Com toda a legitimidade que lhe é devida por direito próprio como selecionador nacional, Paulo Bento deu a conhecer a todos os portugueses e a quem o quis ouvir, os 23 eleitos para o próximo europeu de futebol na Polónia e Ucrânia.
Como não podia deixar de ser, logo após alguns minutos da divulgação em directo da convocatória, começaram logo a ser debuxados alguns comentários de aceitação controversa e contraditória, tendo em conta algumas opções do selecionador nacional que sob pena de melhor opinião, poderão ser pouco condizentes com certas vontades e justificações técnicas e táticas do cidadão comum.
Na minha qualidade de pessoa atenta a estas situações desportivas sempre de ordem discutível e por vezes de difícil justificação, entendo que a convocatória de Paulo Bento de uma forma geral foi elaborada com o rigor que se esperava, justificada de uma forma clara e assumida com a frontalidade que o caracteriza, no que concerne a tomadas de decisão anteriores, muito ao jeito do nosso selecionador nacional, todavia, nestas coisas de escolhas limitadas haverá sempre lugar a certas injustiças ou mesmo esquecimentos, tendo bem patente o rendimento de certos jogadores convocados em relação a outros que ficaram de fora das opções de Paulo Bento.
Nas escolhas para a linha média, nomes como Hugo Viana e Manuel Fernandes, seriam também excelentes opções para completar o plantel, sendo mesmo o médio do Braga, quanto a mim, a principal peça que encaixaria que nem uma luva no lote dos 23 jogadores, tendo em conta as suas características específicas e únicas como um médio com qualidade de colocação da bola à distância, sendo que aqui teríamos o problema da sua substituição em desfavor de Rúben Micael ou mesmo Miguel Veloso, que foram ambos objeto de convocação quase permanente ao contrário de Hugo Viana no sentido inverso, mas que quanto a mim, mais uma vez não deixaria de o convocar pelas razões acima referenciadas. No que concerne ao ataque da seleção nacional, quer-me parecer que continuamos com a mesma lacuna de sempre, isto é, não temos desde o tempo de Pauleta um avançado com as características de um “matador”, que tanta falta faz num evento tão importante como este, onde por vezes é essencial o tal toque de classe destes jogadores para decidirem uma partida num único lance de génio.
Por último há a lamentar algumas ausências de vulto, e mesmo sabendo das razões que levaram Paulo Bento a agir desta forma, poderiam ter sido ultrapassadas com diálogo entre as partes, e que certamente iriam trazer qualidade e mais-valias à seleção, como Bosingwa e Ricardo Carvalho, principalmente este último devido ao facto de, na minha ótica só termos um central de inegável categoria internacional, Pepe, já que Bruno Alves, na minha ótica, denota já uma qualidade futebolística um pouco a desejar, para além das outras opções também não serem muito melhores.
No cômputo geral, e analisando ao pormenor as opções do nosso selecionador nacional, entendo que no grupo dos 23 eleitos existe da minha parte uma enorme coincidência de ideias, quanto à estrutura global e à espinha dorsal da equipa principal, somente discordo da opção do Eduardo que eu substituiria pelo Quim, e do Rúben Micael em que eu dava uma oportunidade ao Hugo Viana pelas razões já atrás referenciadas.
E como todos temos sempre uma costela de treinadores de bancada, e gostamos também de meter a nossa colherada nestas coisas do futebol, arrisco-me a projetar a minha equipa tipo para o Europeu: Patrício; João Pereira; Pepe; Bruno Alves; Fábio Coentrão; Raul Meireles; João Moutinho; Carlos Martins; Cristiano Ronaldo; Hugo Almeida e Nani.
Sendo importante que a partir de agora, independentemente das nossas opções pessoais e clubistas muito evidentes nestas avaliações, todos juntos teremos o dever de considerar este grupo de trabalho como a seleção de todos os portugueses.
Por: Natachas
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