Nessa entrada de leão
De semblante Ninjutsu
Um rosto tapado, cru
Corre ‘alameda do Dragão!
E espera hostilidades
De peito feito, furtivo
Um leão de alto crivo
Pródigo em “cordialidades”
E chegado ao Dragão
Trajado de negritude
Uma vítima, quem acude!?
Emboscado sem razão!
Uma centena, ceifada
De belos rapazes do coro
Que juntos, luziam ouro
Corridos, pois, à pedrada!
Por esses aldeões, malévolos
Que grotescos, mentecaptos
Fizeram do grupo, farrapos
Que nisto fugiam, incrédulos!
Rapazes bons da cidade
Não fazem mal a uma mosca
Gente da claque, s’aposta
Em sua plena mocidade!
Qu’o diga o bom do Manha
Nesse Jornal de respeito
Da Cofina, sem despeito!
Era do Macaco, a façanha!
E julgados no pasquim
Por esses actos condenados
Os Super-Dragões recordados
Nessa vergonha…Enfim!?
A cabeça, como incha!?
E não é só o lampião!
Desta vez até o leão
Tem uma cabeça que pincha!
Queriam batatas, vencer!
Ir ao Dragão, pr’a ganhar!
O Manha queria lucrar…
Pr’a essa capa vender!
Mas outra capa saiu
A do comunicado chorão
C’o ataque ao leão
C’o Calimero carpiu:
Qu’eles não sabem ganhar!
Serão sempre pequenos!
E as nossas tarjas, perdemos!?
Só nos apetece chorar!
E o balneário vazio!?
Sem televisões, gravadores?
Só com cadeiras, sem estores!?
E o ambiente…tão frio!?
E a recepção à chegada?
O Bruno só, sem comendas?
Sem hostilidades, ou prendas?
Perdendo’o jogo, que maçada!?
Somos Viscondes, citadinos!
Vós sóis provincianos!
Aldeões, “matarruanos”!
Que tanto vencem, pequeninos!…
Mas a grandeza é de leva
Não de vencer, por costume
Pois que perdendo, s’assume
Esta nobreza da gleba!
Dos tempos da outra Senhora
Que por decreto e por arte
O nosso símbolo, estandarte
Vencia a rodos, outrora…
C’o a música, com violinos
Engrandecidos, correctos
Sobr’os saloios, insurrectos
Qu’aí já eram pequeninos…
E depois, esta estranha liberdade
Com novos conceitos, lições
Esse acesso às multidões
A vitória como possibilidade?
Esta estranha democracia
Em qu’os pequenos já vencem
Qu’os aldeões, nos convencem
Que fomos grandes, um dia?…
E que pequenos, conquistem!?
Ganhando muito, sem mais
Sem estilo ou arte, boçais…
E mais vencendo, resistem!?
E nós leões, estes Reis!
Viscondes, Marqueses, Duques!
Tod’a a panóplia, Arquiduques!
Perdendo em grande… Cruéis!
Por: Joker
1 comentário:
Gosto muito de ti, leãozinho...
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