Para quem está minimamente atento ao que se passa no mundo do futebol, e concretamente ao alinhamento dos estágios e das sempre polémicas convocações de jogadores, ficam sempre no ar algumas dúvidas e incertezas sobre os procedimentos levados a cabo pelo staff da FPF e seus pares na planificação dos treinos e nas convocatórias.
No que concerne aos estágios, estranhamente ou talvez não, jogadores como Cristiano Ronaldo, Pepe, Raul Meireles, Fábio Coentrão e Nani, por exemplo, tendencialmente uns e quase por sistema outros, onde o nosso capitão é useiro e vezeiro nesta situação, apresentam-se nos estágios sempre com sucessivas mazelas ou recaídas físicas que os impossibilitam de treinar em conjunto, o que no mínimo deveria ser objeto de uma análise aturada e esclarecimento público por parte da instituição em causa dada as sucessivas coincidências e ocorrências repetitivas.
Já no que diz respeito às convocações ou opções do selecionador Paulo Bento, também dá a entender que para se ter lugar na mesma seleção, os jogadores selecionáveis terão que ter no mínimo um estatuto especial, ou dito de uma forma mais direta e percetível, terão que pertencer ao grupo aos ditos de clubes “grandes”, onde se inclui também o Sp. Braga.
Este meu raciocínio tem como base de entendimento o facto real e consumado de que raramente, ou quase nunca diria eu, se assiste por parte do nossos selecionadores nacionais convocatórias de jogadores a jogarem na Liga Portuguesa fora do perfil atrás enunciado, e mesmo sabendo que poderão estar por de trás deste cenário variadas razões para não o fazerem, no mínimo parece-me muito estranho e injusto para alguns jogadores e clubes de menor dimensão.
Ou será que jogadores como Josué e Licá, por serem neste momento casos paradigmáticos e terem feito na época anterior excelentes exibições ao serviço dos seus anteriores clubes que lhe proporcionaram o tal “salto” para outros voos, passaram a ser diferentes para melhor só pelo simples facto de terem mudado de clube, ganharam outro estatuto especial que só terão direito os clubes do costume, ou haverá outras razões escondidas que estarão nos segredos dos deuses e nos interesses de empresários, dirigentes e treinadores? Só por este facto vou estar atento para saber até quando é que, por exemplo, Vitor agora jogador do SCP e no caso de se integrar bem na equipa passe a ser convocável pelo atual selecionador nacional, assim como aconteceu com Rúben Amorim quando passou de Belém para o SLB.
Para finalizar esta minha intervenção gostaria de me pronunciar sobre o fecho real do mercado de transferências, pois certamente, retirando os interesses no mínimo estranhos e de difícil justificação do mercado Russo e Turco que fecham mais tarde, que nenhum outro país europeu estará de acordo com a atual situação que se perfila em moldes diferentes, unilaterais e que prejudicam um todo em relação a duas únicas alternativas, que não deveriam ser consideradas por parte das entidades que tutelam o futebol profissional.
Gostaria aqui de relembrar que na época passada os clubes portugueses, FCP e SLB, foram terrivelmente prejudicados no último dia de fecho do mercado Russo, ao perderem jogadores importantes do seu plantel sem terem o direito de tentarem compensar as saídas com eventuais entradas, por o mercado de transferências português já se encontrar encerrado naquela altura, o que faz desta exceção um ato puramente desigual que não deveria ser aceite por quem de direito.
Por: Natachas
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