domingo, 22 de janeiro de 2012

Em análise, 16ª Jornada FC Porto 3 - 1 V. Guimarães


Kléber


Se há uma palavra que seja transversal a esta exibição do FC Porto. 

Essa palavra é REFORÇO.

Reforço exibicional do FC Porto, onde o talento da equipa supera as limitações (leia-se lesões) e auto-limitações. Reforço de opções, como a confirmação do “retorno” de Varela e uma exibição, finalmente, coincidente com a bitola de Rolando. Reforço, no sentido futebolístico do termo, ao minuto 67, com a entrada de Danilo na equipa. Finalmente!





Basquetebol, Taça Hugo Santos, Final: Barreirense 77 - 79 FC Porto

Carlos Andrade




Jogo num pavilhão adverso, não cheio mas com um excelente ambiente principalmente para o barreirense que joga praticamente em casa, coisa que o FC Porto não esteja habituado em tudo que é fase final de todas as taças que dispute no nosso país em que os adversários contam sempre com a conivência da FPB na hora de marcar a localidade onde se disputam os jogos..







O porto entrava na partida na expectativa e cometendo alguns erros defensivos e de cariz individual, com o Barreirense a aproveitar e a dominar o 1º período com uma vantagem de 17-21 para gáudio de um Carlos Barroca ( que já foi um assalariado do clube, o que ainda se compreende menos essa alergia que tem ao nosso clube) totalmente parcial como sempre, com a sua alegria habitual sempre que vê as equipas adversárias ganharem um certo ascendente sobre o FC Porto, tende é em aprender que o melhor ri sempre no fim...

Basquetebol, Taça Hugo Santos, Meias Finais, FC Porto 69 - 55 Ovarense

Greg Stempin



Como é apanágio dos comandados por Moncho Lopez a competência é um factor sempre presente seja qual for a competição.

Disputando a Taça Hugo dos Santos em terreno hostil e perto de Lisboa (Vendas Novas) alias como vem sendo regra em tudo que é poul final para esta equipa, o FC Porto entrou em campo com um ritmo elevado baseando o seu jogo numa fortíssima defesa, neutralizando quer o jogo exterior de uma Ovarense que bem tentava mas não conseguia, nem dentro nem fora, através do jogo interior e exterior causar danos de maior, chegando-se ao intervalo com uma vantagem de 34 -25.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Liga Europeia, hóquei em patins, 3ª Jornada, FC Porto 4 - 8 Valdagno




Nunca é fácil escrever sobre um jogo especialmente quando o nosso clube perde e por números contundentes como hoje.

Um jogo a fazer relembrar os jogos de hóquei de outros tempos, com a nossa equipa infelizmente a entrar no jogo praticamente a perder o que a obrigou a correr riscos para ir atrás do resultado, abrindo brechas sucessivas na defesa permitindo ao adversário "disparar" no resultado até aos 0-3, com alguns erros defensivos um tanto infantis da nossa equipa à mistura.






Um jogo em que o nosso capitão infelizmente se encontrava ainda a recuperar de uma cirurgia efectuada na passada 5ª feira e que se viria a revelar decisiva na sua (menor) exibição, mas como este capitão é dos "valentes" um portista dos sete costados, lá estava ele a lutar pelo nosso emblema como se nada tivesse passado.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Negócio da Treta






Com o negócio Roberto aprendemos que existiam milhões da Treta. 

Com o negócio Danilo se os milhões não são da Treta alguma coisa é.

O negócio Danilo a somar ao negócio Falcao é mais um dos enigmas do defeso.

Pelo que sabemos o negócio Danilo começou com um despique com o Benfica pela aquisição do passe.

O passe do Danilo tinha 3 proprietários: 37,5% do Santos, 37,5% do Grupo DIS e 25 % do América Mineiro










Para chegar ao destino cada clube seguiu por uma estrada. O Benfica optou por negociar o jogador com o Grupo DIS oferecendo 10 milhões de Euros pelo jogador.
O Porto seguiu a estrada Santos que dada a possibilidade que este tinha em exercer o direito de opção se veio a revelar bem sucedida.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Taça da Liga, 2ª Jornada, FC Porto 1 - 0 Estoril





Os jogos da taça da liga, sobretudo nesta fase de grupos, são uma mistura do experimentalismo de um jogo de pré-época com a falta de motivação e a fadiga de jogo de final de época, onde tudo já esteja resolvido.
Mesmo num jogo pouco cativante, há sempre novidades. A primeira, e a de maior destaque, o aparecimento de Varela nesta época e a forma ofensiva de Álvaro. Depois, como se viu ainda na primeira parte, para lá de Hulk, há quem saiba bater, e bem, livres directos. Por fim, há algum devaneio táctico que nada beneficia a equipa. Um meio campo tão redundante, com três jogadores que, embora com características diferentes, fazem todos a mesma posição (a posição 8) só poderia degenerar num jogo mastigado e indeciso, onde um constante “vais tu?, vou eu?” limitava a nossa capacidade de sufocar o Estoril Praia. É que, ainda por cima, nem era entregue a Souza a missão de iniciar a transição, obrigando ao recuo ora de Moutinho, ora de Defour.


A primeira parte decorre em toada morna, com o FC Porto acantonado no meio campo do Estoril Praia, mas sem pressão, velocidade ou amplitude para perigar a baliza contrária. James sempre em fuga para terrenos interiores, Kléber em profundíssima depressão e um meio campo atafulhado de médios-centro, que ia rodando à vez as funções de transição defensiva e ofensiva. Sobrava Varela, numa fuga à apatia que assolava o seu futebol desde o início da temporada e a locomotiva vinda das profundezas do flanco esquerdo: Álvaro Pereira. Eram eles quem ainda davam alguma graça e velocidade ao futebol ofensivo do FC Porto, juntamente com alguns bons apontamentos de James e as subidas dos centrais ao meio campo. Chegados ao intervalo, o nosso registo de perigo real à baliza contrária limita-se a um livre directo de Moutinho a fazer estremecer a barra e pouco mais.


A segunda parte traz um FC Porto melhorado. Com maior definição a meio campo (Souza mais 6, Moutinho mais 8, Defour mais 10) e maior velocidade pelos flancos. Até Kléber deu um pálido sorriso amarelado no seu futebol, mas rapidamente voltou ao seu estado taciturno. O Estoril, ainda assim, torna-se mais afoito. Sai da carapaça e tenta abrir. Tira um médio e mete Licá, abrindo a sua frente de ataque. Paga ao preço da sua ousadia cinco minutos depois. Numa transição vertiginosamente vertical de Álvaro e o já saudoso talento Varela a resolver.

Chegados aqui e com vantagem no marcador, o FC Porto volta a embrulhar-se com substituições que nada acrescentaram à equipa. Salva-se a última, a de Iturbe, que mesmo que por breves minutos, mostrou ao Dragão que o menino é jogador, mas precisa de paciência e tempo. Tal foi o embrulho criado, que no último minuto da compensação a equipa da linha quase ganha a taluda.




Análises Individuais:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Os divinos favores




Desde há muito tempo que uma certa agremiação da Segunda Circular, constrói a sua identidade sobre a impaciente (e setressada) convicção de que lhe devem alguma coisa – títulos - que, por um discutível desígnio divino, lhe pertencem. O FC PORTO, no pólo oposto, vive os seus triunfos como milagres. E, para os tornar realidades terrenas, luta para que o triunfo não desgaste a ilusão que precisa para continuar a ser competitivo. Dito de outra maneira: quando o "mais grande" clube da Segunda Circular ganha, é dado a entender que se fez justiça (divina), se o mesmo acontece quando o FC PORTO ganha (ou empata), assiste-se a despudoradas tentativas de demonstrar que o resultado é um roubo ou fruto de uma conspiração de malvados hereges.




Afortunadamente, o futebol é blasfemo e ímpio. Lembro, por exemplo, um episódio ocorrido na época passada, quando André Villas-Boas disse uma quantas verdades sobre o catedrático treinador de um certo clube da Segunda Circular, os jornalistas transgrediram a sua deontologia e atacaram-no, mais pela rivalidade desportiva do que mediática. Não entendem, ou não querem que, quer seja na Segunda Circular ou no Porto, contra a Académica o contra o Sevilha, no campo o na sala de imprensa, o erro ou a derrota, devem ser entendidos como regras do jogo e não como delitos tipificados por um código mediático e cada vez mais inquisitório, anti-desportivo e mentalmente desequilibrado.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ANTÓNIO OLIVEIRA, COMO SEMPRE, IGUAL A SI PRÓPRIO




Sem que nada o fizesse prever, António Oliveira, antigo treinador do FC Porto e selecionador nacional, prestou em direto e numa entrevista à RTP, declarações que pela sua especial essência e profundo significado, certamente irão fazer as delícias dos mais diversificados órgãos de comunicação social, que ávidos como sempre de notícias bombásticas e polémicas, irão aproveitar para esmiuçar ao máximo a importância e a responsabilidade de quem teve a ousadia, a coragem e a frontalidade de as proferir, independentemente, de as mesmas poderem ser consideradas verdadeiras, impróprias ou até extemporâneas.





António Oliveira, se estivermos bem atentos, sempre pautou a sua carreira, quer ainda como jogador genial que foi, quer depois mais tarde como treinador, com intervenções de um género de personalidade bem vincada e explosiva, nunca tendo receio do valor da responsabilidade associada às suas palavras, ou mesmo do que elas poderão vir a ter no contexto e desenvolvimento do fenómeno desportivo e mediático no nosso futebol indígena.




Ao afirmar publicamente que não tinha dúvidas em garantir que é a empresa Olivedesportos controlada pelo seu irmão, Joaquim Oliveira, que decide quem se torna presidente da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga, declarando categoricamente e textualmente para quem o quis ouvir na RTP que: «O presidente da Federação é colocado por um lóbi fortíssimo que existe em Portugal. O presidente da Liga é colocado na Liga por interesses do lóbi que domina o futebol em Portugal. Quem? A Olivedesportos, obviamente. Mas eu já o disse publicamente. Enquanto não se alterar este estado de coisas, vai tudo continuar na mesma», declarou António Oliveira ao seu melhor estilo, e através destas mesmas palavras frias e contundentes, afirmando ainda para gáudio e surpresa dos seus colegas de painel desportivo, que Fernando Gomes é apenas o homem escolhido pela Olivedesportos para substituir Gilberto Madail.



domingo, 15 de janeiro de 2012

Campeonato Nacional de Juniores Zona Norte - 20ª Jornada FC Porto 2 - 0 V. Guimarães

Tózé


Um jogo frio como a tarde.

Cedo os jovens dragões quiseram dar resposta ao desaire de há oito dias na Madeira. Mostraram vontade mas as coisas não saíam bem. Sem inspiração no remate final e com a teia defensiva dos vitorianos o tempo foi passando até ao intervalo com um zero-zero que premiava a defesa do Guimarães que veio ao Olival com o intuito de não perder apenas.






Na segunda parte o jogo não mudou de feição pese embora Tiago e Hugo em lances de bola parada falharam á boca da baliza o golo. Ao fim de pouco mais de uma hora de jogo eis que entra aquele que viria a ser o homem do jogo - Vion.

Vion

Em apenas 2 minutos de jogo e numa das muitas tentativas do ataque portista em desfazer a defesa muito avançada dos vitorianos eis que numa desmarcação muito rápida do francês a isolar-se e frente a Preto, isolado, não perdoou, com um chapéu de belo efeito e de grande técnica. Estava conseguido o mais dificil.
A partir daqui o Guimarães ainda com mais garra tentava chegar á baliza portista mas sem êxito. No único lance a criar "perigo" num remate de muito longe Kadú segura mal a bola e deixa-a a fugir para canto. 



Até final poucos lances a merecer algum destaque mas Vion numa entrada pela direita a deixar os defesas vitorianos par trás serve de forma eximia Tó-Zé que obtém um excelente golo em dia de aniversário.

Resultado justo num jogo sem grandes motivos de interesse.


Ficha do Jogo:

Em análise, 15ª Jornada FC Porto 2 - 0 Rio Ave


Um génio tomba, outro levanta-se, qual Atlas a suportar nas suas costas todo o peso da equipa.

Após o jogo no estádio da areia pintada de verde, o FC Porto volta a fazer um jogo em que revela dificuldades no processo ofensivo, mesmo perante um Rio Ave com muitas dificuldades de se prolongar no ataque. Nunca o FC Porto foi absolutamente dominador ou asfixiante perante uma equipa com extrema dificuldade em chegar a João Tomás. O problema não esteve na ausência de Moutinho, que teve em Defour um substituto à altura. O problema radica na montagem do ataque do FC Porto. Hulk diminui-se na posição 9, sobretudo, perante alguém que já sabe quase tudo, como é o Gaspar. Nos flancos. O FC Porto não apresentou um extremo capaz de dar largura à equipa. Há James que foge sempre para o seu lugar natural e Rodríguez, que na sua luta a labuta, se esquece do essencial: dar qualidade de jogo à equipa. Soma-se, ainda, um Belluschi desastrado, apático e pouco influente na condução do jogo.





É neste jogo mastigado, com o Rio Ave a olhar para o relógio e a ver o 0-0 a prolongar-se e o FC Porto a ver o intervalo chegar, que, pela meia hora de jogo, Hulk sai de jogo por lesão. Um génio que tomba. Entra Kléber, o 9 esquecido, para um jogo sem flanqueadores e sem um 10 à altura. A agonia prolonga-se, até ao minuto 42, bem perto da fronteira psicológica do intervalo. É nesse minuto que outro génio se levanta. Bola sobra para James…e génio. Com 1-0 ao intervalo a equipa poderia respirar melhor, aliviar a pressão do resultado do jogo desta noite anterior ao seu e partir para uma segunda parte à FC Porto.








Promessas são sempre difíceis de cumprir. Sobretudo quando não sustentadas em bom futebol colectivo, mas nas pinceladas de génio deixadas aqui e ali por os artistas que carregam a equipa. O FC Porto entra na segunda parte como jogou em toda a primeira parte. O Rio Ave, pelo seu lado, já olhava para o relógio de forma diferente e via 45 minutos para ir buscar um ponto. É numa fuga de Yazalde a Maicon que quase consegue esse fito, com, tão só, 3 minutos da segunda metade. Passado o susto, o FC Porto continua na mesma. Seriam necessários mais alguns minutos para Vítor Pereira fazer a jogada que muda o jogo. Belluschi vai para a direita e James é colocado na sua posição natural. O jogo pelos flancos manteve a bitola baixa, mas a criatividade pelo centro explodiu, o que obrigou o meio campo Vilacondense a recuar. Com isso o Rio Ave deixa de criar perigo. Tudo o resto decorre dessa alteração táctica. Carlos Brito tenta insuflar capacidade ofensiva na equipa trocando, primeiro, de 10 e, depois, de extremos. Uma causa perdida, pois o FC Porto juntava um trio a meio campo altamente eficiente, rotativo e criativo que nunca deixou o meio campo do Rio Ave alimentar o seu ataque. Do lado do FC Porto a tentativa foi de corrigir o pior sector da equipa. Saíram os “extremos” e entram outros. Resultou, porque o jogo do FC Porto foi sempre melhorando, sendo premiado, no fim, por um lance do génio disponível. No seu lugar, no tempo exacto, James fecha as contas da partida.






Faltava o acto final, uma expulsão desnecessária no único lance em que se viu João Tomás no jogo.
Fica um jogo onde a equipa técnica do FC Porto pode tirar valiosas conclusões. Já se percebeu onde rende James. Já se percebeu que o FC Porto precisa de extremos que abram o jogo e não que façam só movimentos interiores ou que travem o lateral contrário. Já se percebeu que Fernando tem talento, capacidade e vontade para participar na primeira fase de construção. Ajuda a equipa a subir no terreno, a ficar em cima do adversário. Hoje viu-se um Fernando pleno. Temos o jogador, é preciso dar-lhe uso.



Análise individual:


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BICAMPEÕES








Tinha planeado este título de crónica para Maio de 2012 mas não aguentei a espera.
Numa altura em que o país futebolístico está em brasa vai sair e é já. 

Se a palavra do ano de 2011 foi austeridade a palavra de Janeiro de 2012 está a ser isolado.

Temos líder isolado que não veste de azul e branco. A partir do último domingo não se fala noutra coisa. São várias as derivações do verbo isolar mas tudo vai dar ao mesmo.






“O BENFICA VOLTOU À LIDERANÇA ISOLADA. 500 E NÃO SEI QUANTOS DIAS DEPOIS.”

Dado o tiro de partida vão-se atropelar as parangonas e as enchentes nos estádios de benfiquismo vibrante.
Aí está um estímulo redobrado para a nação portista. Vamos ser embriagados à força com a onda vermelha e neste momento já se começam a colar as letras para “Reservar” os palcos para festejos.
Conta-se que na pré-época do ano passado a equipa técnica do Porto obrigou os jogadores a assistirem aos festejos do título do Benfica de 2010/11. A pedagogia no seu esplendor.
Este ano, depois da ultrapassagem da última jornada o plantel do Porto está já a assistir a uma amostra do frenesim histérico. Por isso, neste mês de Janeiro é bom que a revolta que se viu no ano passado não hiberne até Julho de 2012.
Estamos mais do que a tempo de cumprir o titulo da crónica. 

Arrisco outro vaticínio (o titulo da crónica foi o primeiro): 

O campeonato vai decidir-se nos próximos 6 jogos.

Bem sei que corremos o risco de ganhar os 6 jogos e ficar tudo na mesma antes do Benfica-Porto. Ainda assim é bom que fique clara a diferença entre este Benfica e este Porto.
Este Benfica não me parece que possa elevar muito o nível actual.  
Já o Porto tem mais por onde subir. 
Por isso, arrisco dizer que 18 pontos em 6 jogos deverá querer dizer que estamos a alcançar esse patamar. Se o fizermos o Porto não perde na Luz e não perdendo é campeão.


Como deve atacar esta série de jogos decisivos?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A arte de comunicar



Não vou falar da comunicação(?) que o FC Porto tem com os seus sócios e adeptos, não, não vou bater no ceguinho. É outro tipo de comunicação e bem mais complexa.
O futebol actual transformou-se numa industria, a qual também requer um tratamento social/humano ou de grupo, o que sucede dentro de um clube é o mesmo que acontece em qualquer empresa, com as mesma obrigações e problemas, muitos deles causados pela falta de comunicação que existe dentro da sua organização.
O jogo transformou-se num espectáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, o espectáculo passou a ser um dos negócios mais lucrativos do mundo. Que não se organiza para jogar mas sim para impedir que se jogue, a tecnocracia do desporto profissional tem imposto um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, que atrofia a fantasia e proíbe a ousadia.



A comunicação dentro do futebol dá-se de maneiras diferentes nos sectores que compõem um clube/SAD; entre os directores e o treinador, o treinador e os jogadores, entre os jogadores, entre todos existe uma mensagem, que, ao percorrer os vários sectores, vai-se deteriorando e cada um procura decifrar essa mensagem com códigos diferentes.

Falar de futebol e de comunicação é um tema complicado, pois o seu sistema de referencia é codificado e realça de maneira eficaz as emoções que contem em si mesmo, a sua própria epopeia, a sua tragédia e a sua comédia.

Esmiuçar os códigos internos de um clube, não é fácil, saber o que é que realmente sucede lá dentro, o que acontece antes ou depois de um jogo, o que há por detrás das discursos dos treinadores, o porquê de alguns futebolistas (em alguns momentos das suas carreiras) não actuarem como tal procurando, isoladamente, a glória efémera.



Uma tarefa difícil nos tempos que correm, onde os treinadores guardam ciosamente as suas estratégias, pois a tecnologia tem evoluído consideravelmente e não querem que os seus adversário conheçam os seus códigos, a sua forma de trabalhar, o relacionamento com os seus jogadores, a técnica, a táctica e inclusive a sua maneira de ser.

No livro “Psicologia do Desporto – Integração/Mente/Corpo – [D.V. Harris e B.I. Harris – 1992] é feito finca-pé no processo de comunicação, o qual implica enviar uma mensagem a alguém ou algum grupo, depois de avaliar o efeito exercido pelo mesmo.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Campeonato Nacional da 1ª divisão Hóquei em Patins, 11ª Jornada, Física 3 - 6 FC Porto


Jogo em Torres Vedras contra a Física local comandada pelo treinador/jogador Vítor Fortunato, um dos nomes históricos do hóquei patinado nacional.

Os comandados de Neves entram em jogo com o seu melhor 5, na sua máxima força.

Logo nos primeiros 10 segundos de jogo o Porto chega ao golo por intermédio de Caio, após se isolar aproveitando um "bloqueio" à basquetebol por parte do seu colega Pedro Gil.
Mais um minuto e outro golo desta vez de Pedro Moreira de fora da área, isto com 2 minutos de jogo, permitindo-lhes com a sorte do inicio abrandar o ritmo e controla-lo.



Repete-se o (mau) inicio de jogo da Física como o que aconteceu contra o Benfica.

O arbitro ainda tenta equilibrar os acontecimentos com um cartão azul para Reinaldo Ventura e respectivo livre directo, um absurdo, mas que a ordem das coisas se encarregou de deixar direito não concretizando o atleta da Física

Com a vantagem em 2-0 o Porto relaxa e a Física toma conta do jogo momentaneamente.

18mn para jogar a Física chega ao 1- 2 por intermédio de German Dates.




Mas a resposta da-se em minutos mostrando esta equipa o porque de ser campeoníssima e chegando aos 1 - 3 por Reinaldo Ventura mesmo com a equipa em inferioridade numérica. Mostrando Reinaldo toda a sua categoria ao marcar um excelente golo em queda

Um jogo nesta primeira parte de parada resposta, com as duas equipas abertas à procura do golo.

Chega-se a meio da 1ª parte com o jogo em 3-1 para os comandados do Porto, um jogo agradável de seguir, mas com facilidades para os ataques de ambas as partes por parte das suas zonas defensivas.




Com o Porto este ano a mostrar-se um pouco permeável defensivamente, valendo em algumas ocasiões Edo.

Uma primeira parte com algum equilíbrio ao nível dos remates mas com o Porto a saber manter a vantagem no marcador, com uma arbitragem que tirando o lance em cima referido do livre directo e cartão azul a Reinaldo, pautou-se por alguma regularidade e acerto.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O Fenómeno Desportivo (O Futebol Indígena)





Que me perdoem as senhoras e os elementos do sexo masculino que não perdem muito tempo com estas coisas do reino dos “futebóis” e do desporto em geral, dedicando-se porventura, mais a temas de cultura geral ou de outra ordem de razão preferencial, mas a situação começa a ficar insustentável em termos de tanta polémica de baixa qualidade, de hipocrisia de procedimentos e de inverdades de opinião nos meandros do desporto-rei em Portugal, que entendi por bem proferir alguns considerandos sobre esta matéria.





Todos os anos, nos chamados períodos de defeso dos campeonatos, no mês de janeiro e principalmente no fim de cada ano desportivo, assistimos a trocas de opinião para encher páginas de jornais, no sentido de se passar a regulamentar melhor as leis que regem o futebol indígena no nosso país e a arbitragem em particular. Fazem-se estudos da matéria, promovem-se reuniões, traçam-se orientações a seguir, mas a verdade é que tudo tende a ficar sempre como está, isto é, há em Portugal uma tendência abusiva no sentido do conservadorismo doentio do que está consignado nas leis do desporto, para usufruto direto e desenfreado do poder instalado (sistema) do nosso futebol, e disto não tenhamos qualquer dúvida pois são muitos os indícios que podemos apontar como exemplos paradigmáticos desta constatação.



Os casos do Estrela da Amadora e do velhinho Salgueiros que tiveram de fechar as suas portas, por não terem condições para resolverem os graves problemas financeiros que foram acumulando, ano após ano, por erros sistemáticos de má gestão, e o Boavista por não ter tido na altura força suficiente, estratégia jurídica bem montada e ajudas interventivas importantes para minorar o problema criado, são exemplos paradigmáticos desta morte anunciada do nosso futebol, e certamente que não irão ser únicos na forma dramática e parcial que deram lugar ao desenrolar dos acontecimentos, para mal dos seus apaniguados e apaixonados simpatizantes que pouco ou nada contribuíram para este calvário desportivo dos seus clubes de coração. ...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Em análise 14ª Jornada, Sporting 0 - 0 FC Porto




Tropeçar e não cair. Poderá ser assim sintetizada esta actuação do FC Porto em Alvalade.

 Fez-nos perder terreno, fez-nos abrandar o ritmo na perseguição ao objectivo do campeonato, mas ainda não perdemos nada de substancial. Se há algo que se perdeu, foi uma oportunidade de afastar, definitivamente, um concorrente, de instalar o pânico por aquelas bandas, não só no lado verde da segunda circular, mas também no lado vermelho. Falhou-se o objectivo. Não por falta de tempo ou de espaço para preparar o jogo, aliás como já tinha acontecido frente ao Zenit, mas porque faltou ousadia de o ir buscar.





O jogo foi amarrado. Sobretudo, pelo nosso lado. Com dois extremos mais preocupados em serem os primeiros defesas nas laterais e com um Moutinho sem liberdade para se soltar. Já o Sporting, apostava tudo pelos flancos, imprimindo velocidade e verticalidade, mas fragilizando-se pelo centro, onde decide estrear um médio defensivo. Estava dado o mote para um primeira parte morna, com o FC Porto a controlar as operações a meio campo, mas sem capacidade de atacar o ponto fraco do Sporting (o seu médio defensivo) e o Sporting, igualmente, incapaz de decidir pelas alas, onde o FC Porto colocou um verdadeiro bloqueio. O empate táctico mantém-se e só em lances de bola parada se cria perigo no “relvado com areia pintada de verde” de Alvalade.



Seria o intervalo capaz de desfazer este empate? Conseguiria o FC Porto criar perigo na zona 6 do Sporting, obrigando o meio campo contrário a recuar e o FC Porto a esticar jogo pelas alas, mesmo não tendo uma referência no centro do ataque?



Do intervalo veio a mesma solução e acaba por ser Domingos a ser o primeiro a mexer no jogo. Retira o seu ponto fraco no meio campo, mas não consegue elevar o jogo da sua equipa, porque continuava com o problema do médio defensivo por resolver, mas vai provocando maiores desequilíbrios pelas faixas, com Matías a fugir da marcação no centro do terreno. A resposta de Vítor Pereira é pronta, entra James. Um jogador explosivo e imprevisível, mas sai Djalma o que fragiliza o flanco de Maicon. Seria por aí que o Sporting, sobretudo quando Matías descaia no flanco para fugir a Fernando, iria criar maior perigo. Vítor Pereira opta, então, por reforçar o meio campo com Defour, arrumando com qualquer possibilidade do Sporting controlar o jogo. O jog parte-se e quando entra Kléber, para o ataque aos 15 minutos finais, o FC Porto tenta, por fim, colocar o sentido do jogo na direcção da área do Sporting e aproxima Defour do trio da frente. Infelizmente, foi tarde demais para agarrar os 3 pontos.



Análises individuais:


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O " Incrível" Hulk






A ideia de escrever uma crónica sobre o Hulk nasce de um anúncio televisivo.
Estava em casa a fazer zapping e no meio duma publicidade vi um anúncio da IZIBUILD.
Pensei para mim mesmo. É ISTO! É ISTO que o HULK não pode ser. 














“Gostaria que ninguém pagasse a cláusula”.


Esta frase foi o soundbyte da entrevista de Pinto da Costa ao Jornal de Noticias.
Este tipo de postura inflexível é óptima para sedimentar a fama de duro negociador mas é, objectivamente, uma mentira.

Não há ninguém na SAD que não gostasse que a cláusula seja activada.
Digo mais. Não há  ninguém na SAD que acredite que alguma vez ela venha a ser activada.
O Hulk neste momento não vale nem 100, nem 90, nem 80, nem 70.

Realço o neste momento porque ele tem potencial para rasgar a barreira dos 50 milhões de Euros.
A diferença entre o Hulk que nos chegou às mãos e o de agora é mais na forma como está mais disciplinado, menos egoísta e mais responsabilizado.


Hoje é muito melhor do que há 3 anos porque encontrou o seu papel na equipa, sabe representá-lo e perde-se menos com pormaiores disciplinares do jogo.
Não me parece que seja ainda um produto acabado.
Não me parece sequer que já tenha atingido o auge da sua carreira. Se atingiu vai ficar a faltar algo. 






Pinto da Costa compara-o muitas vezes a Cristiano Ronaldo.
A comparação é  feliz porque o estilo de jogo de ambos é similar.
Um e outro são uma moeda em que a face da dimensão física rivaliza com a do talento natural.
Um e outro são praticamente imparáveis quando embalados. Um e outro são paráveis quando desperdiçam o embalo.

O Hulk hoje em dia é a estrela da companhia. Qual estrela da NBA, sente que quando as coisas estão difíceis é ele que tem que resolver e é a ele que a bola tem que ser dada.
Mantendo a comparação basquetebolista importa esclarecer que o Hulk não pode ser base.





A ele não se pode dar a bola. A ele tem que se dizer: “Vai buscá-la”.
Ao nosso filho nós damos a bola. Ao nosso cão atiramos: “Vai buscá-la”


O Hulk é um animal (no bom sentido). Tem que ser posto a correr.
Para chegar um dia aos 60,70 e por aí acima não lhe cabe a ele pegar na bola fintar 2 ou 3 e metê-la lá dentro. Isso é coisa de Messi não de Hulk ou Cristiano Ronaldo.
O Hulk pode ter 2,3, ou 4 à frente e passar por eles sem que o tenha que fazer com a bola nos pés. Havendo espaço nas costas ponham o Hulk a correr sem bola, deixem-no embalar e não há 2, 3 ou 4 que cheguem lá primeiro.

Se o Hulk joga em corrida sem ter que começar a passo é intratável.
O golo que ele marca em Moscovo ao Spartak ilustra essa evidência. 
O problema do estilo de jogo do Hulk coloca-se quando joga na sua posição natural.
Hoje em dia o problema é outro e mais grave. Querem fazer dele poste.
Ora, se o Hulk não é base, poste muito menos.

Pior do que dar o Hulk o papel de organizador é o de espectador.
Tirar relvado ao Hulk é como comprar um Ferrari e ir viver para a ilha do Corvo com ele.

O Hulk só pode ser 9 no Porto em 1 de 3 circunstâncias:

- Todos os pontas de lança estarem lesionados ou, se disponíveis, serem medíocres (não é o caso)
- No decorrer do jogo o Porto fica reduzido a 10 (Exemplo: Besiktas – Porto)
- O Porto encare uma partida com a convicção que vai ter pouca bola e que é inferior ao adversário (Exemplo: Barcelona – Porto)  




Há anos que o modelo de jogo do Porto é o 4-3-3.
Jogamos com 2 extremos, o que possibilita uma melhor ocupação de todos os espaços do terreno.
A vantagem deste modelo advém da coerência do mesmo. Há lugar a dinâmicas como a do Álvaro a fazer o corredor ou dos 2 médios poderem ter papéis mais ofensivos num jogo ou mais defensivos noutro sem que se ponha em causa o dispositivo táctico da equipa.





Nas linhas da equipa há 2 peças centrais solitárias. Fundamentais.

Se o Rolando tem o seu parceiro e o Moutinho também na linha do Fernando é só  ele.
Na linha do 9 também.

O modelo 4-3-3 albergando dinâmica e estimulando a polivalência precisa de coerência e de um fio condutor.

Essa coerência consegue-se pela exigência do 6 e do 9 serem jogadores mais posicionais. Um dos defeitos do Kleber quando aparece a titular no Porto foi a excessiva vontade que o levava a correr a tudo e a todos e a querer desposicionar-se tamanha era a fome de bola.
Um 6 e um 9 têm que ser pacientes, mordedores.
Têm que ser tão bons com bola como sem ela. Não é suposto nem desejável que ganhem as estatísticas de quilómetros corridos.
Não é suposto que sofram quando se isolam do jogo. Têm é que estar prontos para actuar.
São os únicos que podem tocar na bola residualmente e serem dos melhores em campo.

A forma como o Moutinho defende ou pressiona é em função de quem ele sabe que está atrás. Se “conduz” o adversário driblador para a ratoeira Fernando ou se o convida a ir para ala.
As opções que o Álvaro tem quando sobe são maiores se há a noção de um 9 posicional.

O cruzamento atrasado não deve ser um Plano A sem alternativa.

Os 6, como o 9 são referências no nosso modelo de jogo. São pilares da nossa casa. 
O Hulk nasceu para participar no jogo. Para desiquilibrar o jogo.
Para dar golos ao Varela como nos jogos com o Benfica e Braga no Dragão.
Para dar golos ao Falcao como no jogo com o Villareal.
Não nasceu para ser paciente. Para sofrer. Para estar sem bola 5 minutos e quando ela chega a devolver de pronto para se reposicionar no habitat do ponta de lança.
Colocar o Hulk a 9 no modelo Porto 4-3-3 é achar que o Red Bull do Vettel ganha o Rali da Falperra.
É desperdiçar a possibilidade de rentabilizar estratosfericamente o passe de um talento.
É sonegar à equipa, nos 90 minutos uma mais-valia fortíssima. 







Quando um dia algum comentador iluminado se lembrou de dizer que jogar sem avançado era óptimo porque tirava as referências aos centrais nunca imaginou que essa frase perduraria pelos tempos. É utilizada hoje de forma massiva sempre que se pretende explicar o inexplicável. 
Se o Porto tem ganho em Coimbra no jogo da taça algum comentador se teria lembrado de inventar uma nova máxima: “Não rematar à baliza na 1ª parte é positivo porque o Guarda-Redes adversário é apanhado a frio na 2ª”
  






Pergunta ingénua: Será que um modelo de jogo de anos, maduro não sofre com a perda dessa referência? 


Será que referência por referência somos nós que ficamos a perder?

A perturbação no jogo do Igor Pita, do João Guilherme e afins por falta de referência compensa a perturbação por ausência de referência no jogo do Belluschi, do James, do Alvaro? No jogo do Porto? 

Eu se jogar xadrez com o Kasparov não me importo de perder a minha Rainha se ele perder a dele. Não me importo de perder as Torres, os Bispos e os Cavalos se ele também ficar sem eles.
Sou capaz de eliminar todas as minhas referências ao limite. Fica um Rei para cada um.
Faço-o porque a politica de terra queimada me convém.
Quanto mais caótico e desorganizado for o jogo melhor para mim. Porque sou mais fraco e porque quero desestruturar a força dele. 
Sem ser crente acredito que é possível desorganizar as defesas adversárias sem que isso se faça à custa da nossa própria desorganização.

Já tivemos experiências repetidas nesta época que demonstram que os adversários ganham com anaquias tácticas. Com a desestruturação do modelo.

O 6 móvel em que o Fernando era dispensável morreu. Bendita morte. 





Sábado vamos jogar com o Hulk a 9. É óptimo porque os centrais do Sporting não têm pernas?
Só é óptimo se o Domingos for burro. Ele não vai jogar com a equipa tão subida como tão bem fez na Luz. Ele sabe onde o Hulk é perigoso e o Cardozo não.
Eu preferia ver o Hulk a demolir pela ala (lembram-se daquele golo na Taça?).
A passar por cima do Insua e cortar a direito na direcção do americano que não saberia se ficava com a “referência” Kleber ou se ia apagar o incêndio Hulk. 



O Hulk é um animal. Tem um motor imenso que não pode ser enclausurado em meia dúzia de metros quadrados com uma cerca à volta. 



Percebem o anúncio?


Por: Walter Casagrande

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Atsu: Crónica sobre um futuro Príncipe.

O Homem e o seu percurso:




É no futebol de pé descalço que nasce mais um talento para o futebol. Na zona central do Ghana, nos subúrbios da capital Accra, o menino Christian vai fintando os pedidos da mãe para se aplicar nos estudos e foge para balizas do seu contentamento. Chama a atenção da Academia do Feyenoord no Ghana. Convencer a família a agarrar esta oportunidade foi mais difícil, só com a garantia que Atsu continuaria os seus estudos na Academia é que a família cede. Christian parte, mas o coração fica. As saudades tornam-se insuportáveis após três anos de afastamento, mesmo com a família a esconder a Atsu o estado de saúde do seu pai para não perturbar o seu rendimento.










Decide-se a regressar para perto dos seus. A solução foi o Cheetah FC em Kasoa, bem mais perto de casa. Com o apoio familiar renovado, Atsu brilha e capta a atenção de um empresário que o propõe ao FC Porto. Aos 17 anos, vêm a 3 dias de testes no FC Porto. O futebol de Atsu convence e o FC Porto acorda com o Cheetah FC um período de empréstimo de 5 meses. Após a regularização demorada da sua inscrição, Atsu estreia-se na parte final do campeonato.





Brilha na fase final e convence o FC Porto a renovar o seu empréstimo por mais um ano. Sofrendo com a ausência dos carinhos maternais, a segunda época nos juniores do FC Porto não tem um arranque fulgurante, mas um final demolidor. Atsu explode na fase final e catapulta o FC Porto à conquista do título de campeão nacional de juniores. Logra 6 golos, 3 dos quais às equipas da segunda circular de Lisboa. Arrasador.

Como prémio, é chamado ao estágio de pré-época do Verão passado. Christian Atsu comprova competências e qualidades, mas concorre para uma posição já com muitos candidatos de peso. Ainda assim, tem meio campeonato atrás dos seus préstimos. Quase todos querem o talento de Atsu. Ganha a corrida o Rio Ave FC e é às mãos experientes de Carlos Brito que vai parar o talento do futebol descalço. Rapidamente convence o mestre da foz do Ave, ganha a titularidade e é o “menino dos olhos” do estádio dos Arcos. No Rio Ave não perdeu os bons hábitos e já marcou um golo às equipas da segunda circular Lisboeta.


Atsu conquista dentro e fora de campo. De trato simples e humilde, Atsu agarra-se à sua fé e às suas ligações familiares para se manter centrado naquilo que hoje sabe fazer de melhor: futebol de pé com chuteira. O menino do futebol descalço já anda por outros palcos e com o pé mais aconchegado, já soma prémios de relevo. Em Junho de 2011, Atsu ganha a bola de ouro (prémio para o melhor jogador) do torneio juvenil FIFA/Blue 2011 em Zurique, mas a cereja em cima do bolo estava reservada para 24 de Outubro de 2011.




Christian Atsu ganha o Dragão de Ouro na categoria de atleta jovem do ano. Por certo, que por esta altura a sua mãe já terá abençoado as escapadelas dos estudos para os campos em redor de sua casa…





A análise ao jogador:


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mourinho e o Chelsea



São muitos os que se interrogam sobre o que aconteceu com José Mourinho, o altivo, soberbo e poderoso português que chegou ao Chelsea para marcar uma era, obreiro de uma equipa desenhada para impor um domínio hegemónico. Tinham técnica, físico, velocidade e juventude, mas a viagem terminaria abruptamente. Mourinho deixou os 'blues' aliviado mas ao mesmo tempo aborrecido.

A vida de um treinador, numa grande equipa, significa ir descontando cada dia, restar as jornadas que faltam para se ir embora. Ninguém se salva, o fim aproxima-se, o tempo esgota-se, devorando até, sem contemplações, os grandes “dinossauros”.
Com José Mourinho, o que atrás foi dito, cumpre-se à risca: ninguém queima etapas mais rápido do que ele. A forma como protege as suas equipas não encontra paralelo em qualquer outro colega de profissão: enquanto os outros defendem os seus jogadores evitando conflitos, perseguindo a paz social, Mourinho sempre faz questão de carregar aos ombros todas as batalhas, provoca as lutas, chama a si a atenção do público, imprensa e adversários. Com ele ninguém questionava donde apareciam os golos de Drogba ou como Makelele conseguia superar-se. A estrela, a pressão, eram suas.






O coração do Chelsea, os Lampard, Terry, Makelele, Drogba ou Essien, também. Adoravam-no, precisavam dele. A sua partida deixou o bloco fragilizado. O Chelsea sentirá sempre a sua falta. Houve e haverá contratações, de jogadores e de treinadores, mas Mourinho só há um.

José Mourinho aposta tudo no hermetismo. União indivisível, é a palavra de ordem. Lançada para o êxito, a sua equipa não admitia agentes externos, a porta do balneário estava fechada. Era assim no FC Porto, foi assim em Londres. Mas em Inglaterra e com Abramovich, também ele ávido de protagonismo, tudo acabou. Como é óbvio, a relação entre os dois começou a deteriorar-se: os jornais falavam do português arisco, prepotente, irresistível, e não do magnata russo. Eis-nos chegados ao principio da grande queda do provocador Mourinho. Mas para se poder falar de grandes quedas tem que se falar, também, de glória.

O Chelsea de Mourinho: o contra-ataque mais rápido que vi desde que me conheço. Rigidez defensiva, controle táctico de todas as situações. E velocidade: vê-los jogar era uma experiência incrível. O 4-3-3 na sua máxima expressão: o espectáculo defensivo. Conseguir marcar um golo ao Chelsea era uma quimera, superar a distância perfeita e a sincronização entre as suas linhas era quase impossível. O domínio sobre todas as vertentes do jogo era invejado por toda a Europa, e todos os especialistas diziam que o Barça de Ronaldinho teve o azar de coincidir no tempo com uma equipa perfeita. Com o rigor a triunfar e a baliza a zero, pensava que os 'blues' levantariam o caneco da Champions League antes do que ninguém, mas não contava com outra verdade: quem com ferros mata, com ferros morre, e apareceu o Liverpool de Rafa Benítez. Não era superior, mas tiveram a sorte nos momentos determinantes. Foi o pesadelo do Chelsea.


domingo, 1 de janeiro de 2012

O preito merecido ao melhor Presidente desportivo de todos os tempos.






Jorge Nuno Pinto da Costa lidera o FC Porto desde 1982, sendo por mérito próprio o presidente de clube com mais títulos a nível mundial, reunindo 55 troféus. Sob a sua inquestionável e sábia gestão, os dragões conquistaram a Taça dos Campeões Europeus, a Taça UEFA e a Taça Intercontinental por duas vezes, além de terem ganho o campeonato nacional em 18 ocasiões e a Taça de Portugal em 12.







Este é sem qualquer sombra de dúvida, um feito de inegável valia pessoal e desportiva, que notabiliza uma personalidade única na área do desporto em Portugal e também no estrangeiro, pese embora, algumas reticências de pensamento contrário provenientes de certos quadrantes antagónicos à hegemonia do clube azul e branco, representados e espelhados contra a pessoa e o projeto conjunto do seu presidente, todavia, este conceito por vezes miserabilista e contraproducente que é bem patente nos meios do audiovisual e no centralismo que mora em Lisboa, é bem mais fruto da inveja e da razão que faz nortear o projeto FC Porto como um exemplo a seguir de sucesso desportivo no mundo, tendo em conta as diferenças que balizam as receitas do FC Porto em relação com outros colossos do futebol europeu e mundial, o que ainda contribui mais para aureolar e perpetuar a forma e o conteúdo dos êxitos desportivos.

Curiosamente, no dia em que completou 74 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa foi homenageado recebendo das mãos de Fábio Capelo, selecionador de Inglaterra, no Globe Soccer Awards no Dubai, o prémio carreira pelo excelente trabalho desenvolvido no seu clube de coração em 29 anos de presidência, e também curiosamente, como tem sido sina e propósito em Portugal, foi necessário sair do seu próprio país para a consumação deste prestigiado e merecido troféu, aliás, e mais uma vez o jornal “A Bola” em vez de enaltecer e dar valor a tão prestigiada distinção, ficou-se por dar mais ênfase ao facto do FC Porto ter perdido para o Barcelona, o título do clube do ano com mais transferências de mercado e resultados desportivos, o que desde logo evidencia a indiferença e a dualidade de critérios de um jornal que se devia pautar por uma referência isenta no meio desportivo em Portugal.


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