terça-feira, 15 de setembro de 2015

Zelotas!


ZELOTAS!

Sou um “seguidor”
Dessa seita austera,
Porque vou pr’a guerra
C’o meu treinador…
E numa expressão,
Sim, sou um Zelota!
Não passo dum idiota
Nessa convicção…

Sou quase um “crente”
Pois, nessa defesa!
Falta-me a esperteza
Do adepto inteligente!

Que por reflectir,
Sabe mais da poda!
Pois qu’a grande moda
Já não é “seguir”!

É pois contestar
A nossa política,
E a liderança mítica
P’lo papaguear…

Já sou duma seita,
Uma minoria!?
E pois quem diria
Do qu’esta massa é feita!?

Chovem impropérios,
Críticas, teorias…
Um ver-se-t’avias
Em tantos textos “sérios”…

Querem pois mudar,
Esta liderança…
Já estão em cobrança
No que falta jogar!?

Batem no espanhol
Por tod’o motivo:
Não é combativo,
Nem traz futebol!

E se mal fala
Esta lingua lusa,
A vontade é escusa
S’o Espanhol se cala…

Tudo serve o jeito
Da sua razão!
Qu’esta “multidão”
Está no seu “direito”!

É a liberdade
De assim escrever,
Pois tem mais poder
Pela “infabilidade”!

Que mudou de lado;
Não é mais do Papa!
É de quem o “topa”
Como “desacreditado”!

E nessa “revolta”
Em qu’a turba s’agita,
Tanto mais se grita,
S’a pena se solta!

Veja-se o Zelota
Se ousa apoiar,
Sem assobiar!?…
Precisa d’escolta!

Pois por isolados
Na nossa adesão,
Como um “lampião”…
Somos infiltrados!

Tudo por decreto,
E por fatalidade!
Só há uma verdade
Pr’o real adepto:

For’o treinador
E a nossa SAD!
E a “santidade”
Do grande mentor!

Pois que por finito
Na marcha do tempo,
Há maior exemplo
Da força do mito?

E só o Zelota
Não é pro-activo,
E só no seu crivo
Isto não é derrota!!

Estamos a cair
Num grande vazio…
Que Porto se viu
Qu’ainda possa vir?

Como acreditar
Neste seu projecto,
S’o ano transacto
Não deu pr’a ganhar?

Na revolução
Duma nova equipa,
Quem ainda acredita
Em ser campeão?

E se por simpatia
O espanhol é rude…
Diz lá quem o sabe,
Que nunca lhe sorria…

Como pois vencer,
Só com os Zelotas?
Se só com derrotas
Se pode perder!?

É pois o dilúvio,
E o Titanic!
E o clube a pique,
C’o homem de vitrúvio!

Há anos qu’os vejo
Sempre a predizer,
Que vamos perder!!
(Porque é seu desejo)

Querem ter razão
Fora do seu tempo,
Que lhes lev’o vento
Tanta afirmação!

Qu’ainda “há pouco”
Campeões d’Europa,
Quando este Zelota
Tal gritou por rouco!

E já os “cabecilhas”
Do Porto “perfeito”
Tinham por direito
Escrever “maravilhas”!

E nada mudou
No mundo “moderno”
Qu’o ciclo é eterno,
E a vida, acabou?

Tanta vozearia,
Gritos, assobios!
E mais “atavios”
Por quem (então) “reflectia”?

É deixar correr
O tempo e a forma…
Que vind’a retoma
Pouco há a escrever!


Por: Joker

9 comentários:

Jorge Vassalo disse...

Bra-vo! Por causa dessa expressão estúpida me ter como alvo (não só, mas também) lhe digo, Joker:

Obrigado! É isso tudo!

Abraço Azul e Branco,

Jorge Vassalo | Porto Universal

Joker disse...

Obrigado eu, caro Jorge, pelas suas palavras!

A sua forma de estar, e a inspiração que se extrai do seu blogue é um bálsamo para todos os zelotas deste Porto Universal.

Forte abraço!

dragao vila pouca disse...

Eu como já sou zelota há mais de 45 anos, já não me incomodo muito, deixo-os pousar e sigo o rumo traçado sem ligar ao ruído à volta.

Abraço

Joker disse...

Mais um zelota como vejo poucos...

Abraço, caro Vila Pouca!

Silva disse...

Chamaram?! :) Não somos tão poucos assim hein?!...

Penta disse...


«zelota»?!
oui, c'est moi (aussi!) :D

abr@ço
Miguel | Tomo III

Joker disse...

Forte abraço, a ambos os dois! ;-)

Anónimo disse...

Grande poema,

Partilho de tudo. E se ser contido e não ser de 8 e 80 é zelota, já somos uma grande seita, sim :)

Saudações,
Fábio Pinto da Costa

Sérgio de Oliveira disse...

Bem visto (pertinente) e melhor dito !

Abraço

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