#FCPorto #LigadosCampeões #Futebol #BluePunisher
Em grande destaque esta semana no universo do FC Porto está
de forma inequívoca o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Este feito é muito importante não só para as finanças do Clube como também para
o seu prestígio além-fronteiras.
Aproveito para endereçar os meus parabéns aos dirigentes,
atletas e equipa técnica do FC Porto por terem conseguido um dos objetivos para
a presente época. Este objetivo alcançado poderá aumentar a confiança da equipa
nas suas potencialidades e fazê-la estabilizar de forma a alcançar patamares
exibicionais mais consistentes e permanentes.
Poderá discutir-se se o futebol apresentado no momento pelo
FC Porto é suficiente para as exigências competitivas desta nova época,
houveram alguns bons momentos, que deixaram um pequeno “aroma” do que esta
equipa poderá ser capaz de produzir, no entanto em termos gerais apenas o setor
defensivo parece estar afinado.
No entanto não deveremos ir do 8 ao 80, é necessário dar
tempo ao tempo, e reconhecer que está a ser construída uma equipa nova do zero
e o treinador é novo, e está ainda num processo de identificação, adaptação e
aprendizagem à sua nova realidade profissional.
Parece-me que esta equipa será capaz de altos voos e de
proporcionar grandes espetáculos como muitos adeptos anseiam. O potencial de
crescimento é enorme, o talento está lá e não engana, as opções são mais que
muitas, apenas faltará fechar o plantel com um substituto credível ao Casemiro
(a crescer a olhos vistos!). Se é o holandês Jordan Clasie ou outro logo se
verá.
Quanto ao jogo propriamente dito disputado no Estádio do
Dragão nesta Terça-Feira frente ao Lille, o que se poderá dizer é que o FC
Porto entrou bem, criou algumas oportunidades, viu novamente uma grande
penalidade quando o marcador estava 0-0 ser-lhe sonegada pelo árbitro (falem-me
em coincidências só penso na “mão invisível” do francês da UEFA!).
Nos primeiros 20 minutos da partida mesmo sem criar grandes
oportunidades de golo o FC Porto controlava as operações e jogava bem e com confiança.
Passado esse bom período a equipa desconcentrou-se e desorganizou-se e valeu o
acerto defensivo ou desacerto francês no momento do último passe ou na
finalização.
Por alguns minutos que pareciam nunca acabar pairaram
“nuvens de dúvida” no ar, até porque a magra vantagem trazida de França poderia
ser rapidamente anulada num lance mais ou menos fortuito. Na segunda parte com
outra disposição e procurando de novo “a felicidade” o FC Porto entrou
determinado a selar o apuramento e o “efeito Brahimi” encarregou-se do resto!
Grande jogador, grande velocidade, grande técnica, grande
visão de jogo, aproveitem bem e deliciem-se com este mago argelino, porque
provavelmente ficará pouco tempo no Dragão a continuar a este nível ou até
ainda a níveis superiores. Para além de ter sido o “abre-latas” de serviço
neste jogo com um primeiro golo importantíssimo e belíssimo, foi fundamental
pelo que fez jogar e pela “alegria futebolística” com que “contagiou a equipa”.
O passe mortal para Jackson que com um remate na passada aproveitou para sentenciar
o encontro e a eliminatória é de mestre, ou se quiserem de mágico!
Ainda em destaque neste jogo porque uma equipa não é só um
jogador, por muito bom que ele seja uma vez que o futebol é um desporto
coletivo, destaque para a solidez defensiva do FC Porto com os centrais Maicon
e Indi em grande plano e os laterais Alex Sandro e Danilo igualmente em muito
bom plano.
Casemiro fez uma exibição muito boa e segura, e era bom que
nunca precisasse de descansar, dada a falta que faz. Jackson cumpriu desferiu o
seu “veneno mortal” à ponta de lança como se espera, mas fez mais do que isso,
eu que sou insuspeito por elogiá-lo porque muitas vezes aqui apontei algumas
situações menos agradáveis sobre este jogador. E escrevo que fez mais que
cumprir, pois demonstrou que está com a cabeça no FC Porto, e espelhou
entusiasmo em cada passo que deu no relvado, é um Jackson diferente e renovado
que saúdo e espero que esteja para durar.
Quanto aos restantes Herrera fez uma exibição regular e segura,
tendo auxiliado Casemiro nas tarefas defensivas no meio campo Portista assim
como na condução da bola para o ataque, nem sempre bem mas com entrega e raça.
Os “putos” Óliver e Rúben Neves estiveram “apagados” e a espaços denotaram
algum nervosismo, compreende-se dado o que estava em causa. Ainda têm muito que
crescer e aprender, no entanto pelo que já demonstraram, certamente serão
capazes de melhorar no futuro e ser mais constantes em termos exibicionais.
Fabiano foi um senhor na baliza, apenas teve um deslize que
poderia ter saído caro, mas acontece aos melhores, e se calhar o relvado
molhado e por consequência bola molhada explicam aquela bola a fugir-lhe das
mãos que nos causou grandes calafrios. Vá lá que resolveu rápido e bem e o
lance não teve consequências negativas.
Mal posso esperar para ver o Aboubakar em ação nesta equipa,
ele que poderá jogar a extremo. Imagino o potencial e “poder de fogo” que isso
possibilitará à equipa, carenciada de melhorar e de ganhar identidade em termos
ofensivos.
Feita a análise do jogo
virão para os cofres do Clube vários milhões de euros que são naturalmente
bem-vindos, para além da Liga dos Campeões ser “a tal montra” onde todos os
atletas ambicionam demonstrar o que valem, valorizando também passes de atletas
com bom desempenho nesta prova. É uma competição de excelência onde estão os
melhores e só os mais fortes sobrevivem.
Conhecidos os grupos sorteados na Liga dos Campeões, o grupo
H onde o FC Porto calhou tendo por adversários o Atlético de Bilbau, Bate Borisov
e Shakhtar Donetsk não é o mais difícil mas também não é o mais fácil entre os
sorteados. Neste grupo o FC Porto tem tudo a perder, especialmente porque é
claramente o favorito e equipa com maior “pedigree”, algo menos que isso no seu
desempenho na prova saberá a fracasso, todos esperam não só o apuramento do FC
Porto mas também que vença este grupo. Nem que seja subconscientemente!
Uma análise mais a frio identifica muitos riscos e ameaças,
desde logo um Atlético de Bilbau que é uma equipa forte e personalizada sem
medo de grandes jogos e grandes ambientes, há o experiente e sempre
imprevisível Shakhtar Donetsk recheado de bons jogadores e um Bate Borisov que
tem que ter qualidade caso contrário não estaria neste lote dos melhores.
Também há a desvantagem das longas viagens à Europa de Leste
(Bielorrússia e Ucrânia) que ninguém gosta de fazer especialmente se
coincidirem com o rigoroso Inverno naquele ponto do globo. E infelizmente uma
deslocação com risco de segurança à Ucrânia, embora teoricamente para uma zona
“segura” (Kiev) longe dos confrontos e violência que infelizmente assolam
aquele país.
Resta desejar que corra tudo bem nesta fase de grupos da
Liga dos Campeões e que o FC Porto entre com o pé direito aproveitando o
primeiro jogo em casa contra o adversário “teoricamente” mais acessível do
grupo para vencer e amealhar os primeiros três pontos. A importância de entrar
a vencer nesta prova e ainda de pontuar nos jogos caseiros tem-se revelado
crucial ao longo do historial de participações do FC Porto nesta prova.
Refira-se a título de curiosidade que esta será a 19ª
participação nesta prova, e podemos orgulhar-nos de dizer que estamos no lote
restrito de colossos europeus com tal marca, tais como Real Madrid, Barcelona e
Manchester United.
Também é curioso que o desejo do nosso conhecido André
Villas-Boas obteve materialização, defrontará o clube do regime na Liga dos
Campeões em vez do FC Porto, aliás o grupo do recreativo de Carnide é muito
interessante. Só me consigo lembrar das “manitas” e reviravoltas do mestre
André ao recreativo de Carnide, permite-me pedir-te André, repete a dose! Hulk
podes ir afinando a pontaria e ajustando a mira!
A Chama do Dragão é Eterna!
FCP Sempre!
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