jogar a final!

E a nossa selecção?
Nos dirão os mais astutos!
Não embarca em tais condutos
Pois não é disso tradição!

Ah, está bem, eu compreendo
Esse estádio serve a Taça!
Com’o apuramento da raça
Qu’o regime foi tendo!

E só nos símbolos das colónias
Que serviam os propósitos
Não se submetiam, por lógicos
A essas leis das tiranias!

Pois aí a pátria unia-se!
Ao redor das instituições!
Os três efes – multidões!
A qu’a política servia-se!

E ficando como símbolo
Dessa era de milagres!
Ainda por lá s’aspiram os ares
Do regime, como sândalo!

Por isso lá temos que ir
Como política presente!
Pr’a mostrar qu’o antigamente
Tem vontade de ressurgir!

E só um clube do norte
Dessa cidade liberal!
Pode mostrar, na capital
Qu’o país é todo forte!

E não se pense qu’a política
Só se joga no executivo!
Pois qualquer jogo recreativo 
Tem o peso da apologética!

E disso sabia o regime
Que servindo-se da religião
Fez do futebol e da canção
O seu sustentáculo mais firme!

“A contrario” vamos vencer
Essa prova do calendário
Nesse estádio, corolário
Do centralismo e poder!

É só passar o Estoril…
E caminhar a Oeiras!
P’la marginal, pelas eiras
Até à conquista “d’Abril”!


   

Por: Joker

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