segunda-feira, 3 de novembro de 2014

D. Chaves 0 - 0 FC Porto B - O bom, o mau e os Vilões

#FCPortob #Chaves #SegundaLiga


A nossa equipa secundária deslocou-se esta tarde a Chaves para defrontar a equipa local em jogo a contar para a 13ª jornada da maratona que é esta II Liga. 

Esta visita tinha tudo para ser interessante. Visita a um estádio com um ambiente mais vivo que a maioria, contra um candidato à subida. Sem reforços da equipa principal. Um bom teste aos nossos jovens. Um daqueles jogos que são de facto mais uma etapa na preparação para outros vôos.

Trouxemos 1 ponto ou perdemos 2, depende do período do jogo. Tivemos o bom jogo na primeira parte e um mau período no segundo tempo. O bom e o mau separados por alguns minutos. Este bom/mau é mais importante que o resultado até.

A equipa apresentada por Luís Castro não fugiu ao que temos visto quando os não utilizados da equipa A estão indisponiveis. Victor Garcia está lesionado, David Bruno é a opção. Lich e o xerife Zé António como centrais. A opção Kayembe, o lateral vem alternando com Rafa. Tomas a trinco, Francisco Ramos e Tiago a interiores. No ataque a mobilidade continua a ser a ordem. Três avançados soltos, nenhum verdadeiro 9.

Esta equipa tem algumas semelhanças mas muitas diferenças na forma de abordar o jogo. Se a procura da posse, do futebol mais apoiado e do controlo do jogo se mantêm, a forma de o conseguir é diferente. O bloco defensivo não é tão avançado como na equipa principal, há menos espaço nas costas. É também um jogo menos largo, os extremos não abrem tanto e jogam mais perto do médio interior do seu lado. Mais centro, menos largo. A equipa transmontana montou-se de forma a explorar transições em velocidade.

O jogo começou de acordo com o esperado. Mais bola e mais dominio da nossa equipa. mais velocidade no jogo flaviense.

Apesar desse aparente dominio que as estratégias podiam indiciar, vimos ocasiões equilibradas em número. A primeira real oportunidade até foi da equipa visitada. O Porto respondeu pouco a seguir.

A nossa equipa apresentava duas garantias. Ivo e Tomas.

Ivo era a garantia que criávamos perigo no ataque. Ao primeiro sinal de perigo do Chaves, respondeu com mais perigo ainda uns minutos depois. Uma jogada que nos faz sorrir. Com um toque em habilidade, bola por cima de 2 adversários que ficaram para trás, combinou com o colega e rematou para boa defesa. Ivo foi sempre o mais perigoso, quer no centro onde começou, quer quando trocou com Roniel e foi para a extrema esquerda. 

Tomás a garantia de estabilidade no meio campo, fundamental no nosso jogo. Inteligente a ocupar espaços, bem a destruir. Bola recuperada e entrega simples e com critério. A fazer o jogo rolar.

Foi uma boa primeira parte, com algumas boas indicações e com o jogo dominado. Equipa compacta e jogadores a mostrarem que o futuro também passa por eles.

O regresso dos balneários mostrou o mau. Dominío do jogo? Que é isso? Falhas individuais e colectivas, algumas lacunas já eram conhecidas. O adversário a crescer e a criar situações atrás de situações. Aos 5 minutos e já o Chaves tinha tido melhores oportunidades que nos primeiros 45. Uma perdida perto dos 50 minutos foi escandalosa. Ataque rápido, jogo aéreo a funcionar e o passe a sair perfeito. Também de cabeça, junto à marca de penalti e sem oposição o avançado nem acertou na baliza de Kadu. Foi o mau, o período menos conseguido.

Estávamos a perder o controlo do jogo e Luís Castro teve o seu momento de boa leitura. Arnold estava a colocar Kayembe em apuros, o seu flanco estava a ser aproveitado. Respondeu com a entrada de Rafa e a subida do ex-Standard. Funcionou na perfeição. Na defesa e no ataque.

Ao perigo criado pela equipa da casa respondemos com uma incursão de Rafa pelo flanco, cruzamento rasteiro para novo remate de Ivo.

O golo estava mais perto de acontecer. O jogo estava a partir. A má noticia é que antes, pelo futebol mostrado na 1ª parte, a probabilidade de ser nosso era bem maior. 

Já vimos o bom e o mau. Passemos aos vilões. 

Primeiro Bruno Esteves. É um facto que a bola bateu no braço de Lichnovsky. É também verdade que a bola foi chutada a um metro e o central chileno nem teve tempo de se mexer, não fez qualquer movimento. Típico caso de bola na mão e não o contrário. felizmente para o nosso emblema quem marcou foi displiscente e atirou ao lado.

O segundo vilão terá de ser luís castro. Tal como a equipa mostrou o bom e o mau. Muito bem a fazer entrar rafa. perigo identificado, arma escolhida acertada. mas porquê Pité apenas aos 91 minutos? Que era suposto este talentoso jogador fazer no minuto que faltava? Pela sua valia não tinha sido uma aposta válida bem antes?
  


Análises individuais:

Kadu: Tem uma agilidade tremenda. Vôo felino a agarrar um remate do adversário. Todavia, minutos depois, larga uma bola fácil. Nos cruzamentos continua a ficar muito perto da linha de baliza.

David Bruno: Exibição competente. Não teve grandes falhas. Também não teve grandes rasgos. Cumpriu. 

Lichnovsky: Uma das figuras nas últimas jornadas, uma quebra enorme de rendimento hoje. Nota-se que tem cultura na posição, sabe quando e onde dobrar. Joga bem de cabeça. Teve uma falha enorme no 1º tempo. tentou sair a jogar e atrapalhou-se com a bola. Resultado: maior situação de perigo na 1ª parte. 

Zé António: O caso distinto de todos os outros. A voz de comando que é sempre necessária. Não tem as capacidades do colega mas é imprescindivel para quem joga com ele.

Kayembe: Tem razão de existir a sua adaptação. Parece ser a posição que melhor se enquadram nas suas caracteristicas. Ofensivamente até rende mais se surgir de trás. Notórias e normais dificuldades defensivas quando Arnold o colocou à prova. Melhorará jogando e a rotação com Rafa parece que vai durar.

Tomas: No futuro verá estes jogos como essenciais no seu crescimento. Destruiu e construiu. Meteu o pé quando necessário. Teve de manter sempre a concentração na sua zona. fê-lo com brio e mestria. Se o fizer regularmente está aqui mais uma opção para 6. E que bom será ver Ruben e Tomas a discutir o lugar! Depende dele em primeiro lugar. 

Francisco Ramos: Esforçado e certinho. Cumpriu mas longe de deslumbrar.

Tiago Rodrigues: Tem outro andamento e isso nota-se. Dá a sensação que consegue mais, mesmo quando faz um bom jogo como foi o caso.

Frederic: Duas boas ocasiões. Na primeira atirou ao lado, na segunda permitiu a defesa. 

Roniel: Bons pormenores mas largos períodos de ausência. Ter passado pelo centro do ataque também não o favoreceu. Bem substituido aos 60. Nota-se que sabe tratar bem a bola. A ver como evolui.

Ivo: Este rapaz é um quebra-cabeças para as defesas. Que tinha técnica sempre o mostrou. A objectividade que tem mostrado esta época é também de enaltecer. Sempre muito mexido, a cair entre linhas para se dar ao jogo quando estava no meio e a encarar os adversários quando foi para a ala. O perigo passou sempre pelos seus pés. Uma das figuras a ter em conta para o futuro.


Rafa: Entrou e Arnold desapareceu. Entrou e vimos um cruzamento a ter finalização. Entrou e melhoramos. Simples.

Leandro: Parece ter perdido o lugar para Francisco Ramos. Entrou a 20 minutos do final para o lugar de Tiago Rodrigues.

Pité: O jogo pedia a sua entrada bem mais cedo. Entrou a 1 minuto do fim. Nem foi suficiente para aquecer do frio que se fazia sentir. 
 
FICHA DE JOGO

Desportivo de Chaves-FC Porto B, 0-0
Segunda Liga, 13.ª jornada
2 de Novembro de 2014
Estádio Eng. Manuel Branco Teixeira, Chaves

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Rodrigo Pereira

DESPORTIVO DE CHAVES: Paulo Ribeiro; João Góis, Ícaro, Paulo Monteiro e Miguelito; João Patrão, Guzzo e Tarcísio Silva; Hugo Santos, Luís Barry (cap.) e Luís Pinto
Substituições: Hugo Santos por Arnold (46m) e Luís Pinto por João Mário (81m)
Não utilizados: Stefanovic, Bruno Magalhães, João Vieira, João Vicente e Miguel Ângelo
Treinador: Luís Norton de Matos

FC PORTO B: Kadú; David Bruno, Igor Lichnovsky, Zé António e Kayembe; Tomás Podstawski, Francisco Ramos e Tiago Rodrigues; Roniel, Ivo Rodrigues e Frédéric
Substituições: Roniel por Rafa (59m), Tiago Rodrigues por Leandro Silva (73m) e Frédéric por Pité (90+1m)
Não utilizados: Raul Gudiño, Diego Carlos, Graça e Pavlovski
Treinador: Luís Castro

Ao intervalo: 0-0
Disciplina: cartão amarelo a Luís Santos (21m), João Góis (43m), Tiago Rodrigues (71m), Paulo Monteiro (71m), Guzzo (86m), Lichnovsky (89m) e Paulo Ribeiro (90+3m)

 Por: Paulinho Santos


1 comentário:

Anónimo disse...

Tiago Rodrigues e Ivo merecem já outros palcos.

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