sábado, 20 de setembro de 2014

Ópera

#FCPorto #Champions #Brahimi #Argélia


Uma ária de Verdi
D’Aida ou Nabuco!
E o herói mameluco
De nome Brahimi!

No coro de vozes
O grave lamento
No acontecimento
Entre vítimas, algozes…

A conquista por tema
D’escravos e senhores
Sopranos, tenores…
Na ópera em cena!

No palco, a beleza
Do teatro d’ópera
O Dragão por “Cleópatra”
Na figura de Deusa!

E no centro do Nilo
Sobressai um Faraó
Sem pejo ou dó
Vencendo o inimigo!

Um Rei coroado
Na noite de estreia!
Que tod’a plateia
“Levanta o estrado”!

Em hurras e vivas!
Sobressai o tenor
Magrebino, o cantor
Em odes sentidas!

Uma epopeia
Cantada em três cantos
E mais três sopranos
Cantam a outra meia!

E na confluência
De tão grandes vozes
Quais árias, quais odes!?
São palmas d’audiência!!

Não quinze minutos
Batidos em uníssono
Pela voz dum barítono
Que canta em sussurros…

São palmas sentidas
D’arrebatamento!
Pelo envolvimento
De vozes subidas!

Que s’ouvem além
Pr’a lá do país
Em cartel, ao que se diz
A que não falta ninguém!

Um elenco internacional
De travo hispânico
De coro messiânico…
Numa ópera nacional!

E na origem do delta
Qu’o Libretto adorna
Em Bellini, a Norma
Do encanto da celta!

Uma mescla de temas
Em seis actos de sonho
Qu’o crítico bisonho
A trauteia, apenas…

E arrisca o assobio
No teatro sagrado!?
Nesse palco montado
Ao seu maior fastio….

Há quem não entenda
O significado da ópera
Ou a história da Europa
Na musicalidade da lenda

Por isso assobiam ao vento
A insustentável ignorância
Na total protuberância
Do seu desconhecimento!

E nisto trauteiam
Uma opereta-buffa!?
A quem os escuta…
Que já escasseiam!

Só há audiência
Nos palcos a sul
Do assobio azul?
Haja paciência!?

O que lá s’escuta
Agora é Bel-Canto
Da ópera, o encanto
Das vozes em luta!

E tal como Verdi
A inspiração!
De tod’uma nação
E de Garibaldi!

Entoando “Nabucco”
No coro dos escravos
Dos Saboias, os estados
Forjaram o Itálico!

Hoje como outrora
A ópera é história!
No qu’esta vitória
Se fez arrasadora!

Tal qual Aida
“Qu’abriu” o Suez
O nosso “Radamés”
Dá a própria vida

Em nome do amor
Qu’é o tema de sempre
Na alma que sente
A pena do autor

Assim é o Porto
No tema do canto
E qual não é o espanto:
O herói não jaz morto!


Por: Joker

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