#benfica #capela #FCPorto #HóqueiemPatins #BluePunisher
No início da presente época futebolística
tínhamos a impressão que o plantel colocado à disposição do novo treinador
daria todas as garantias, e que finalmente haviam duas opções válidas e
credíveis para cada posição em campo. Inclusivamente, ganhou corpo a ideia que
em 2014/2015 o FC Porto tinha um plantel de luxo que permitia sonhar e encarar
os objetivos propostos com otimismo.
Raramente na história do futebol sénior do
Clube, foram satisfeitas praticamente todas as vontades e exigências de um
treinador como Julen Lopetegui teve o privilégio de obter. Era para nós um dado
adquirido que não seria por falta de qualidade do plantel que poderiam ficar
comprometidos os objetivos pelos quais o Clube lutaria esta época.
O treinador sendo desconhecido e criando
alguma curiosidade e até dúvidas era o elemento em toda a “equação
futebolística” que mais interrogações levantava. A última época tinha sido uma
completa desilusão e fracasso, falharam-se todos os objetivos, até o apuramento
direto para a Liga dos Campeões. Não existia margem para um novo falhanço,
muito menos com a mesma amplitude ou semelhante ao que aconteceu em 2013/2014.
A paciência dos adeptos tinha esgotado e a
SAD do FC Porto sabia-o. Quando tomei conhecimento do nome de Julen Lopetegui e
procurei saber mais do seu percurso enquanto treinador, receei tratar-se duma
espécie de “Carlos Queiroz Espanhol”.
As expectativas para 2014/2015 eram as
melhores dado o trabalho feito pela SAD, apesar da dúvida sobre o novo
treinador, e a “delapidação inesperada” do plantel do clube do regime ainda
reforçava mais as nossas esperanças e convicções. Existiam razões para estarmos
otimistas e até para deixar-nos “levar nas asas dos sonhos”, assim o novo
treinador soubesse transformar um plantel rico numa grande equipa.
Iniciou-se a competição oficial e assegurada
a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões de forma competente e
segura, calhou-nos em sorteio um grupo que foi rotulado como “fácil e ao nosso
alcance”, onde tínhamos a obrigação de nos qualificar e talvez até de acabar em
primeiro lugar.
Não concordando com parte do “rótulo”
colocado ao grupo da Liga dos Campeões onde o FC Porto ficou inserido, pois a
facilidade ou dificuldade de um grupo é vista com o decorrer da competição, era
de fato um grupo à primeira vista ao nosso alcance, pelo que desta vez o
sorteio nos tinha sido favorável.
Na fase de grupos desta competição o FC Porto
cumpriu com distinção o que se esperava, tendo ficado muito próximo de igualar
o seu recorde de pontos nesta competição, terminando-a sem derrotas e com um
dos melhores ataques, o que é notável e de assinalar.
No plano interno com “as originalidades e
vicissitudes” muito peculiares do nosso país, cada jogo realizado revestia-se
de um duplo desafio. O FC Porto deveria ser capaz de superar as limitações
próprias duma nova equipa em construção, com um novo treinador procurando
conhecer a realidade competitiva do novo país para onde tinha vindo trabalhar.
Assim como, resistir e dar a melhor resposta
às tentativas de desestabilização que eram mais do que esperadas, provenientes
de arbitragens “habilidosas” e outras jogadas de bastidores provenientes de
diversos quadrantes como por exemplo da comunicação social ou Liga de Clubes.
Infelizmente longe vão os tempos em que o
Clube respondia aos ataques e tentativas de enfraquecimento do exterior com
provas cabais de força, pujança, personalidade e garra. A nível interno a
campanha até ao momento tem sido dececionante.
Existem várias explicações, a que mais
interessa aos interesses instalados associados ao colo colo de Carnide é a de
que as sucessivas experiências e rotatividade promovidas por Julen Lopetegui
foram a causa da falta de estabilidade e regularidade do FC Porto e daí as
perdas de pontos que sucederam, assim com a eliminação prematura da Taça de
Portugal.
Não é por acaso que vemos e lemos com
regularidade a defesa desta tese um pouco por todo o lado na comunicação
social. É também uma estratégia para confundir a massa adepta do FC Porto e distraí-la
da verdade e do que realmente está a suceder, criando também como efeito
"secundário" uma crescente antipatia para com o novo treinador.
Se alguém sério e isento analisar o presente
campeonato (nem vou incluir a Taça de Portugal nesta análise) e calcular os
pontos ganhos ou perdidos com erros de arbitragens pelos três principais
candidatos ao título, facilmente chegará à conclusão sobre quem tem sido o
maior beneficiado.
Até o insuspeito e “nada Portista” Rui Santos
da SIC há algum tempo atrás fez uma análise do género a que chamou algo do tipo
“classificação real” e “classificação atual”, e concluiu que o FC Porto iria à
frente sem os erros graves que têm marcado as arbitragens neste campeonato.
Isto não deve ter caído nada bem ao regime. No entanto, não é uma surpresa para
ninguém.
Hoje surgiram declarações do Presidente do FC
Porto em que afirma ser mais fácil ganhar no bilhar porque não há árbitros
assistentes. Saúdo uma reação por parte do dirigente máximo do FC Porto!
Finalmente! Mas não será tarde de mais? Parece que o andor vai tão firme,
formoso e seguro que só parará lá para Maio de 2015. Veremos o que isto dá, é
insustentável que tudo continue como está, é demasiado escandaloso para não
existirem consequências.
Apesar dos erros cometidos pelo estreante
Julen Lopetegui no escalonamento dos onzes iniciais em alguns jogos, dos erros
defensivos e falta de eficácia ofensiva da equipa do FC Porto em boa parte do
campeonato disputado até ao momento, não é suficiente para explicar a
desvantagem pontual de 6 pontos para o primeiro classificado.
A recente derrota no Estádio do Dragão ante
ao colo colo de Carnide é um dos resultados mais mentirosos dos últimos tempos,
para nossa grande infelicidade. O FC Porto produziu futebol mais do que
suficiente para ganhar e até golear. A estrelinha da sorte sorriu aos
visitantes, mas quem joga com 14 sempre tem maiores possibilidades de êxito.
Terei sido só eu a ver o Lima marcar o
primeiro golo com a ajuda do braço esquerdo? A “poupança na amostragem de cartões”
a jogadores do colo colo, como o Jardel, Maxi, o Samaris poupado a uma expulsão
com um “simpático cartão amarelo”?
Para cúmulo dos cúmulos, comentadores afetos
ao FC Porto (dizem eles!) armados em politicamente corretos (eu diria mansos
idiotas úteis) vieram para a frente das câmaras de televisão admitir que
tínhamos perdido bem aquele jogo, que o adversário tinha sido superior!
É de
bradar aos céus!
O que aconteceu ao espírito guerreiro que
existia neste Clube, a começar nos dirigentes, que conseguiam propagá-lo pela
“pirâmide organizacional” até chegar a aqueles que em campo vestem a nossa
camisola? Será que tantos anos de sucessos amoleceram-nos, acomodaram-nos,
adormeceram-nos de forma tão profunda que demoraremos anos a acordar?
Isto não é o FC Porto! É uma imitação de má
qualidade! Porquê uma permanente tremedeira dos nossos atletas sejam defesas,
avançados, médios, que sentem tanto medo de falhar, em vez de recear falhar,
porque não viver com a excitação, com o sonho, com a magia de saber que podem
triunfar, sorrir e ser felizes?
Não haverá falta de trabalho de
acompanhamento psicológico aos atletas que vão chegando ao clube, de forma a
conseguirem lidar com a responsabilidade e exigência de uma forma mais
equilibrada e proveitosa para o Clube?
Infelizmente o hóquei em patins que era um
dos baluartes do Clube caiu também em declínio, e demonstra constrangedores
sinais de fraqueza nos momentos das grandes decisões nas provas em que está
envolvido. Havia a esperança de que os erros do ano passado seriam corrigidos
este ano e tudo seria diferente, começam a pairar nuvens cinzentas de dúvida
quando a isso!
Se calhar estão a ser dadas demasiadas
oportunidades a quem não sabe ou não é capaz de fazer melhor, refiro-me ao Tó
Neves. De certeza que há outras opções válidas para assumir o comando técnico
da equipa de hóquei. Com o Tó Neves cometemos a “proeza” de perder uma final
europeia na nossa casa ante ao colo colo de Carnide, quando mais uma vez
pecamos por falhas defensivas e falta de eficácia ofensiva. E isso parecendo
que não é uma espécie de “fantasma” que persegue a nossa equipa de hóquei em
patins.
Voltando ao futebol, Julen Lopetegui
demonstra que acredita no seu trabalho e é corajoso, não monta estratégias
ultra defensivas a apostar na “lotaria” ou seja, no erro do adversário, como
alguns catedráticos da nossa praça que agora são muito elogiados. Curiosamente os
elogios a este último vêm dos mesmos que no passado tinham três pedras na mão
para atirar e desejavam o seu afastamento perante o estrondo de gigantescas
derrotas. Enfim a hipocrisia do costume cá no burgo, nada de novo.
Esta atitude de Lopetegui poderá custar-lhe
uma época de amarguras e deceções porque no plano interno com os campos
inclinados que se têm visto, não basta ter os melhores jogadores e jogar
melhor, há outros fatores a ter em conta. De forma habilidosa os homens do
apito conseguem enervar e condicionar uma equipa, e se essa equipa é
inexperiente e formada por jovens jogadores o cenário piora como é o caso do FC
Porto.
Se Lopetegui jogasse à “Trapatoni” reuniria
maiores possibilidades de sucesso por incrível que pareça neste futebol estranho
que temos, não se expunha tanto ao risco, logo não estava tão vulnerável. Claro
que não é isto que desejo, espero que o nosso treinador consiga estabilizar o
futebol do nosso Clube, dar-lhe solidez, maturidade, competitividade, arte e
beleza, de forma a dar gosto assistir aos jogos do FC Porto, chamando público
aos estádios.
Não sejamos “líricos”, algo tem de mudar,
temos de ser mais matreiros, pragmáticos, competentes nos jogos para conseguir
os nossos objetivos, não só corrigindo erros defensivos mas também falta de
eficácia ofensiva, o FC Porto tem de voltar a ser uma equipa que não falha no
momento das grandes decisões.
É aqui que tem acontecido a diferença que nos
tem penalizado tanto. Mesmo com os enormes e permanentes roubos que temos sido vítimas
e os benefícios no sentido inverso ao colo colo de Carnide, fosse este FC Porto
um Porto Vintage, nada nem ninguém nos impediria ou desviaria dos nossos
objetivos.
Às vezes fico a observar os “pernas de pau”
que compõem a defesa do colo colo de Carnide e fico intrigado ao pensar que
nenhum deles é melhor que um atleta nosso em posição equivalente, mas nota-se a
diferença quando estão em campo, exibem confiança (se é pela certeza do colo
não sei!), não cometem os erros infantis que os nossos defesas cometem.
Os avançados deles também têm uma eficácia
regra geral superior à nossa, admitindo que muitos dos golos sejam ilegais, não
vemos dramas nas marcações de grandes penalidades e outras aselhices que temos
tido do nosso lado.
Se calhar há falta de treino de situações de
jogo específicas, o colo justificando muito, não pode servir de desculpa para
justificar tudo.
Não basta insurgirmo-nos contra os benefícios
dados aos outros se não conseguimos resolver os nossos próprios problemas e
erros. O FC Porto tem sabido na “era Pinto da Costa” renascer das cinzas quando
é necessário e fortalecer-se, ganhando embalagem para novas conquistas. É isso
que desejo ver acontecer em 2015, o regresso
do FC Porto com estofo de campeão, sem medo de ninguém, imparável, personalizado,
forte e determinado.
Aproveito
para desejar a toda a Família Portista um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo,
que traga o melhor para todos nós e muitas conquistas Azuis e Brancas.
FC Porto a
vencer desde 1893!
A Chama do
Dragão é Eterna!
FCP
Sempre!
Por: BluePunisher
3 comentários:
Este ano a pouca vergonha ultrapassa tudo. Nem o campeonato dos túneis ou o do estorilgate foram tão sacaneados. Em 14 jogos haverá dois em que os benfas não foram beneficiados. Se juntarmos a isto aqueles em que fomos roubados, nomeadamente Guimarães e calimeros, está tudo dito. Não sei o que é que a sad pretende com o silêncio adoptado. Será que não conhecem o país onde estamos? não saberão que nós, portistas, seremos sempre os maus da fita? a cáfila sulista só estará satisfeita quando o Porto for completamente inofensivo ou estiver aniquilado. E contra isso não valem de nada investimentos na equipa. Pois se os gajos controlam as arbitragens e nós não reagimos... Enfim , há alturas em que dá vontade de deixar de ligar à bola.- João.
«Clube reforça posição na SAD
O FC Porto passou a deter 63,71 por cento do capital da SAD...»
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=520670
então mas não devia ter ficado com quase 75%?? foi isso o anunciado em AG
Se jogassemos futebol a sério e para a frente, que chutássemos (eles os avançados e não estivessem à espera dos defesas e dos médios só para o fazer) à baliza, se não se improvisasse tanto na construção da(s) equipe(s) desde a Torre do Olival, se não quizessemos saber do que se passa nos campos dos adversários, se tivessemos menos conversa e mais atitudes, poderiamos ser melhores. E não insultem os adversários. Olhemos por nós abaixo e não para trás.
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