As voltas qu’o mundo dá
Em três décadas, apenas…
Sejam grandes, pequenas…
Desse mundo já não há!
Tudo muda, evolui
Em pequenos pormenores
De cujos percursores
A ideia já nos flui!
E o mundo transparece
Na mudança quase súbita!
Que nos ressalt’a dúvida
Se tudo isto acontece!?
Ainda me sobr’a memória
Do tempo em que chorava…
Era pequeno, e sonhava
C’uma singela vitória!?
O meu clube, tão pequeno…
Desse bairro tão distante!
E eu pequeno “emigrante”
Era em Lisboa, “Tchecheno”!
Era de tal forma, insólito
Ser-se adepto desse clube
A qu’esse tempo s’alude…
Que me viam no neolítico!
Pois eterno perdedor
Nesse meu clube tripeiro…
Qu’eu Ernesto Ribeiro
Era tido por sonhador….
Como ser-se adepto
Do azul-e-branco
Em Lisboa? Espanto!!
E qu’estranho repto….
Nesse gosto exótico
Por “causas perdidas”
E sonhá-las vivas
No meu jogo “neurótico”!
E assim crescer
Nessa forte esperança
Tend’a confiança
D’assim as viver!
E mudar o mundo
Nessa nova ciência
Em qu’a consciência
Está no micro-segundo!?
E o mundo mudou…
Dum momento pr’o outro!
E o Mestre Pedroto
O que lá fez, sonhou!
Um novo paradigma
Neste país parado…
Qu’estava acostumado
A um campeão, por sina!
Do tempo d’outra Senhora
Qu’era mais compassado…
E o campeão reencontrado
A tod’a hora!
Um mundo mais previsível
C’as águas por si, paradas…
E as massas manipuladas
No irreversível!…
Um mundo mais condizente
Ao tempo qu’é controlado.
Fazendo disso um primado
O Homem ausente…
Mas nada contém o sonho
A capacidade de pensar!
E o tempo começ’a contar
Porque eu disponho!
E outro mundo se criou
No espaço da Liberdade
Qu’o tempo, em velocidade
Já duplicou!
E o tempo vai dispondo
A história que s’escreve:
Ao sol, à chuva, à neve…
O mundo é redondo!
Por: Joker
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