#FCPorto #Futebol #desporto
Eu tenho um sonho pensado
De viver num mundo igual
Onde cada um como tal
Possa ter um postulado
E nessa sua razão de ser
A verdade seja uniforme
Ond’a fartura ou a fome
Tenha igual força e poder
E por serem pólos distantes
Opostos do mesmo género
Seja no eterno ou efémero
São verdades agora ou antes!
Por isso não s’entende
Que no gozo da conquista
A verdade benfiquista
Sej’a única que distende!
Têm trinta-e-três
Ditos campeonatos!
E em noventa-e-três
Vinte-e-seis exactos!
E s’em vinte anos
Ganharam mais três!
Não dá trinta-e-três!?
Trinta sem enganos!
O que aqui se passa
É um paradigma!
E um novo cisma
Na ciência exacta?
Alguém m’elucida
Como se contabiliza
Campeonatos da Liga
À moda antiga?
Se vinte-e-sete mais três
Dá apenas trinta!
Há alguém que minta
Nestes trinta-e-três?
Porque a verdade
Não sendo absoluta
Não admite permuta
C’a mentira a metade!
E esta contabilidade
Arrasta preceitos d’outrora
D’antes como agora
Dos tempos da “mocidade”:
Porque vencendo são gloriosos
Vencendo outros são corruptos
E só com “fruta” têm usufrutos
Eles não roubam, são meticulosos!
E apontam-nos erros primários
Nós que vencendo mais que ninguém
Seja no burgo ou um pouco mais além!
Não somos sequer seus adversários…
E esta soberba sobra
Seja na festa ou no lavrar das canas
Investem no gáudio durante semanas
Lá por vencerem o campeonato de sobra…
E ainda assim gritam por aí…
Depois de quatro anos de jejum!
Que festa por ganharem apenas um!
O que fariam se fosse um tri?
E o destaque dessas televisões?
Directos, especiais encarnados!
Tonis, Serpas, Manhas, Delgados!
Unanimismos, grossas multidões!…
Tenho este sonho arreigado
De viver uma verdade uniforme
Ainda qu’o pensamento se tome
Ao seu universo moldado
E existindo tantas visões
Com’as almas qu’o habitam
Que numa verdade reflictam:
Trinta-e-três vezes campeões?
E ainda qu’assim seja
E essa soma fosse exacta
Depois da liberdade, que marca
Ostent’o benfica que se veja?
Quem é o campeão d’Abril?
O benfica por vencer
Este campeonato qu’a ver
Lhes serve de marca hostil?
Por isso mantenh’o sonho
Dessa verdade patente!
Onde eu e tod’a gente
Conte pelo mesmo punho
E saiba qu’ao somar
Tudo é clarividência!
E que nessa magna-ciência
Trinta seja número par!
E qu’ao somar-se três
Como número redondo
Nessa “verdade”, o ponto
Valha dois e não três…
Por: Joker
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