Mas vamos ao jogo. Pavilhão cheio. 2000 adeptos portistas.
Todos com vontade de ajudar a equipa, apoiá-la e vê-la ganhar frente ao nosso
rival. As nossas claques presentes e sempre a cantar, uma grande
"exibição". Sobretudo depois do resultado de Domingo no estádio do
Dragão, era para ganhar. Afinal somos o Porto.
Começamos com mais bola, a querer mandar no jogo. A equipa
adversária estava a acumular faltas. O jogo estava renhido mas pendia para o
nosso lado. Não havia golos.
Estamos sensivelmente a meio da primeira parte e Tó Neves
começa a rodar a equipa. É uma prática habitual e que faz sentido na maior
parte dos jogos dar a todos os jogadores de campo metade de tempo de jogo.
Contra adversários mais fortes fica a questão se mais 3 ou 4 minutos por cada
parte para aqueles que estão bem em jogo fará muita diferença...
O primeiro a saltar do banco é Hélder Nunes. Bem, diga-se de
passagem. É um jogador diferente, com classe, que defende bem e nunca
treme...
Pouco depois o primeiro banho de água gelada. Hélder Nunes é
um interveniente por acaso. O Porto está a atacar, Hélder Nunes remata e a bola
vai ao poste (foram várias as bolas aos postes). e fica na posse de um jogador
dos coisinhos com via livre para seguir até à baliza de Nelson Filipe. Faz
golo. Uma mistura de falta de sorte pelo destino do remate de Hélder com
desatenção nossa a permitir que o jogador adversário se isolasse.
Tínhamos de reagir mas notava-se que estávamos ansiosos.
Cometemos mais erros. Perdemos a bola a sair da nossa defesa uma vez.
Conseguimos resolver. Falhamos a 2ª. Também não deu golo. Falhamos uma 3ª e aí
o adversário aproveitou. 2 - 0. Muito mais demérito nosso que mérito
adversário. A fazer lembrar domingo...
Não demoramos muito a responder a este golo. Eles marcaram
ao minuto 20, nós reduzimos no vigésimo primeiro minuto. Vitor Hugo (também
começou no banco), bem ao seu jeito à boca da baliza a desviar para golo. Nunca
o público tinha perdido a esperança mas este golo fez-nos acreditar ainda
mais.
Todavia, novo erro defensivo e novo golo do adversário a alguns
segundos do término do primeiro tempo.
Já estávamos perto do intervalo e a reviravolta tinha de
ficar para a segunda parte.
Voltamos dos balneários e tínhamos de recuperar. Mas
entramos feitos meninos... Em 5 minutos sofremos mais 2 golos. O resultado
ficava em 1 - 5. Inacreditavel.
A nossa equipa teve o mérito de nunca baixar os braços.
Tentou, tentou, tentou. Rematou muito. Mas ou rematava mal, ou tinha azar e a
bola ia ao poste ou o guarda-redes adversário defendia (fez uma boa
exibição).
Erros passados voltavam a mostrar-se. Entre cartões azuis e
faltas (10ª, 15ª e 20ª) dispusemos de 6 lances de bola parada, fosse penaltis
ou livres directos. 6! Falhamos todos! Falhou Reinaldo, falhou Caio, Falhou
Hélder Nunes, falhou Rafa. Todos, uns atrás dos outros foram desperdiçados. É
uma lacuna já vista. Num jogo pode-se falhar situações destas. Até é admissivel
que num dia mau se falhem todas as chances deste tipo. Quando é uma falha já
muitas vezes vista não é apenas azar... Falta de qualidade dos marcadores
também não é de certeza. Urge resolver rapidamente este defito ou ainda podemos
vir a sofrer (mais ainda) com isto. Importa dizer que os coisinhos tiveram 4
oportunidades e marcaram duas vezes. Eficácia muito diferente e revelador da
importância destes lances. Tivéssemos nós tido a mesma eficácia e seria um jogo
bem diferente.
Hélder Nunes num dos seus remates de longe reduziu para 2 -
5 a 15 minutos do fim. Ainda era possivel e o Dragãozinho acreditava. A 5
minutos do fim o 3 - 5...
Esforço infrutífero. Após o 3 - 5 mais 2 golos sofridos (já
com Edo na baliza que esteve bem).
No final 3 - 7. Um soco que doeu. Detestamos perder. Não
admitimos perder contra estes. Perdemos, no espaço de uma semana, em duas
modalidades e ambas em nossa casa. Não pode e não vai acontecer mais... Nas
duas situações deixamos o rival afastar-se...
O jogo terminou e assistimos ao melhor da noite. O público
do Dragãozinho continuava a cantar. Não deixamos de acreditar no título e
semana após semana mostraremos isso. Esta equipa recebeu um voto de confiança.
Merecido. Que faça por o aproveitar...
O próximo jogo é já este domingo. Recebemos o Paço D'arcos
às 15h30. Não é necessário dizer que a vitória é essencial...
FICHA DE JOGO
FC PORTO FIDELIDADE-BENFICA, 3-7
Campeonato Nacional, 11.ª jornada
17 de Dezembro de 2014
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.974 espectadores
Árbitros: Paulo Rainha (Minho) e Luís Peixoto (Lisboa)
FC PORTO FIDELIDADE: Nélson Filipe (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros, Caio e Jorge Silva
Jogaram ainda: Hélder Nunes (1), Rafa, Vítor Hugo (1), Reinaldo Ventura (cap.) e Edo Bosch (g.r.)
Treinador: Tó Neves
BENFICA: Guillem Trabal (g.r.), Valter Neves (cap.) (1, p.b.), Esteban Abalos, João Rodrigues e Carlos López (1)
Jogaram ainda: Carlos Nicolia (4), Diogo Rafael (2) e Tiago Rafae
Treinador: Pedro Nunes
Ao intervalo: 1-3
Marcadores: Carlos Nicolia (15m, 25m, 28m e 50m), Diogo Rafael (20m e 48m), Vítor Hugo (21m), Carlos López (26m), Hélder Nunes (35m) e Valter Neves (p.b., 45m)
Disciplina: cartão azul a Jorge Silva (28m e 50m), Carlos Nicolia (34m) e Esteban Abalos (44m)
1 comentário:
Desculpe-me, mas há qualquer coisa no Tó Neves que falha! ... pensei que este ano tinha corrigido o que está mal, mas parece que não... os nervos e a ansiedade dele transmitem-se aos jogadores; tivesse ele algum sangue (frio) do Obradovic e não haveria golos oferecidos !... (é que não foi uma derrota qualquer; foi uma goleada!)
20 pontos para o público!
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