O FC Porto deslocou-se este sábado ao pavilhão daquele clube
que adoramos vencer em jogo a contar para a 5ª jornada da fase final do
campeonato. Continuamos em boa posição para um inédito hexa. Estamos a um ponto
do Sporting e temos menos um jogo jogado. Faltam 5 finais. Dependemos de nós. O
rival de hoje praticamente disse adeus ao título.
O nosso clube teve uma pausa na competição na semana
anterior devido à final da Taça de Portugal. A forma encontrada de manter o
ritmo foi um torneio em Espanha.
Sem baixas, Obradovic entrou com em campo com o 7 inicial
mais habitual. O esquema defensivo também sem surpresa, o habitual 6*0. Os
coisinhos também sem baixas e com uma defesa 6*0.
Tal como se previa foi um início equilibrado. Sem grandes
diferenças no marcador. Ao fim dos primeiros 10 minutos uma vantagem tangencial
para o nosso emblema (3 - 4). Destaque nesta fase para Schubert, o autor dos
nossos 2 primeiros golos. O primeiro do seu posto especifico, o 2º na conclusão
de um contra-ataque.
Curiosamente foi após a nossa 1ª exclusão que nos
conseguimos superiorizar à equipa adversária. Essa exclusão, pouco depois dos
10 minutos foi para Tiago Rocha. Ainda se mantinha o mesmo resultado com um
golo de vantagem nosso. Eles podiam empatar mas Laurentino defendeu e
conseguimos arrancar um ataque rápido que Gilberto concluiu. Em desvantagem
numérica conseguimos pela primeira vez mais que um golo de diferença. mais
importante ainda, não sofremos qualquer golo durante os 2 minutos de
desvantagem numérica. Excelente defesa!
Foi o nosso melhor período no 1º tempo. Conseguimos um novo
contra-ataque para Spínola concluir. Schubert ainda aumentou mais a vantagem
com a sua já habitual rosca. Em poucos minutos conseguimos um fosso de 4 golos
(5 - 9). A base deste disparar no marcador foi sobretudo a acção defensiva.
Conseguimos limitar as situações de remate, eles iam somando falhas técnicas.
Em consequência desso sucesso defensivo conseguimos colocar em uso uma das
nossas maiores armas, a saída rápida para o ataque.
Aos 20 minutos o marcador mostrava um 6 - 9.
Isto depois de nova exclusão (Ferraz) onde voltamos a não
sofrer. Aliás, nesta altura apenas nós tínhamos exclusões. Quem via um José
Costa do outro lado a agarrar, empurrar, bater como o fez não podia deixar de
achar estranho este facto.
João Ferraz foi expulso logo a seguir. Convém realçar que
Ferraz não teve a mínima intenção de tocar. Mas a verdade é que tocou mesmo na
cara de Semedo que ficou maltratado e acabou por sair de campo. As melhoras
para ele.
A equipa sentiu esta expulsão. Até porque antes dos 2
minutos terem terminado já Wilson tinha recebido nova exclusão por igual
tempo.
O resultado ao intervalo era apenas uma vantagem de 1 golo
para a nossa equipa. 10 - 11. Estava tudo em aberto para o 2º tempo.
Obradovic fez a troca habitual de guarda-redes ao intervalo.
Entrou Quintana que, logo nos primeiros segundos defendeu um livre de 7 metros.
O equilíbrio continuou a ser nota dominante. Eles ainda passaram para a frente
antes dos 5 minutos mas a vantagem mínima para o nosso lado continuava a ser o
resultado ao fim dos 10 minutos (16 - 17).
Tivemos uma excelente oportunidade para voltarmos a ganhar
uma vantagem mais confortável. Ganhávamos por 18 - 19. No espaço de poucos
segundos o adversário teve duas exclusões. Íamos ter quase 2 minutos com mais 2
jogadores. Não aproveitamos. Não sofremos (mau era) mas não marcamos nenhum
golo. E tivemos oportunidades para isso. Falhamos dois remates aos 6 metros. O
primeiro por Spínola, o 2º por Schubert.
Pior que isso, sofremos quando eles voltaram a ter os 7
jogadores e passamos para trás no marcador (20 - 19). Obradovic resolve voltar
a fazer entrar Laurentino, hoje estava mais inspirado. Resultou, logo na 1ª
jogada defendeu um remate de Dario aos 6 metros.
As exclusões começaram a ser uma constante para o nosso
lado. Ricardo Moreira foi excluído, logo a seguir nova exclusão por um jogador
ter entrado antes do tempo.
A 10 minutos do fim, pela 1ª vez estivemos a perder por 2
golos (22 - 20).
Continuava o ritmo das exclusões. Raro era o momento em que
não estivéssemos com menos 1 em campo. Mesmo assim chegamos aos 5 minutos já
empatados a 23.
Tudo se ia decidir nos minutos finais. Não tivemos golos nos
primeiros 2 minutos e meio. Quando surgiu esse golo foi para nós. Spínola a
entrar aos 6 metros e a marcar.
Não é surpresa mas no ataque seguinte nova exclusão, desta
vez para Rosário. Livre de 7 metros que Quintana não conseguiu suster. Novo
empate e nem 2 minutos faltavam. O rival tinha vantagem numérica e fez pressão
a todo o campo.
Nesse ataque tentamos arranjar o melhor espaço e tempo para
marcar. Já perto do limite de jogo passivo perdemos a bola e eles saíram em
contra-ataque e marcaram.
Faltava menos de 30 segundos e tínhamos de marcar, estávamos
a 1. Obradovic faz entrar Alexis como guarda-redes avançado. Wilson joga com o
pivot e Tiago Rocha a rodar sobre José Costa e a marcar. GOLO! A 3/4 segundos
do fim conseguimos empatar. Muito bem Tiago Rocha.
Faltavam poucos segundos e o treinador adversário utiliza a
mesma estratégia de Obradovic. Coloca um guarda-redes avançado. Tiago Rocha
tinha sido excluído depois de marcar por atrasar a reposição de jogo.
Ainda tínhamos uns segundos. Íamos defender com
tudo...
A bola no meio campo. José Costa falha o 1º passe logo na
saída. Gilberto está atento e intercepta a bola. A baliza está deserta era só
marcar. GOOOOOOLO! Fantástico. Ganhamos! Mágico! Excelente Gilberto, a atenção
dele deu-nos a vitória. Do nosso lado merecidos festejos. Do outro uma azia do
tamanho do mundo. Também merecida.
Surreal. A 10 segundos do fim perdíamos por 1. Conseguimos
ganhar. Não há minuto 92 no andebol mas os jogos duram mesmo 60 minutos... E
todos os segundos contam...
Equipa
e marcadores:
Hugo
Laurentino (g.r.), Gilberto Duarte (6), Wilson Davyes, Tiago Rocha (5), João
Ferraz, Ricardo Moreira (3) e Mick Schubert (4). Jogaram ainda: Alfredo
Quintana (g.r.), Alexis Hernández, Pedro Spínola (6), Hugo Rosário (2).
Por: Paulinho Santos
1 comentário:
Uma santa e feliz Páscoa. Com tudo o que de melhor possa trazer a renovação da natureza, própria do tempo pascal.
http://memoriaporto.blogspot.pt/
e
http://longrahistorico.blogspot.pt/
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