segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Será que Quaresma tem emenda?

#FCPorto #Lopetegui #Quaresma



Penso que será perfeitamente pacífico para a maioria das pessoas ligadas ao futebol, concordarem e afirmarem comigo que Quaresma tem uma personalidade muito forte e vincada em parâmetros psicológicos muito complicados que lhe têm trazido muitos problemas na sua já longa carreira, sendo quanto a mim, demasiado débil em termos mentais e comportamentais, o que lhe tem tirado a possibilidade de estar ao mesmo nível futebolístico de CR7, pois em termos técnicos até estará eventualmente a um nível superior, só que a sua contínua teimosia em não querer trabalhar em equipa e optar por um excessivo individualismo, associado a um temperamento intempestivo têm-lhe limitado outros voos.

Quando este ano Lopetegui chegou ao FCP, logo nas primeiras intervenções que proferiu aos órgãos de comunicação social, deu para perceber que estava em marcha uma nova filosofia na gestão e formação do plantel, na aposta num novo modelo ou figurino de jogo bem definido e distribuído por toda a equipa, onde não há lugar a titulares indiscutíveis como acontecia antigamente com algumas individualidades no FCP, e que Quaresma era um dos protagonistas.

Confesso que quando comecei a ver o FCP este ano a jogar, e nomeadamente o próprio Quaresma, fiquei com a nítida sensação de que poderia estar em marcha uma nova etapa para o referido jogador, só que para mal dos seus pecados e muitos dos seus fãs, bastou um único episódio para tudo voltar à estaca zero.

Quando tive conhecimento de que Quaresma tinha sido nomeado capitão de equipa, ainda mais me convenci que tudo estava e correr bem sobre os carris de uma nova etapa positiva na carreira do jogador,  apesar de por outro lado,  tendo em conta o passado do jogador em termos disciplinares e comportamentais, seria sempre um risco esta nova função na sua carreira, pois obriga sempre por parte deste protagonismo uma ação de liderança e de exemplo contínuo perante os seus colegas, que Quaresma sempre teve dificuldade em colocar em prática.

Ao ter conhecimento de que Quaresma não fazia parte da equipa inicial no jogo contra o Lille, confesso que fiquei um pouco surpreendido no início, para depois ainda mais me surpreender a entrada do mesmo a cerca de 5 minutos do fim do jogo, podendo até ser que esta decisão de Lopetegui tivesse como principal objetivo testar o próprio jogador, e ao mesmo tempo dar para dentro do grupo um sinal forte de que as suas palavras em termos de não haver titulares indiscutíveis eram verdadeiras e não havia exceções à regra, começando a dar o exemplo por cima e não pelos elementos da equipa com menos hipóteses de jogar que seria sempre mais fácil de concretizar, o que eu compreendo e até acho uma decisão bem pensada para conquistar uma equipa, que deve ter sempre em mente a preservação do coletivo em detrimento do individual.  

Num momento em que já se fala por aí na hipótese de Quaresma sair do FCP, por não se enquadrar no esquema e filosofia de jogo do seu treinador, tendo em conta mais uma vez a sua forma errática de atuar em equipa, e na forma repentina como se dirigiu para o balneário após o apito final do árbitro em Lille sem cumprimentar o treinador, quando como capitão tinha obrigação de se juntar aos seus colegas, agradecendo a presença dos muitos adeptos presentes no estádio, este episódio não é certamente um bom pronuncio e um bom exemplo seguir, e se for para o bem do grupo de trabalho,  decerto que a eventual possibilidade de saída do clube pode até estar em equação por parte de PC e dos seus pares, podendo até com esta decisão voltar o clube a fazer mais um bom encaixe financeiro com a sua venda, pois valor futebolístico não lhe falta e interessados também não, e quem sabe promover à equipa principal mais uma pérola da equipa B em ascensão, Ivo, que já provou que tem uma qualidade acima da média.


Por: Natachas.




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