sábado, 25 de agosto de 2012

Segunda Liga: FC Porto - D. das Aves ( Antevisão)







Aproxima-se mais um jogo complicado em perspectiva para a nossa equipa "B", uma vez que o Aves é das equipas mais fortes deste campeonato e o momento para os dragões não é de todo o melhor, com os três empates alcançados até ao momento.





No que diz respeito a qualidade de jogo o D. das Aves foi das equipas que melhor futebol praticou na Segunda Liga e não seria escandaloso caso tivesse alcançado a subida, uma vez que tinha plantel para isso, contudo as coisas não correram de feição.

Será difícil substituir João Pedro, Tiago Valente, Nelson Pedroso, Pedro Cervantes, Pedro Pereira e Pires, ou seja, estamos a falar da saída de seis titulares! Apesar de tudo, o Aves é sempre uma equipa candidata aos primeiros lugares dados os atletas que contratou, existindo mesmo condições de lutar pelos primeiros lugares.

Além destas saídas importantes, realçar igualmente a mudança de técnicos, Paulo Fonseca substituído por José Vilaça, em virtude da sua ida para a Mata Real para o Paços Ferreira.

Até fecho do mercado, provavelmente o clube Minhoto poderá receber mais um ou outro reforço que possa somar qualidade, mas atendendo aos disponíveis para este encontro, não acreditamos que o técnico proceda a muitas alterações em relação ao último encontro. Uma das suas últimas aquisições prende-se com o empréstimo de Marafona (um dos melhores guarda-redes desta Liga), tratando-se de um regresso, mas em virtude de ter chegado mais tarde, pelo menos nestes primeiros jogos o Rui Faria deve manter o posto entre as redes.

Defensivamente, o expectável é apostar nos laterais Leandro e Mamadu, sobre o lado direito e esquerdo respectivamente, com a dupla de centrais formada pelo experiente Élvis e por João Paulo. No meio-campo, não deverá existir igualmente qualquer alteração, isto é, Tito como pivot defensivo (é um "crime" nunca ter jogado na Liga Sagres), como interiores Lourenço (excelente aquisição) e Grosso, sendo que no ataque deverá ser composto pelo trio formado por Valdinho (existe possibilidade de Dally jogar no seu lugar) e Vasco Matos nas alas, com o Rabiola a ser o ponta de lança.

Neste campeonato a experiência é fundamental, algo que tem faltado às equipas "B", mas a época é bastante longa e com o tempo as coisas irão melhorar. Atenção à velocidade colocada pelo Aves no último terço do terreno e situações de bola parada.

Na nossa equipa, Sérgio Oliveira será baixa certa (expulso no jogo diante do Portimonense) e do onze que se apresentou em Portimão, a única novidade poderá ser o regresso do David Bruno ao onze, mas atendendo à forma como Rui Gomes vem trabalhando a equipa juntando ao facto de não ser um técnico de muitas mexidas, o mais provável é manter o mesmo onze, incluindo a titularidade de Pedro Moreira.



Palavras do Treinador:

«ESTAMOS MUITO PRÓXIMOS DA VITÓRIA» - RUI GOMES

Rui Gomes espera um jogo de “muitas dificuldades” contra o Desportivo das Aves (domingo, às 18h00), mas acredita que a primeira vitória do FC Porto B não tardará. Depois de três empates nas rondas iniciais da Segunda Liga, toda a equipa está focada na conquista da totalidade dos pontos em disputa neste regresso ao Estádio de Pedroso.

Adversário impõe respeito, mas não assusta

“É assumido pelo Desportivo das Aves que são dos principais candidatos à subida e, por isso, as dificuldades são as expectáveis para um jogo contra uma das equipas mais fortes, mais maduras e experientes da competição. O Desportivo das Aves tem bons jogadores, uma equipa de qualidade e com muita experiência. Já no ano passado andou sempre nos lugares cimeiros e esteve até ao fim a lutar pela subida, que não conseguiu. Este ano mantém os objectivos e quer subir de divisão, portanto espero um jogo difícil, como têm sido todos os jogos deste campeonato.”

Cansaço é superado pela motivação

“Pode acontecer [os adversários] estarem mais frescos, porque tiveram a possibilidade de alterar o jogo de quarta-feira passada, coisa que nós não pudemos fazer, e isso pode ser uma vantagem. Mas estou convencido de que, atendendo aos cuidados que estamos a ter na recuperação e na preparação, a condição física não será um factor decisivo no jogo. Poderá ser, mas nós esperamos que, com o trabalho que temos feito, essa diferença seja esbatida e que possamos, por outro lado, rentabilizar o ritmo competitivo que temos vindo a ganhar com esta densidade competitiva e que isso se traduza numa maior intensidade e maior qualidade no nosso jogo.”

Foco total nos três pontos

“Sinto mais frustração do que ansiedade [por ainda não ter ganho]. Fiquei com a sensação, em cada um dos três jogos, que o resultado podia ter sido diferente a nosso favor. O jogo de quarta-feira voltou a confirmar essa ideia. Quando uma equipa quer muito ganhar e, por motivos diversos, fica com a sensação de que as coisas poderiam ter corrido melhor, tem de lidar com a frustração de não ganhar uma, duas e três vezes. Não digo que isso retire confiança, mas cria alguma impaciência e, seguramente, alguma frustração, que todos temos pelo facto de os resultados não estarem a corresponder ao que queríamos. Espero é que em termos de vontade, intensidade, entrega e comprometimento com o jogo isso não tenha qualquer tipo de influência e possamos entrar em campo da forma que temos feito, com uma enorme vontade de vencer.”

Ninguém pensa em baixar as expectativas

“Penso que haveria um risco grande de isso acontecer, se os jogadores não sentissem que de facto têm estado ao nível do que o jogo tem pedido. Se as nossas expectativas fossem muito elevadas e depois aquilo que nós estivéssemos a confirmar na disputa de todos os jogos fosse inferior, por não estarmos a conseguir acompanhar esse ritmo e essa complexidade, aí admito que teríamos de reformular e reequacionar os nossos objectivos. Não é isso que tem acontecido e, pelo contrário, sentimos que estamos muito próximos de ganhar, mas, simplesmente, não estamos a conseguir. Temos de procurar a vitória ainda com mais vontade, porque não estamos assim tão longe quanto isso.”

Anderson Silva, para crescer e ajudar

“Para já, o Anderson traz-nos mais uma opção para a posição de defesa-central, porque só tínhamos duas. É um jogador que ainda vem “em bruto”. É um jogador muito jovem, com hábitos de jogo muito diferentes dos nossos, porque no Brasil o que se pede a um central é algo muito diferente do que se pede aqui, mas vemos nele potencial e margem de progressão e esperamos que ele se consiga adaptar a nós, à nossa forma de jogar e ao futebol europeu. Espero que ele possa, se não a curto prazo, a médio prazo, acrescentar algo a esta equipa e, um dia, quem sabe, à equipa principal do FC Porto.”

Futuro será risonho para todos

“Todos os jogadores desta equipa poderão chegar ao plantel principal. Há que notar é que se trata de jogadores muito jovens, com pouca experiência e ainda a atravessar um processo de crescimento, que passa precisamente por mostrar competências para poder chegar à equipa A. Estou convencido de que daqui a algum tempo estaremos a falar de um patamar de rendimento muito diferente, ainda mais elevado, com jogadores ainda mais confiantes e mais próximos daquilo que realmente valem. Esta não é a melhor altura para fazer essa avaliação [de quem poderá atingir, ou não, o plantel sénior], mas a vontade de todos eles é mostrar muito e é natural que isso até lhes possa tirar algum discernimento, mas todos estes jogadores têm grande ambição e, quando tudo isto estabilizar, já teremos uma ideia muito mais próxima daquilo que eles poderão realmente render no futuro.”


Por: Dragão Orgulhoso
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