#FCPorto #Barcelona #Portugal #Espanha #Catalunha
O FC Porto discutiu hoje de manhã o título da Liga Europeia
de Hóquei. O jogo decorreu no palau Blaugrana, casa do nosso adversário da
final, o Barcelona. Eles eram favoritos, jogavam em casa e têm dominado o
hóquei patinado europeu nas últimas décadas. Nós estaríamos mais uma vez na
final, a 11ª da nossa história e que vencemos pela última vez no longíquo ano
de 1990. Sonhávamos recuperar algo que já merecemos, o título de Campeões
Europeus. Ainda não foi este ano...
Tal como aconteceu ontem, Tó Neves apostou no 5 esperado.
Sem surpresas, é o 5 que o nossso treinador costuma apostar para iniciar as
partidas.
Continuando nas semelhanças com o jogo das meias-finais, o
jogo também fica marcado pelo estudo mútuo das equipas nos minutos iniciais.
Conscientes da dificuldade do jogo nenhuma das equipas se expôs ao risco e
nenhuma estava disposta a ceder o controlo ao adversário. Assim foram uns
minutos iniciais mornos, com o perigo a ser raro em ambas as balizas. Os
primeiros 5 minutos registaram apenas um lance de relativo perigo para cada
lado, mesmo o adversário tentando rematar mais.
Estava um jogo muito equilibrado, pese embora as estatégias
diferentes escolhidas por cada uma das equipas. O conjunto espanhol a tentar
circular mais a bola, ataques mais longos mas a encontrar dificuldades para
alvejar a baliza de Edo Bosch. Nós com uma defesa compenetrada e segura para
depois jogar mais directo no ataque, recorrendo mais vezes a situações de
1*1.
Até meio da primeira parte foi assim que se manteve este encontro.
Tó neves tinha já iniciado a habitual rotação dos jogadores de campo com Vitor
Hugo e Caio a renderem Reinaldo Ventura e Jorge Silva.
As verdadeiras oportunidades eram escassas. Vitor Hugo ia
conseguindo inaugurar o marcador num gesto igual a um dos golos da partida da
véspera. Aproveitar um passe frontal para desviar. Ontem resultou, hoje saiu
uns milimetros ao lado. Dispusemos ainda de um par de contra-ataques em que
conseguimos rematar. Contudo um saiu ao lado e outro o guardião adversário defendeu
bem.
Suspeitava-se que um golo só poderia surgir num lance
individual ou numa jogada fortuita. Foi a 2ª opção e infelizmente a sorte
bafejou a equipa catalã. A 7 minutos do inervalo, um remate de muito longe,
quase um bombear a bola para a área de tão fraco saiu. Caio tentou desviar e
traiu Edo Bosch. Azar, muito azar.
Tó Neves pediu um desconto de tempo e pediu serenidade à
equipa. Faltava muito para jogar, não era altura para arriscar. Defender bem,
sair rápido em contra-ataque sempre que possivel. Se não for, rodar a bola com
tranquilidade. Sempre que possivel tentar o remate de longa distância. Foram
estas as directrizes do nosso técnico.
Até ao intervalo o resultado não mudou. Recolhemos aos
balneários a perder pela margem minima.
Recomeço do jogo e notou-se logo uma diferença. O ritmo. O
Porto entrou muito ra´pido e estava a começar a estar por cima no jogo.
Aos 2 minutos deste 2º tempo a 10ª falta da equipa
adversário. Livre directo. Seria Hélder Nunes a entrar e tentar marcar, ele que
ontem tinha tido sucesso num lance destes. Vamos lá Hélder! O nosso jovem craque
parte para a bola, finta para a esquerda e corta para a direita sem nunca
perder a distância da baliza e assim ganhar ângulo. O guarda redes foi iludido
pela mudança de direcção, Hélder Nunes tinha a baliza com ângulo para marcar.
Atira e GOLO! Mais uma vez Hélder Nunes a corresponder. Está a fazer uma
excelente época e afirma-se a cada dia como um dos melhores jogadores
portugueses. Um craques destes com apenas 20 anos...
Voltava tudo à estaca 0. Tudo igual num jogo muito
equilibrado.
O equilibrio verificava-se até nas faltas. Logo após o livre
directo de Hélder Nunes, nós atingimos igualmente a 10ª falta. na marcação Edo
brilhou uma vez mais, defendeu o lance. Muito bem o nosso guardião.
O jogo mostrava algumas mudanças estratégicas do nosso lado.
Os ataques eram agora mais pausados e de maior duração. Continuávamos bem
defensivamente. Uma defsa um pouco mais atrás do que é normal na maioria dos
jogos, menos expostos e a fechar bem as linhas de passe. Alguns cortes foram
excepcionais, como por exemplo um de Caio em plena área quando o adversário já
pensava em rematar.
Estávamos a caminhar para os 10 minutos e era altura de
voltar a rodar a equipa. Caio e Hélder Nunes já estavam em campo.
O Porto criava as maiores oportunidades e até se mostrava
superior. Ricardo Barreiros quase marcava depois de se isolar.
Infelizmente tudo desabou. Por culpa nossa. Excepcionais até
então na defesa cometemos erros graves que saiem caro a este nível.
Estavam decorridos 14 minutos e uma inacreditavel desatenção
colectiva deixou um jogador adversário sem marcação. Ainda estava a uns metros
da nossa baliza, mas tinha de ter marcação. O remate entrou no ângulo superior
esquerdo da baliza de Edo. Frustrante, recuperamos no marcador, estávamos mais
perigosos na altura e um erro destes deita tudo a perder.
A equipa tentou reagir e dar mais velocidade ao jogo. Hélder
Nunes sofreu falta para azul que não foi assinalada e teve de voltar ao
banco.
Estávamos nós mais uma vez a tentar recuperar no marcador e
a tentar encetar mais um ataque à baliza adversário quando, aos 19 minutos,
acontece novo erro clamoroso. Pedro Moreira era o jogador mais recuado, os
companheiros esperavam um passe. Ele tentou fintar e foi desrmado, que deixou o
jogador do Barcelona isolado para marcar o 1 - 3. Uma infantilidade!
Nunca mais voltamos ao jogo. Até ao fim até foi o adversário
a dispor da melhor ocasião em mais um livre directo a punir a nossa 15ª
falta.
Apito final. Tristeza imensa. Ainda não foi este ano.
Perdemos novamente na final.
Agora foco nos outros objectivos, sobretudo campeonato. Não
pode fugir, tem de ser nosso. Todos os jogos serão uma batalha tremenda que
temos de superar. Todos, sem excepção. A começar já na recepção ao Mealhada na
próxima 4ª feira. O jogo é às 21h.
FICHA
DE JOGO
FC Porto
Fidelidade-FC Barcelona, 1-3
Liga Europeia, final
4 de Maio de 2014
Palau Blaugrana, em Barcelona
Árbitros: Franco Ferrari e
Alessandro Eccelsi (Itália)
FC PORTO FIDELIDADE: Edo
Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros e Jorge Silva
Jogaram ainda: Caio,
Vítor Hugo e Hélder Nunes
Treinador: Tó
Neves
FC BARCELONA: Egurrola
(g.r.), Marc Gual, Matías Pascual, Pablo Álvarez e Sergi Panadero
Jogaram ainda: Reinaldo
Garcia, Marc Torra e Xavier Barroso
Treinador: Ricard
Muñoz
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Reinaldo Garcia (18m),
Hélder Nunes (28m), Xavier Barroso (39m) e Marc Torra
(44m)
1 comentário:
Barcelona é o bicho papão do Hóquei, grande clube!
Agora temos de nos focar no campeonato e vencer que é a nossa obrigação.
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