O bom vendedor
Não é pois quem vende,
É quem mais surpreende
Como promissor!
E em tais propostas
Nega-as por curtas!
Qu’as vendas estão certas,
Nas novas apostas!
E vender promessas
Por esses valores?
Que são os melhores
Vistos às travessas!
Ter o italiano
Que não joga nada…
Que a si se paga
Tão só neste ano?
Por vinte milhões
Queria-o a Roma!?
Mas é parca soma
Pr’a estes glutões!
Veja-s’o Cavaleiro
Que saiu por muito!
Mas nesse intuito
O valor é feio…
Dizem os franceses
Que foi só por três!?
É vendê-lo outra vez
A esses fregueses!
E com’o Roberto
Uma tripla venda,
Para que s’aprenda
O valor correcto!!
Queriam o Guedes?
Também só por vinte!
Pois qu’isto é acinte
Dizer “hádes, hádes”!
E o bom do Nico
Não saiu porquê?
Porque não há quem dê
Menos qu’o seu triplo?
E s’até ao Jonas
S’elevou a cláusula,
Porque quem lhe pega
Paga mais nas retomas…
E s’até o Lima
Só saiu por sete,
Foi porque s’investe
Em promessa plena…
Pois c’o esse guito
Veio o Raúl,
C’o laçarote azul
Em embrulho bonito!
Mas se por metade
E se nem chegou…
O Mendes amortizou
O valor na SAD…
E em tantas vendas
Em páginas a soldo,
Se virmos o bolo…
Sobram as emendas!!
Sim, qu’é tudo lucro
Nas vendas etéreas,
E em propostas sérias
O valor é bruto!!
É tudo certezas
De chorudos negócios!
E os pasquins são sócios
Em notícias “tesas”…
Qu’o desejo é farto
De muito lucrar…
Mas por s’apurar,
Nem um só lagarto?
Nada pois vendido
Lá por Alvalade…
Tanta mocidade
E nem um só crescido?
Um negócio visto
Como peixe graúdo!
C’o país está mudo
No qu’o Porto é disto!
Mais de cem milhões
De vendas “fictícias”,
Que mal dão notícias
Nessas comparações…
Pois no que comprou
Investiu a rodos!
E só com maus modos,
É que muito lucrou…
E por comparação
Mais vale a promessa,
Que vender “à pressa”
“Sem lucro” na mão!
E vender da equipa,
Sete jogadores!?
Muitos promissores…
Na casa dos trinta?!
É pois preferível,
Anunciar a venda,
Sem que dessa encomenda
Haja um transferível??
Tanta “Literatura”
Em ditos “jornais…
São todos iguais,
Só muda a “moldura”!
Dizem-se vanguarda,
Bíblias do desporto,
E o país está morto
S’a “imprensa” salva…
Como pois viver,
No meio da mentira,
Pr’a fingir cultura
Neste ensandecer?
Quem pois acredita
Na democracia,
Se é este a via
De quem “a” publica?
Há nisto a lógica
Da pura verdade?
É esta a sociedade
Que transport’a ética?
Pr’a vender jornais
Tudo lá s’inventa…
E o povo aguenta
Pois disso quer mais!?
Há qu’alimentar
O sonho incessante,
Qu’até do Cristante
Se pode lucrar?
É disto que gosta
O meu povo ignaro:
Qu’o valor é caro
Mas de grande aposta…
E que vai lucrar
Pois milhões a eito,
E o negócio está feito!!
É só publicar!!?
Por: Joker
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