Foi o Orelhas, deslumbrado
Visitar a cidade da luz!
O seu percurso dourado
Sonha c’a final, Jasus!?
E não contente c’o sonho
Investe p’la cidade ousado
Tem o seu Deus por patrono
E Saint-Germain é renegado!
E de peito cheio, no Parque
À vista dos seus seguidores
Faz a sua reza, com arte…
A missa, não mostr’os louvores!
E nisto o franco Santo ordena-se
Convertendo todos, um a um
E nesse belo latim, confessa-se:
Lignum tortum haud unquam rectum!
E nisto, cai o Santo do altar
E toda a liturgia s’objecta
Como continuar a pagar…
Quatro milhões ao profeta?
Só pr’a anunciar o dilúvio?
Questiona-se o Il Osservatore!?
Mais vale pagar ao Vitrúvio
Pr’a nos construir algo melhor…
E todo a Cúria abana
Nos Paços da Travessa Queimada
Até o Delgado reclama
Que não passa mais uma jornada!
E logo o Monsenhor Manhoso
Nos põe água na fervura
O dilúvio não é pantanoso
Ainda sobra espaço e altura!
E quase perdidos na fé
De lá atingirem o Nirvana
Jesus, que não o de Nazaré
Na Grécia, vê a salvação eterna!
Afinal, está lá o Roberto!
O Milagreiro do fundo!
O pescador do mar aberto
É a nova ‘sperança do mundo!
E d’alento na sede episcopal
Jesus, tem-se em renovada fé
O Papa, tev’a sua besta infernal
Mas, sabe-se irresoluto e crê:
Qu’a vida tem a sua própria volta
E não há acção sem consequência
A fé, se colocada à prova
Torneia-se na sua maior referência
Por isso, que continuem a rezar
Na fé dos autos dos pasquins
O caminho, não visa esse altar
E a luz não vem dos querubins!
S’o desejo é ascender aos céus
A fé é sustentada no labor
Bazófias, servem os “fariseus”
Qu’o jogo é obra do criador!
Por: Joker
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