#FCPorto #Dragão14 #Assobios #Pipoqueiros #Adeptos
É com grande
desgosto que falo disto, mas é apenas mais uma coisa que envolve o nosso clube,
cada vez mais presente num estádio que todas (ou quase todas) as pessoas que
entram lá consideram como uma 2ª casa.
Vamos nos situar no
Porto-Lille da última terça-feira. Um dos jogos mais importantes da época como
todos sabiam, sejam eles portistas ou não.
Toda a gente sabia.
Toda a comunicação
social sabia.
Não é por acaso que
andam extremamente preocupados com o que gastamos ou deixamos de gastar
(curioso que quem gastou mais, para já, não foi o nosso clube). Não é por acaso
que a nossa exibição em Paços foi tão criticada e acabamos por ser o clube dos
três principais favoritos a ter a vitória mais tranquila.
E, por último, não é
por acaso que para eles parecia que quem estava a discutir a eliminatória era o
FC Quaresma e não o FC Porto.
Mas com este
treinador não há abébias. Se ele pudesse dizer aos jornalistas “preocupa-te com o teu clube que joga amanhã (hipoteticamente falando)” não tenho dúvidas que ele
diria. Mas já se sabe, dois pesos, duas medidas. Se ele dissesse isso apanhava
a soma dos dias (semanas?) de castigo que o treinador dos outros já merecia por
toda a panóplia de confusões em que já esteve envolvido.
Eles só querem
arranjar conflito, enfraquecer-nos porque sabem que estamos fortes!
Mais um motivo para
ter orgulho do clube que apoiamos! Porque esta mesquinhice jornaleira, esta
azia constante na televisão só nos faz ficar mais fortes, mais unidos por um
objetivo comum que é sempre o mesmo, GANHAR. TRIUNFAR. CONQUISTAR.
Nós temos que cerrar
fileiras e apoiar com todas as forças a nossa equipa.
Os dividendos
tiram-se no final.
Espera, será que é
mesmo assim em todo o estádio?
Flashback para o melhor
período do Lille. A nossa saída com bola não estava a resultar, estávamos a ser
pressionados pela defesa. Parem o relógio, vamos analisar com o público se pode
comportar e as consequências nos jogadores.
1)
Público assobia
por não estarmos a conseguir sair com bola. Jogadores percebem isso, ficam um
pouco mais nervosos e suscetíveis a cometer mais erros. Ou será que ouvirem os
assobios ganham poderes mágicos e, por exemplo, o Maicon decide fintar toda a
gente, sentar o Enyeama e finalizar de calcanhar? Bolas esta é difícil.
2)
Público aplaude
os jogadores do Porto quando têm a bola e apupa o Lille quando estão em posse. Os
nossos jogadores ganham confiança, percebem que o público está com eles e
conseguem aos poucos crescer no jogo sempre com a batuta do treinador que, na
onda dos incentivos da bancada, vai dando instruções para o relvado de modo a
corrigir alguns erros. Os aplausos não vêm com a opção do Lionel Maicon.
Façam a vossa
escolha que eu já fiz a minha desde que me ensinaram o que significa ser adepto
do Porto.
Vamos passar para o
momento em que se ouviu a segunda sinfonia de assobios.
O treinador decide
que para o lugar do Casemiro vai entrar o Ricardo Pereira, não o Ricardo
Quaresma.
O coro de pardais levanta-se
indignado, queria ver trivelas e não um rapaz esforçado que ia dar tudo para
não descompensar a equipa depois da saída do único médio de características
mais defensivas. E só não foi mais sonoro porque alguns deles engasgaram-se em
pipocas quando viram o Ricardo tirar o colete.
Mas o que é isto?
O FC Porto é maior
que qualquer treinador e do que qualquer treinador! Os jogadores passam e os
adeptos ficam! Pelo menos os verdadeiros!
Qual é a diferença
entre a comunicação social verde e vermelha que referi anteriormente e estes
“portistas” que em vez de aplaudir a saída do Casemiro (que grande jogo!) e a
entrada do sempre útil e talentoso Ricardo, começam a assobiar a escolha do
nosso treinador?
A intencionalidade
de ferir o FC Porto (e não o FC Quaresma) é igual entre o que se sucedeu na 3ª
substituição e, por exemplo, a crónica pós-jogo do Maisfutebol.
Mas vamos passar do
específico para o genérico.
Afinal o que
pretendem os pardais com o assobio?
Eles dizem do alto
do seu ramo: “Se calhar, se assobiar eles perceberão que não estão a jogar nada
e a situação pode mudar. Eu não paguei o bilhete para ver passes na defesa, mas
sim futebol espetáculo 90 minutos sem parar.”
A 1ª frase é o que
todos dizem, a 2ª é o que eles verdadeiramente querem dizer.
Se consideram o
Dragão a vossa segunda casa, também assobiam na primeira quando o jantar não
sai tão bom ou têm que fazer tarefas domésticas? Voltamos à primária e ao
porquê de não se poder riscar nas mesas da escola.
Querem que eu dê uma
alternativa aos pardais?
Usem essa vontade
que têm para assobiar quando se justifica, nos momentos em que o adversário
está em posse e depois festejem a nossa recuperação de bola como se tratasse de
um lance de perigo.
Assobiem a equipa de
arbitragem!
Não querem fazer
isto? Ok, então não façam nada. Roam as unhas, pintem a manta no vosso lugar,
mas deixem a interação com o relvado para quem está lá para AJUDAR A EQUIPA.
Assobiar para a
frente é pior que assobiar para o lado!
Engraçado que nas
redes sociais toda a gente fica apaixonada pelas molduras humanas na casa do
Dortmund e Liverpool, mas parte da nossa massa associativa faz exatamente o
contrário do que tanto aprecia nesses estádios, quando têm a hipótese de ser
protagonistas (sim, eu quando ouço o Lopetegui a dizer que NÓS queremos ser
protagonistas penso sempre em jogadores + adeptos).
Espero seriamente
que esta tendência se perca e que os pardais continuem a ir ao Dragão de corpo
e alma e não a pensarem se vão pedir pipocas tamanho médio ou grande.
Não vejo mal nenhum
em ir ao bar pedir as pipocas. Desde que não sejam para acompanhar os assobios.
Porto!
Por: Dragão 14
4 comentários:
Bravo, bravíssimo.
Assino por baixo.
Excelente!
Abraço ao velho do lar.
Fabuloso!
Grandes verdades, para pequenos adeptos que levam o assobio para o Dragão para assobiar a nossa equipa.
A nossa equipa não é um só jogador,mas sim um colectivo.
Enviar um comentário