O lançamento em Portugal das equipas B já não se pode considerar um projeto de contornos inovadores. Há cerca de uns anos atrás os principais clubes portugueses também se lançaram num processo idêntico a este, e se a memória não me atraiçoa, penso poder dizer com toda a legitimidade que também como agora, o projeto era considerado de uma importância crucial para o futuro de muitos talentos que se têm perdido nas nossas escolas de futebol.
Só que naquela altura, devido ao facto de as equipas B só poderem competir no campeonato da 2ª. Liga B, por si só não conseguiu trazer os resultados que muitos clubes se propunham a alcançar, tendo o antigo projeto paulatinamente se começar a depauperar na componente e na génesis desportiva para que foi criado, com algumas exceções é certo, onde o Marítimo até tem feito um excelente trabalho, mas inequivocamente sem a valorização em termos globais dos clubes pioneiros desta iniciativa desportiva na área do futebol profissional.
Como sendo já uma certeza, para o próximo ano futebolístico teremos em marcha um novo projeto de equipas B, só que agora, e a meu ver bem, com a possibilidade de as mesmas poderem participar na Liga de Honra, trazendo desta forma uma maior competição e aprendizagem de jovens promessas, num campeonato extremamente competitivo onde todos os anos é difícil apostar com rigor nos clubes que poderão subir ou descer de divisão, e ainda com a possibilidade de a qualquer momento cada jogador poder ser chamado à equipa principal, o que me parece de primordial importância, tanto para o desenvolvimento contínuo do jogador, como também para o próprio clube que o criou, que legitimamente pretenderá retirar um aproveitamento direto através de mais-valias.
Todavia, os clubes que irão competir nestas condições terão que ter em conta as despesas inerentes a este projeto, e saber tirar daí a devida recompensa desportiva, com a introdução de jogadores na sua principal equipa de futebol, e não como agora acontece que em vez de isso ser uma realidade, por vezes deixam sair para fora do país autênticos talentos que a troco de alguns milhares de euros vão para outras paragens por não terem quem apostem neles, ou por os clubes não terem o cuidado devido na continuidade dos seus contratos enquanto jogadores amadores.
O modelo implementado em Espanha no Barcelona e no Real Madrid, clubes de topo mundial e que servirão aqui como exemplo, será um bom indício para o futuro deste novo projeto em Portugal, tendo em conta o que as suas academias desportivas têm em conjunto formado autênticos craques do futebol mundial, repercutindo-se com o decorrer dos anos em resultados desportivos excelentes, tanto nos seus clubes como ao serviço da sua seleção nacional, esperando-se que por cá também saibam tirar partido dum projeto com pernas para andar, mas já com alguns anos de atraso em relação ao que se faz de bem por essa europa fora.
Por: Natachas.
Sem comentários:
Enviar um comentário