#FCPorto #PaçosFerreira #Quaresma #Lopetegui
Após triunfo na estreia perante o Marítimo, o FC Porto
desloca-se neste sábado à Mata Real, defrontando o Paços de Ferreira (jogo que será transmitido por stream AQUI), equipa
agora orientada por Paulo Fonseca, que na temporada anterior não foi feliz na
passagem pelo FC Porto e agora regressou ao conjunto pacense, ele que está
ligado em termos históricos ao clube, até porque foi com Paulo Fonseca ao leme,
que o Paços de Ferreira alcançou a melhor classificação de sempre na Primeira
Liga, permitindo inclusive atingir o playoff da Liga dos Campeões.
Contrariamente a 2012/2013, dificilmente este Paços de Ferreira poderá
ambicionar mais do que a manutenção no principal escalão do nosso futebol. Em
termos de saídas, registar como principais baixas, os abandonos de Tiago
Valente, André Leão e Bebé.
No sentido inverso, o médio Vasco Rocha (irmão de Romeu Rocha) acaba por ser
nesta altura um dos principais reforços, sem esquecer os jogadores que
regressam após empréstimo e serão certamente importantes ao longo da época.
Na ronda inaugural disputada no Estádio da Luz, diga-se que
o Paços de Ferreira montou uma boa estratégia e dificultou muitos dos pontos
fortes do adversário com bola, bloqueando espaços na zona interior, sempre com
a linha defensiva e intermédia próximas umas das outras, saindo para o ataque
pela certa, onde aí faltou provavelmente outro tipo de dinâmica e intensidade.
Uma das novidades promovidas por Paulo Fonseca diz respeitante ao sistema
táctico. Tradicionalmente, o Paços de Ferreira ao longo do anos se apresentava
num 4-3-3 (alternando o meio-campo com um médio defensivo/dois pivot´s), no
entanto, para 2014/2015, o 4-4-2 parece que veio para ficar e foi precisamente
esse o sistema lançado no jogo frente ao Benfica. Atendendo à boa resposta dada
por quase todos os jogadores que iniciaram a partida, é de prever que Paulo
Fonseca mantenha grande parte do onze.
Assim sendo, o quarteto defensivo deverá manter-se com o Jaílson – foi
provavelmente o elo mais fraco da defesa na Luz – na direita e o Hélder Lopes
sobre a esquerda (se bem que mais cedo ou mais tarde o Nélson Pedroso deverá
agarrar o lugar), jogando à frente do guardião Rafael Defendi, os centrais
Ricardo Ferreira e Ricardo.
Sobre o meio-campo e ainda sem contar com o médio Romeu Rocha, a dupla Sérgio
Oliveira e Seri (curiosamente dois jogadores que jogaram juntos na equipa “B”
portista) estão de pedra e cal no onze. Numa primeira fase de construção, o
Sérgio Oliveira inicia a sua condução, ele que possui uma boa capacidade de
passe e visão de jogo, como tal, o FC Porto terá que ter uma certa atenção,
sobretudo nos lançamentos em profundidade para o sector ofensivo e igualmente
aos esquemas tácticos ofensivos cobrados pelo jovem médio português. Quanto ao
Seri, é essencialmente um atleta de muito trabalho, importante para as
coberturas, sendo incansável na luta de meio-campo, procurando igualmente estar
sempre bem posicionado, de forma a receber a bola e jogar de pronto para
terrenos mais adiantados.
Nos corredores laterais, o açoriano Minhoca não esteve particularmente feliz no
primeiro jogo e pela melhoria da equipa após a entrada do tecnicista Rúben
Ribeiro, esta poderá ser efectivamente uma das novidades no onze dos Paços. Na
outra ala, o experiente Manuel José deverá ser o eleito, ele que está ligado de
forma negativa ao desaire na Luz, uma vez que durante o primeiro tempo
desperdiçou uma grande penalidade, isto quando o resultava acusava uma
igualdade a zero golos.
Enquanto o Minhoca ou mesmo o Rúben Ribeiro, são jogadores com maior propósito
ofensivo, já o Manuel José, além da profundidade que coloca no corredor, é um
jogador que dá um bom auxílio ao lateral e quando necessário garante
competência no fecho do espaço interior. Quanto ao ataque, o regressado Hurtado
– recuperado e bem por Paulo Fonseca – fará dupla com o possante Cícero, outro
jogador que se encontrava emprestado. É uma dupla que ainda não fez mossa,
sendo que o Hurtado serve como um “9,5”, conferindo bastante mobilidade no último
terço, enquanto o Cícero faz valer e muito da utilização do seu físico, de
forma a ganhar os duelos individuais.
No FC Porto, este encontro surge no intervalo da
eliminatória de possível entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões e
atendendo ao acumular de jogos num curto espaço de tempo, não seria de
estranhar caso o técnico Julen Lopetegui proceda a alterações no onze inicial, isto apesar da saída de Quaresma da convocatória e quiçá do clube, até pela qualidade que o plantel apresenta, não seria algo descabido isso
suceder.
Numa fase ainda tão precoce da temporada, acima de tudo é
necessário vencer e fazer evoluir os processos que o treinador espanhol
pretende implementar na equipa, para no futuro o FC Porto possa estar num nível
elevado e que possa atingir os objectivos propostos para a nova época.
Por: Dragão Orgulhoso
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