Alessandro |
Os dados novos estão ainda por avaliar. Fernando Santos segura-se ao 4x3x3 habitual e mantêm o investimento no monopólio Jardel, mas está longe de ter concluído o processo de superação da saída de Zahovic. Enquanto houver dúvidas a respeito das reais características dos reforços, o engenheiro terá sempre dificuldades pontuais para resolver, neste ou naquela posição. Depois pode acontecer que o velho esquema funcione ainda melhor do que no ano passado, ou então será necessário alterar qualquer coisa na táctica, em função da alta qualidade de jogadores como Alessandro.
Desiludir não será o termo, mas o extremo brasileiro parece ter reprovado na segunda página do exame. A primeira foi fácil: é tão virtuoso como diziam as crónicas e a sua fluência no drible afiança grandes rendimentos. Se estiver na direita, garante provavelmente mais sarilhos do que Capucho, no mesmo lugar – embora mantenha aquela típica descontracção brasileira que, por vezes, rouba ritmo à equipa. O problema é o outro flanco. Alessandro foi contratado a pensar também na esquerda, presumido o total cabimento de Drulovic na posição de Zahovic, naquele vácuo entre o meio-campo e o ataque.
Novidade é também Argel, o central que só agora começa a revelar-se. É sabido que a relativa lentidão sempre foi considerada a única falha da actual dupla de centrais do FC Porto, notada sobretudo na Liga dos Campeões, uma competição permanentemente jogada em equilíbrio precário. A contratação de Argel, mais móvel e mais rápido, é entendida como uma medida profilática que permitirá ao FC Porto aumentar um grau nos riscos que correm quando se aventuram na caça aos milhões. Mas essa é sempre uma convicção académica, isolada da ciência que, a partir de agora, acrescentará realismo a tantas previsões.
Fonte: Jornal "O Jogo"
Por: Nirutam
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