quinta-feira, 22 de março de 2012

Jardel: Facto relevante na conquista do TRI


Facto relevante na conquista do TRI:


JULHO 1996









O FC Porto assegura a contratação do ponta-de-lança brasileiro Mário Jardel, por quatro temporadas, batendo para o efeito o Benfica e o PS Germain, que se encontravam interessados no concurso do atleta.














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Majestade altíssima

Por estranho que pareça, Mário Jardel começou a facturar pelo FC PORTO bem antes de entrar em campo com a camisola Azul e Branca. O simples facto de ter chegado às Antas depois de, numa operação relâmpago, representando invulgar esforço financeiro do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ter sido arrancado às ambições do Benfica representou, na verdade, o cartão de visita ideal para o goleador brasileiro junto dos Dragões. Por causa do Jardel o FC PORTO ganhou o primeiro braço-de-ferro com o seu maior rival dos últimos anos... ainda antes de começar a época.

É claro que a coisa não ficou por aqui. Se o cartel do brasileiro ao serviço do Grémio já dava que pensar, não foi preciso esperar muito - o recital de golos começou logo à primeira jornada - para ter a confirmação de que o avançado de Fortaleza era mesmo o «cobra» anunciado. De tal maneira que nem a grave lesão de Domingos, no final de Agosto, impediu o ataque Portista de manter o excepcional nível de eficácia revelado na época passada (1995/1996).

Sobram os elogios para definir Jardel: excelente cabeceador (10 golos em 30 foram obtidos desta Forma), farejador de golos por excelência, com notável capacidade de remate e uma técnica específica muito evoluída para um jogador que nunca pretendeu exibir as qualidades estéticas e fantasistas de Domingos, o número 16 do FC PORTO juntou a estas qualidades uma imagem inatacável dentro e fora das quatro linhas.

Os números falam por si: 30 golos em 31 jogos incompletos no Campeonato , à média de 1 golo por cada 86 minutos, mais 4 na Liga dos Campeões - dois dos quais, em S. Siro frente ao Milan, deram o verdadeiro tiro de partida para a grande temporada Azul e Branca - representam o reembolso com altos juros, do forte investimento Portista na sua aquisição e transformaram-no, sem qualquer tipo de favor, na grande figura da época. Além de o tornarem sério candidato ao título oficioso de melhor ponta-de-lança no futebol português da última década, um trono que na época seguinte (a do TETRA) consolidou de vez.

Fonte: Jornal "O Jogo"




Por: Nirutam

2 comentários:

Anónimo disse...

Bloqueios estratégicos


Em resposta às acusações de Vítor Pereira, Jorge Jesus negou que as suas equipas trabalhem os bloqueios ofensivos como estratégia de jogo, mas alguns jogadores que no passado foram treinados por ele contrariam-no. O enfoque nas bolas paradas é, dizem, uma das chaves do seu sucesso. E os ditos bloqueios podem não ser uma invenção dele, mas fazem parte da estratégia usada para vencer jogos.

Luís Filipe, lateral do Olhanense, nunca tinha ouvido falar de tal coisa antes de ser treinado por Jesus. André Leone já os conhecia do Brasil, mas aprofundou a técnica no Braga. "Treinávamos, e muito! Até era ele [Jesus] que nos atirava a bola com a mão, para ser mais preciso do que se fosse com o pé", frisou. "Eu até podia cair no lance, mas o que importava era tapar o caminho ao adversário. Nem me preocupava com a bola. Virava-me de costas para ela e abria os braços em direção ao adversário", explicou a O JOGO. O ex-árbitro Jorge Coroado não tem dúvidas: se é isso que Jesus pede, então os árbitros pecam ao não assinalar falta. "Jesus é inteligente no aproveitamento do que é a regra, que, não sendo específica, atira para o primeiro parágrafo da Lei 5: a opinião do árbitro", explica, acrescentando que no clássico, como noutros jogos do Benfica, deveriam ser assinaladas várias infrações: "Fazem mais faltas nestas situações do que as outras equipas."

A fronteira entre legal e ilegal provoca desacordo entre os jogadores ouvidos por O JOGO. A estratégia é clara, mas a forma de a explorar só choca João Guilherme, do Marítimo, e Gaspar, do Rio Ave. "O Benfica não faz falta uma, duas ou três vezes; faz sempre. Ainda não vi nenhuma assinalada. No final de uma recente reunião de arbitragem, o próprio Vítor Pereira [líder do Conselho de Arbitragem] disse que bloqueios acontecem no basquetebol; no futebol, chamam-se obstruções. Se o avançado mete a bola na frente e é obstruído, marcam falta. Por que não o fazem também quando se trata de um lance de bola parada?", pergunta o defesa do Rio Ave, que recorda os tempos de Belenenses e a insistência com que Jesus abordava esse tipo de trabalho. "Se eu fosse árbitro e visse um defesa de costas para a bola, ficava duplamente atento. Se não olha para a bola é porque só procura obstruir o homem", justifica. João Guilherme partilha da opinião. "O Benfica faz muito isso. Mas é falta. Se os árbitros não marcarem, eles ficam com grande vantagem. Senti isso em todos os cantos e livres dos jogos frente ao Benfica", reclama o maritimista.

O FC Porto acredita no mesmo. Antes de Vítor Pereira o denunciar, já se temia o uso abusivo dos ditos bloqueios e, na reunião que antecedeu o jogo, o delegado portista tratou de pedir especial atenção ao árbitro Artur Soares Dias.
IN OJOGO
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Retive isto:

"....Na reunião que antecedeu o jogo, o delegado portista tratou de pedir especial atenção ao árbitro Artur Soares Dias."

E SoaresDias o que fez ?!...

E as equipas de arbitragem durante o campeonato e os responsaveis de arbitragem como ficam com estA ENORME DISTRACÇÂO ???!!!

E oscomentadores de arbitragem ?!...

Nunca ninguem viu nada ???!!!

TOTAL INCOMPETENCIA ???!!!

E a tão falada Verdade Desportiva ?!

Anónimo disse...

3 questões

Jorge Coroado, ex-árbitro
"Se não disputam a bola, é falta"

1 - Nos bloqueios de que Vítor Pereira se queixa, qual é o limite da legalidade?

O bloqueio será sempre considerado falta quando o jogador não tem objetividade na disputa da bola e antes e só na perturbação do adversário. É falta sempre que um jogador se interpõe entre o adversário e a bola, não se preocupando em jogá-la e sim em travar a marcha do adversário.


2 - Neste clássico, houve faltas desse género não assinaladas?

Houve. Nas bolas paradas, o Benfica tem uma forma de colocar os seu jogadores de forma a que estes bloqueiem os que mais apetência têm para chegar à bola alta. Colocar dois jogadores na ilharga de um adversário é uma forma sub-reptícia de evitar que ele dispute a bola. É uma ação inteligente, porque vai criar um aglomerado e perturbar a ação da equipa de arbitragem.


3 - As queixas de Vítor Pereira podem levar os árbitros a outros cuidados no futuro?

Há muitos macaquinhos de imitação, mas só se dá relevo a Vítor Pereira porque é o treinador do FC Porto. A verdade é que os árbitros podem, têm e devem ser eficazes e rigorosos na aplicação desta Lei do Jogo.

in OJOGO

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