Quand’a turba abandonava
Aquele barco à deriva
Com tod’a equipa por esquiva
Numa fuga já preparada
Eis que cheg’o baluarte
Nesse exemplo assumido
No “pater mortis” sofrido
Assumind’o pleno combate!
De responsabilidade acrescida
Com a braçadeira no braço
Junto do fumo-negro d’enlaço
Grit’a ferocidade da vida!
E nessa equipa já derrotada
Ladeando um jovem incerto
Por cujo peito a descoberto
É alvo duma salva cerrada!…
Grit’a sua coragem do fundo
Numa canção africana!
De cuja energia emana
Esse ressurgir moribundo…
E como exemplo é seguido
Na sua face de guerreiro!
Cujo rosto negro, trigueiro
S’envolve na luta, esquecido…
Da sua desgraça de filho
Que vendo um pai partir
E no momento, a seguir
Assumir a vida por trilho!
E onde não se julgava
Ali existir mais qu’um guerreiro
Forte, audaz e companheiro!
Mais qu’um líder qu’ali estava!?
Sem pretensões arrogantes
Ou declarações d’intenções
Mostrando em actos, acções
A condição dos gigantes!
Não essa mostra vendida
Revelad’a cada jornada
Preparando a sua escapada
Numa ode à despedida!
E vind’o exemplo de fora
No maior amor ao clube!
Essa esperança m’acude
Num sentimento que chora!
Que por despontar o heróico
Em mais uma batalha renhida
Assim s’imortaliza na vida
Tod’o homem com este tónico!
E na maior improbabilidade
Da origem desse acto
O mito cresce no facto
Transcend’a humanidade!
E nisso um africano subiu
À galeria dos eleitos!
Por sua obra e feitos
Que neste palco se viu!
Mangala, é pois, o seu nome!
Onomatopaico africano!
Poderoso rosto humano!
Que por “deificado” se tome!
Man-ga-la!!!
Por: Joker
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