terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Em terra de cego…

#FCPorto #Benfica #Sporting 



Em terra de tantos cegos
Onde só um pode ser Rei
Vi-o ontem, pelo que sei
Ladeado por três servos 

Nesse painel colorido
Onde o verde e o vermelho
É a cor do evangelho 
Nesse seu tom mais garrido!

Pois o reizinho dos viscondes
Foi convidado a entrar
Para lá papaguear
Sobre minutos e descontos!

E na certeza da sentença
Que se sente prejudicado
Mesmo sem ser anunciado!
Acha-se injustiçado, sem crença!

E é aplaudido no decreto 
Que na sua certeza, diz ter!
Pois o dolo, por seu saber
É coisa de fácil acerto!

E nessa prova produzida
Assente na defesa do outro
Vê esse dedo maroto
Nessa lesão conhecida…

E sendo do clube impoluto
Que age sempre dentro da lei
Tem na certeza de Rei!
Qu’o Porto é o corrupto!

Ainda qu’a prova do dolo
Seja de difícil expressão
Tem-se na convicção
Que só esse atraso deu golo!

E perdida a partida
Nesse último minuto!
O outrora penalti oculto
Assumiu hoje nova vida!

Já não foi o “intensómetro”
A justificação da derrota!
Mas o atraso, a manobra
Contabilizados ao milímetro!

Pois nesse grande pormenor
De ter jogado em casa
Contr’o adversário qu’assaca
O seu estilo perdedor

E não ter conseguido
Vencer como mandam as regras!
Inventa outras refregas
Por esse encontro perdido!

E nisto é aplaudido
Por uma marioneta verde!
Que vê no Porto, a sede
No seu gesto irreflectido

Falando de conspirações
Da velha tese do sistema!
Que nem o Dias da Cunha
Bradava em tais convicções

Que invocando a estatística
Como sua especialidade
Nos mede por cada verdade
Que diz, uma mera probabilistica!

E o que dizer do anão
Que pendurado no assento
Concorda c’o argumento
Da derrota como condenação?

Esquecend’o regulamento
Vertido nas competições!
Em qu’o estádio sem condições
Sem tecto em dia-de-vento

Podia decretar derrota
Para a equipa anfitriã
Que por soltura da lã
S’adiara o jogo em mora!?

Mas andam de mãos dadas
Os grandes da capital
Que juntos, nesse painel
Seguem as mesmas coordenadas!

Por isso é de sentenciar
Esse clube do norte
Por esse atraso de morte
Qu’os levou a bem pactuar!

E tão lindos às parelhas
Juntamente com o pivot 
Não fazem qualquer complot 
Nem balem com’as ovelhas!

Por isso é ouvi-los balir
A sua derrota no campo!
Por esses minutos, nem tanto…
Que tanto faz chorar como rir!

E s’o ridículo pagasse imposto
A esta incidência nacional!
O Bruno crescia em capital
Por cada semana de desgosto!

O que no clube dos viscondes
Falidos, mas com pergaminho!
Caía como um “levezinho”
Em cada “Montero” aos montes!

E contentes na sua verdade
Estas pessoas “tituladas”
Choram as penas forçadas
Que sabem por razoabilidade!

Pois onde já se viu
Derrotar-se por três minutos
Um atraso como tantos fortuitos
Num jogo que não lhes serviu?

Só vindo dos calimeros
Esta tese desse dolo
Como medida de consolo
Por jogar com tantos “Monteros”?

E que culpa tem disso o Porto
Que nada jogando, venceu?
Que dentro do campo, sucedeu
Como vencedor por desporto?

É por estas vitimizações
Por estes espectáculos tristes
Qu’os calimeros são fixes
Pr’a pajens destas encenações!

Que servindo bem ao vizinho
Lhes montam a teia, o cerco
Prometendo-lhes novo concerto
E na Liga novo arranjinho!

Pois o presidente é confiável
Festeja em casa ou fora!
Sorri muito e não cora
Em cada vitória prestável!

E ladeando o orelhas
A Liga não é o sistema!
E se sorri não é esquema
Confidenciando-se em parelhas!

Por isso eu ainda acredito
Que neste reino, o rei
Decrete a sentença e a lei
Medindo o sucesso ao minuto!

E que nisso o Bruno afine
Essa voz grossa, com precisão!
Ganhando sem ter razão
Por cada minuto que cisme!

Pois só assim pode vencer
Em parceria c’o vermelho!
Tomando a vez do Conselho
E nessa decisão, reverter

O destino daquele jogo
Que findo, na volta d’honra
Se tenham revisto na afronta
De já o festejarem…com dolo


Por: Joker

1 comentário:

Anónimo disse...

Joker imparável! Que grande poema

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