Má fase
O FC Porto visitou hoje sempre dificil pavilhão do Barcelos
em jogo a contar para a 17ª jornada do campeonato nacional. Estivemos lá em
Junho e trouxemos a Taça de Portugal. Hoje queríamos "apenas" uma
vitória. Não se esperava que fosse fácil, este é um pavilhão sempre complicado,
mesmo este barcelos não sendo o Barcelos de outros tempos. Não ganhamos e vimos
o Valongo afastar-se mais um pouco, já que ganhou em Braga. Nada está perdido,
dependemos exclusivamente de nós, mas esta fase má tem de terminar já.
Cerca de 100/150 adeptos nossos deslocaram-se a Barcelos
dispostos a lutar pelo emblema. Mesmo em minoria fizeram-se ouvir durante todo
o tempo.
Tó Neves ainda não arriscou Reinaldo no 5 inicial. A forma
ainda não será a melhor pelo que começar no banco não foi uma surpresa.
Entramos a dominar mas sem dispor de claras ocasiões de
golo. Muitos remates mas sobretudo de meia distância ou com pressão defensiva.
A primeira clara chance de golo surgiu apenas perto dos 7 minutos. Jorge Silva
inicia e conclui um contra-ataque de 3 para 2. Contudo atira ao poste.
A partir desta jogada o jogo abriu. Nós íamos acumulando remates atrás de remates, alguns em posição privilegiada. Apenas nos faltava eficácia na finalização. Para ser o mais isento possível convém referir que o Barcelos nesta altura também teve as suas oportunidades. Esteve bem Edo nesta fase, sempre muito atento.
O ansiado golo surgiu aos 14 minutos. Saída rápida para o ataque por jorge Silva, bem ao seu estilo, tabela com Caio e já perto da baliza desvia para golo. 0 - 1 finalmente. Já era merecido.
Logo após o golo, entra Hélder Nunes para o lugar de Caio.
Uma troca habitual.
O Barcelos tentava sair em ataques rápidos e apanhar a
equipa de Tó Neves desprotegida. Não estavam a marcar mas o perigo rondava,
tivemos algumas falhas nas compensações defensivas depois de bloqueios.
A 5 minutos do intervalo quase o nosso 2º. Pedro Moreira,
sobre a direita e já dentro da área, remata e o guardião da equipa minhota
defende. A bola sobra para Caio que remata. Nova defesa. Algum azar e alguma
intranquilidade.
Por esta altura já Vitor Hugo e Reinaldo tinham entrado em ringue.
Até ao intervalo mais nenhuma nota de registo. Íamos para o
balneário com uma vantagem miníma.
O recomeço da 2ª parte foi desastrosa para o nosso emblema.
cerca de 30 segundos jogados nesta etapa complementar e já sofríamos o empate.
Um golo estranho, Edo parece mal batido, a bola passou por baixo do nosso
guarda-redes.
Fomos atrás de outro golo, encostamos o Barcelos para o seu
campo. Eles estavam a defender muito atrás, quase enfiados na sua área. Nós,
pelo contrário, tentávamos cada vez cedo a recuperação.
Aos 4 minutos esta superioridade deu resultado. Penalti
sobre Caio por toque no patim direito. Reinaldo é chamado a cobrar. remata e
golo. 1 - 2, novamente em vantagem.
Era a nossa melhor fase e 2 minutos depois festejamos novo
golo. Uma boa jogada de Caio, a passar por trás da baliza e a passar atrasado
para Barreiros. Este remata de primeira, cruzado e em força. Golo!!! 1 - 3.
O jogo estava mais vivo, os nossos atletas jogavam com mais velocidade e começavam a acertar mais frequentemente a saída para o ataque, o que nem sempre tinha acontecido até aí.
Um pouco contra a corrente de jogo o barcelos reduz. Mais um golo consentido. Remate cruzado, não muito forte e a bola entra no canto inferior direito da baliza de Edo.
Tó neves apostou em Hélder logo após o golo sofrido. Uma boa
alteração, Hélder Nunes é um excelente defensor, trouxe qualidade nesta área.
prova disso são os inúmeros cortes que foi colecionando.
O golpe de teatro para a nossa equipa deu-se a 7 minutos do
fim. Foi a nossa 10ª falta. Pessoalmente fiquei com dúvidas mesmo após a
repetição por isso benefício da dúvida para a dupla madeirense. Na cobrança o
empate. 3 - 3.
Ainda tínhamos tempo para ganhar. Boa atitude dos nossos
atletas, deram tudo. Procuraram (e mereciam) ser felizes. Foram para cima do
barcelos. No minuto seguinte outra bola ao poste.
Faltavam 5 minutos e Reinaldo entra. Vamos lá capitão, mais
um esforço.
A pressão sobre a bola era intensa, o barcelos mal conseguia
sair. Ricardo Silva fazia uma grande exibição (nem nas bolas paradas tremeu
como habitual). O Porto tentava ataques mais curtos, chegar rápido à baliza do
barcelos.
A 1 minuto e meio do fim azul para um jogador do Barcelos.
Decisão acertada. Reinaldo é chamado a converter o respectivo livre directo mas
falha, o guardião adversário defendeu. Jogávamos em power play e tentamos. Uma,
duas, três vezes. A bola não queria entrar. Tivemos uma ocasião soberana mesmo
em cima do apito final.
A 14 segundos do fim penalti para nós. Uma tensão incrivel.
O coração a bater rápido em todos os portistas. Era a última chance. Reinaldo
novamente. Falhou de forma clara, a bola saiu a meia altura e directa ao corpo
de Ricardo Silva.
Já não havia tempo para mais nada.
Podíamos e devíamos ter vencido. Nota-se alguma intranquilidade, não estamos habituados a estar em 2º e não estamos numa boa fase. Dependemos de nós. Queremos vencer, faremos tudo para tal. Venceremos. A começar já no próximo fim de semana na recepção aos Carvalhos. É proibido escorregar. Vitória obrigatória...
FICHA DE JOGO
Óquei de Barcelos-FC Porto Fidelidade, 3-3
Campeonato Nacional, 17.ª jornada
26 de Fevereiro de 2014
Pavilhão Municipal de Barcelos
Árbitros: Paulo Almeida e António Santos (Aveiro)
ÓQUEI DE BARCELOS: Ricardo Silva (g.r.), Luís Querido
(cap.), Hugo Costa, José Pedro e João Marques
Jogaram ainda: José Braga, Pedro Mendes
Treinador: Paulo Freitas
FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira,
Ricardo Barreiros, Caio e Jorge Silva
Jogaram ainda: Hélder Nunes, Reinaldo Ventura (cap.), Vítor
Hugo e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jorge Silva (14m), José Braga (26m), Reinaldo
Ventura (29m), Ricardo Barreiros (31m), Luís Querido (36m) e José Pedro (43m)
Por: Paulinho Santos
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