quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O crime (quase) perfeito

#Joker #Benfica #Sporting #FCPorto


Era galego, Diogo
E emigrara bem cedo…
Lisboa, o seu “degredo”
Onde se queria lá morto…

Nessa corda do verdugo
Por sentença judicial!
A última de Portugal
Ao nascido em Lugo!

No capricho da ciência
O rosto do assassino…
A sua cara de menino
Ficou exposta à audiência…

Nesse frasco de formol
Ficou a réstia do tempo
Em cuja cabeça, o exemplo
É o rosto dum espanhol…

O assassino do Aqueduto
“Legou” a sua cabeça
À prova da subtileza
A qu’a ciência deu fruto!?

E legada à descoberta
O propósito criminoso
No intuito que doloso
É o crime, coisa certa…

Ficamos pois, a aguardar
Que “roladas as cabeças”
Se tenham tantas certezas
Com’o benfica ir ganhar!!

E ter-se nesse propósito
Mumificar as cabeças
Que neste momento, ilesas
Vão balançar no patíbulo!

Existem crimes perfeitos
Na cabeça qu’os engendra
Como Diogo Alves, por lenda
Deu exemplos de tais feitos..

Ao funcionar em quadrilha
Andava na rota do fado
Roubava por tod’o lado
A sua fama de cabecilha!

Mas “só” pecou por excesso
Quand’o crime foi grotesco
E na agudeza do gesto
Foi o galego então preso!!

Só ao fim desse delito
Foi o galego a ferros
E do Limoeiro, os berros
Nã’o confessaram no dito!

Era um homem com dureza
E não lhe saiu a confissão
Pois em tal vida d’acção
Actuava com “nobreza”!

Se roubava ou matava
Era por força da vida…
E a sentença foi lida
Sem perceber qu’escapava!

Não à morte por decreto
Mas sim a outro desterro
Pois o roubar não é erro…
Só o matar não está certo!!

E da justiça portuguesa
Foi o galego, exemplo!
Tem-se a prova desse tempo
Na sua própria cabeça!!

E duas centenas volvidas
D’anos sobre essa data
Tod’a jurisprudência é farta
Noutras sentenças conhecidas…

Que roubar não é errado!
Depende com que intenção
Não s’é sequer um ladrão
Se se roubar com cuidado…

E se roubares p’la causa
Podes ainda ser honrado!
Um novo herói aclamado
Cuja cabeça… se salva!!

Por: Joker

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