quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Por-menor


Foi num pormenor
Qu’o Porto venceu!
E um só golo deu
Pr’a vencer o melhor!

O único que quis
Pois vencer o jogo,
E nesse arrojo
Quanto mal se diz?

São tant’as desculpas
Vindas dos lampiões,
Que são mais Dragões
A imputar as culpas!

Como se não bastasse
Os ditos jornalistas,
Que de tão moralistas
Um golo não chegasse?!…

Tinha que massacrar
O Porto renovado,
Pois que d’outro lado
Bastava empatar…

Uma nova equipa…
Contr’o mesmo projecto
Que lhes deu o ceptro!
E qu’hoje claudica!!

E jogando atrás
Merecia vencer?
Para assim perder,
Por não ser capaz!

E invocar o Dias
Como único culpado
Pelo resultado…
E a vitória, querias?

Já não há respeito
Na equipa pequena?
Que só assim é plena
Pois perder é feito!?

Que com eles contem
Pr’os outros duelos!
Qu’eles “fortes e belos”
Nunca se desmentem…

E há concordância
Nessa onda crítica,
Qu’este benfica
Não perdeu importância…

E se só perdeu
Num último suspiro…
Um pormenor! Um tiro!
Tud’o mais venceu!?

Ganhou uma equipa
Que já vai a quatro!
Um pormenor barato…
Em derrota rica!

Num só pormenor
A bola no barrote,
E no “vistoso corte”
Do Luisão, andor?

Tudo um pormenor
Quase irrelevante…
Não foss’o instante
Que ditou o vencedor!

Essa obra-de-arte
Como coisa menor?
Só um pormenor…
Ou coisa de dislate?

Ver assim a Vitória,
Por condicionada…
Naquela jogada?
Nada meritória?…

Apenas um acto,
Um acaso fugaz?
Qu’ao perder o gaz
O benfica é fátuo?

E ser comprimido
Nesse seu meio-campo,
Qu’até causa espanto
Ter sobrevivido…

Para assim “vencer”
Mesmo na derrota,
Que quase nem se nota
Por tão mal se ver…

Pois, na pequenez
Desse matador…
Foi esse por-menor
Que valeu por três!!


Por: Joker

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